Padre Alcivan atua há a 8 anos em Caicó |
Informativo sobre o município de Cerro Corá, no Rio Grande do Norte, Brasil, as suas origens e seu povo.
terça-feira, 31 de janeiro de 2023
Padre Alcivan faz 26 anos de ordenação e assume Paróquia de Jardim do Seridó
Carlos A. Leandro tem quadro de saúde estável
De acordo com último boletim médico, o quadro clínico do dentista Carlos Augusto Leandro é estável, continua em observação a taxa de sódio. Caso se regularize, o paciente terá alta da UTI para apartamento nesta quarta-feira (1° de fevereiro).
- Por enquanto, eles não solicitaram nenhum exame. Caso seja necessário, eles farão os exames lá no Hospital Memorial mesmo, para evitar o deslocamento do paciente, informou Rogério Leandro, o irmão, em redes sociais.
segunda-feira, 30 de janeiro de 2023
Carlos Augusto Leandro pode sair da UTI dentro de dois dias
Em tratamento de saúde no Hospital Memorial, em Natal, o dentista cerrocoraense Carlos Augusto Leandro, já responde bem aos procedimentos clínicos e pode deixar a UTI de amanhã para depois. Com pressão estával (13 por sete) e função renal normalizada, “Carlinhos de Manoel Luiz’, a urina está clara, assim como o níve de creatina caiu de 18 para um e os exames de fígado estão próximos do normal.
Segundo informação repassada ao irmão Rogério Leandro, “Carlinhos” continua se alimentando por sonda. “Melhorou em todos os aspectos e estará de alta em breve”, relata o médico em áudio postado em redes sociais por Rogério.
Turismo afetivo X - "Nas ondas do rádio"
Por José Vanilson Julião
Logo após a consolidação da captação do sinal de
televisão em Cerro Corá o prefeito Zé Julião providencia a instalação de um
televisor público.
Inicialmente no primeiro canteiro central da Avenida
São João, acesso ao Grupo Escolar Querubina Silveira e a Igreja São João
Batista.
Posteriormente, com a reforma e modernização, o
aparelho é transferido para a Praça Tomaz Pereira de Araújo.
A essa altura um dos programas favoritos era esperar
para assistir o desenho animado da “Pantera Cor de Rosa” (The Pink Panther
Show”). No começo da noite. Entre uma novela e o noticiário. Então o negócio
era adiantar ou atrasar o jantar. Um dos espectadores mais assíduos da TV na praça, era Dé Mulato, o lateral direito do GPK.
Esta animação – fora do eixo dos personagens de Hanna-Barbera ou Walt Disney – merece explicação. Foi criada como introdução do filme do mesmo nome com o ator-comediante inglês Peter Seelers lançado em 1963. O sucesso do “animal” provocou a série logo depois.
Foi na televisão disponibilizada para a população que
acompanhei a transmissão em preto e branco da Festa da Uva, em Caxias do Sul,
na serra gaúcha, como a primeira programação para a tv em cores.
E o Torneio Sesquicentenário da Independência (150
anos) – a “Mini Copa”, em 1972. Sendo que a final (Brasil 1 x 0 Portugal, gol
de Jairzinho), presenciei na casa de dona Ritinha.
Também vi amistoso da seleção brasileira contra uma
seleção ou combinado do Rio Grande do Sul, com jogadores do Internacional e do
Grêmio (3 x 3).
A tv não acabou com uma opção anterior. Escutar os
jogos do campeonato carioca pelo rádio. Sintonizando as emissoras do Rio de
Janeiro, principalmente a Nacional, Tupi e a Globo.
Para ouvir locutores famosos: Doalcei Bueno de
Camargo, Celso Garcia, Vitorino Vieira, Waldir Amaral, Antônio Porto, Ayrton
Rebelo, Sérgio Morais e Jorge Cury.
E os comentários de João Saldanha, Luiz Mendes (“o da
palavra fácil”), Afonso Soares e Ruy Porto, o condutor do programa dominical de
final de noite: “Ataque e Defesa” (TV Tupi).
A familiarização com o rádio esportivo veio de papai. Quando
chegava para o almoço, vindo da padaria, sintonizava as ondas curtas da Rádio
Sociedade baiana. Prato principal: resenha de França Teixeira.
À noite, quando havia uma partida decisiva, um ponto
de escuta, com o “Motoradio” preto, era a escadaria da Prefeitura. Para fugir
do frio reinante.
Foi lá que ouvi partidas decisivas do Botafogo pela
Taça Libertadores da América (1973). Contra o Palmeiras e o Cerro Porteño de
Assunção (Paraguai).
O clube da Estrela Solitária fora alçado à competição
internacional como vice-campeão brasileiro do ano anterior.
A decisão do campeonato carioca (Botafogo 0 x 1
Fluminense), em 1971, com um discutido gol no minuto final, me fez adepto, até
hoje, da máxima do presidente do Corinthians, Vicente Matheus: - O jogo só
termina quando acaba.
Moral da história: “Gato escaldado tem medo de água
fria...” O “Glorioso” dias antes somava seis ou sete pontos de diferença para o
Tricolor. E foi perdendo a vantagem para times pequenos e médios. E a gordura
acabou.
No final de tarde, começo da noite de domingo, me
preparara, com uma camisa do alvinegro, para ir ao circo armado onde hoje é a
praça Maria Luzia Guimarães. Valdir com um chaveiro do Fogão.
Desarrumamos tudo e não saímos de casa... Para não
escutar as chateações de Luiz Júnior, o “Garrincha”, e José Ailton da Costa, o
“Dedé de Germínio”, torcedores do “Pó de Arroz.”
Vale salientar que somente a partir de dezembro de
1972, com a inauguração da TV Universitário (canal cinco), para a educação via
satélite. O concorrente não era de peso para a Tupi, mas era mais uma opção.
Já no ano seguinte, transmite uma programação local,
como o programa de auditório apresentado pelo radialista, vereador, deputado
estadual e senador Carlos Alberto de Souza, que somente 13 anos depois põe no
ar a primeira tv privada do RN, a “Ponta Negra”, afiliada do Sistema Brasileiro
de Televisão (SBT).
domingo, 29 de janeiro de 2023
Carlos Leandro transferido para Hospital Memorial
O odontólogo cerrocoraense Carlos Augusto Leandro foi transferido, no sábado (28), da UPA do Cidade Satélite para o Hospital Memorial, situado na avenida circundante ao Canal do Baldo.
Segundo familiar, Carlinhos responde bem a função urinária, ainda usa cateter e saturação está a 100%.
O paciente que se encontra na UTI 2 e leito 3, pode receber uma visita por dia entre 17:30 e 18 horas.
sexta-feira, 27 de janeiro de 2023
"Carlinhos de dona Euza" internado para tratar da saúde
O dentista cerrocoraense Carlos Augusto Leandro, 65 anos, está internado na Unidade de Pronto-atendimento (UPA) da Cidade Satélite, Zona Sul de Natal, para se tratar de crise renal.
O boletim médico informa que "Carlinhos", filhos dos saudosos Manoel Luiz e dona Euza, "encontra-se estável, porém por agitação, em uso de catéter nasal para melhor conforto de oxigênio".
Segundo o boletim, Carlinhos está com a função renal "com melhora significativa e no momento em tratamento conservador".
O dentista Carlos Augusto Leandro ainda "está em dieta zero e irá passar sonda nasoenteral para se alimentar".
"Rota do Queijo Potiguar" movimenta o sábado (28) em Cerro Corá
Cerro Corá entra na "Rota do Queijo Potiguar", evento programado para este sábado na Pousada Colina dos Flamboyants, à margem do açude Eloy de Souza. Venda de mesas limitadas, mas como a hospedagem já está esgotada, visitantes e turistas podem optar por outros meios de hospedagem, inclusive áreas de camping, chalés pelo número telefônico e WhatsApp 9.9818.8212. Tudo com show ao vivo.
quinta-feira, 26 de janeiro de 2023
Turismo afetivo IX - "A chegada da televisão"
Lourival Libânio, Sargento Mitre e José Julião Neto acertam o sinal da primeira repetidora de TV de Cerro Corá |
Por José Vanilson Julião
O leitor fiel do blog "Cerro Corá News" viu e leu que, durante a Copa, fiz um artigo recordando as peripécias dos torcedores locais para assistir o campeonato mundial no Mexico (1970).
Quando uma gambiarra de antena proporcionou a assistência numa casa alugada em Lagoa Nova. Porém a chegada da captação definitiva do sinal de alguma emissora em Cerro Corá demora algum tempo.
Eu até pensava que teria ocorrido em 1971, mas para surpresa do redator, ao tentar pescar dados precisos, me deparo com uma fotografia no "Portal Memória Brasileira" com o seguinte título acima: "tv repetidora cerro corá jws" (em minúsculas mesmo).
A foto de janeiro de 1972 mostra o sargento do Exército, Raimundo Mitre, de costas, fazendo os ajustes para captação do sinal de televisão. Sob o olhar atento do prefeito José Julião Neto. Quem também aparece é vereador Lourival Libânio de Melo.
O "jw" em questão trata-se do jornalista paranaense José Wille, ex-âncora da Central Brasileira de Notícias (CBN) - afiliada do Sistema Globo de Radio (SGR). E repórter do "Bom Dia, Paraná (RPC), afiliada Globo. So para resumir o resumo do currículo dele.
O curioso é que em seguida ao texto com o título - "Como a TV chegava no interior no passado" - certamente ele faz confusão com a Cerro Corá do Paraguai e sapeca a legenda "Repetidora de TV no Mato Grosso em 1972."
Ou com certeza fez correlação com a TV Cerro Corá, de Assunção, capital paraguaia, inaugurada em 20 de setembro de 1965.
O "Cerro Corá News" posta, em 13 de novembro de 2010, uma foto no alto do "Cruzeiro", onde foi chantada a torre repetidora e equipamentos, na qual se ver a garotada.
Tudo isso veio a tona ao passar pela Rua Monsenhor Paulo Heroncio e repassar na memória toda as casas dos amigos da infância e pré-adolescência, entre elas as residências que primeiro passaram a ter o eletrodoméstico mais cobiçado daqueles tempos, depois da geladeira e o ferro de engomar elétrico.
Não recordo a ordem, mas as primeiras famílias a possuírem televisão, em preto e branco, das famosas marcas da época (Telefunken, Philco, Philips, ABC e Colorado), foram dona Lilia/Lourival Bezerra da Costa, dona Marieta/Luizinho Guedes e dona Ritinha/Luiz Bezerra da Costa.
Essa nova situação era mais uma alternativa para o passatempo da criançada. Agora dividida com os banhos no açude Eloy de Souza e as peladas no campo "Othon Osório". Preferencialmente a tarde, quando era exibidos os desenhos animados e as séries de tv. Mas a noite ainda tinha o rescaldo para uma telenovela ou para um programa de auditório.
Eu assistia a programação televisiva, preferencialmente, na casa do meu amigo e goleiro do Botafoguinho, José Ednaldo Bezerra da Costa, o "Louro", claro, na casa de dona Lilia, que para o espanto do redator, nunca fez cara feia para ninguém. Tampouco Dalvina, a fiel governanta da casa.
Mas também comparecia a alguma sessão futebolística na casa da professora Ritinha Bezerra, a mãe do craque Luiz Júnior, o "Garrincha". Como aconteceu na transmissão do selecionado brasileiro a Europa em 1973, antes da Copa da Alemanha (1974). Na casa de dona Marieta também fui telespectador casualmente, até para não encher o saco nas outras casas.
Nesse tempo a TV Globo não era sintonizada no Seridó. A única recepção era da TV Rádio Clube do Recife, a capital pernambucana, integrada à Rede Tupi de Televisão, pertencente ao conglomerado de mídia fundado pelo paraibano Francisco de Assis Chateaubriand Bandeira de Melo.
Portanto foi pela televisão dos "Diários Associados" que comecei a me familiarizar com personagens ficticios que já tinha algum conhecimento pelas histórias em quadrinhos da Rio Gráfica e Editora ou da Editora Brasil-América Limitada, do famoso acrônimo EBAL.
Casos de "Zorro", "Durango Kid", "Paladino do Oeste" e "Daniel Boone" no ramo do faroeste. Ou as aventuras africanas de "Tarzan" e "Jim das Selvas", interpretados pelo mesmo ator americano, John Weismuller, um ex-campeão de natação olímpica. A lista é longa... Nem citei os desenhos animados.
Nem vou me alongar nas explicações, mas sugiro ao leitor pesquisar sobre as novelas líderes de audiência: "Meu Pé de Laranja Lima", "Mulheres de Areia" e "A Fábrica", entre outras. E sobre os comunicadores: Flávio Cavalcanti, Mauro Montalvão e Jota Silvestre (os mais famosos).
A criançada ficava atenta, de pescoco espichado, sentada no chão mesmo. Perto do aparelho até. Enquanto não acontecia a chamada para o futebol.
Tem até uma passagem hilária com José Tarcísio de Lira. Que costumava cair no sono. Numa acochegante poltrona individual na casa de dona Lilia (lembro até a cor: bege).
Ele adormecia sempre no horário das novelas. E ao despertar do rápido sono sapecava: - Vixi, que cochilo besta... (todo mundo caía na risada).
Enfim, a chegada da tv coincidiu com a já chegada da energia de Paulo Afonso, dois anos antes.
Assim a garotada, quase sempre, estendia a noitada até perto das 23 horas. Com as séries para os adultos...
quarta-feira, 25 de janeiro de 2023
Turismo afetivo VIII - "Uma vista a João Batista"
Quadra filatélica do selo comemorativo dos mil gols de Pelé. Selo faz parte da coleção de João Batista de Melo Filho |
Por José Vanilson Julião
A primeira visita cerrocoraense teve como anfitrião
"João de Batista", também chamado de 'JB", pelos mais jovens e
mais chegados.
O encontro com o ex-prefeito da cidade por quatro
mandatos, consecutivos e alternados, não estava prioritariamente na minha
programação.
A reunião fazia parte da agenda do mano José Valdir
Julião e pensei, inicialmente, que faria uma entrevista de política para o blog
"Cerro Corá News".
Nada disso. A conversa inicial ocorre sobre pesquisa
que ele está fazendo sobre as antigas e mais tradicionais famílias do
município. Inclusive de gente de fora que veio morar na cidade.
Assim sendo Valdir havia sido convocado para informar
sobre a parentela dos meus pais, José Julião Neto e Damiana Ribeiro Julião (dona
Tinoca). Ele de Santana dos Matos, ela natural do lugar.
E eu entrei de gaiato no navio para ajudar na declinação
dos nomes dos ascendentes e descendentes. Bisavós, avós, tios, primos, etc. Assunto
que será tema de outro artigo futuro.
Sugeri ao "Jotabê" que o importante e
interessante levantamento dever ser transformado um livro sobre
"genealogia", sendo o ponto final para resgatar as históricas
famílias.
"A maioria dos jovens desconhece os nomes das
pessoas que fizeram a história e construíram essa cidade", justifica o
interlocutor.
Ele mesmo filho de um "forasteiro", vindo do
vizinho município de São Tomé, casado com uma cerrocoraense.
João Batista de Melo filho recebe na pia batismal e na
certidão de nascimento o nome do pai, o principal motorista de aluguel
requisitado pela sociedade local entre os anos 40/70.
Conversa vai, conversa vem, lembranças afloradas. O
que me fez pensar, inicialmente, em colocar o seguinte título no artigo:
"O colecionismo de selos".
Isto porque Valdir lembrou que João Batista deu aos
irmãos um selo com "Pelé". Comemorativo a conquista do Tri na Copa do
México (1970). Logo depois que ele teve alta em Natal para tratar de uma
tuberculose em casa por recomendação médica.
JB ainda tem os selos. Assim como Valdir. O que me fez
recordar outro “ajuntador filatélico”, o jornalista Eugenio Pereira Soares,
filho do pecuarista João Soares do Nascimento e dona Zilma Pereira Soares, dedicada diretora do Grupo
Escolar Querubina Silveira.
Eugenio mostrava exóticos e coloridos selos de países
diversos, presentes da irmã Edná, no retorno do turismo europeu e asiático nos
anos 60/70.
Outro filatelista era João Emanoel do Rego Costa (já falecido),
mencionado em artigo anterior. Herdou a coleção de parentes, praticamente já
feita, com estampilhas brasileiras dos anos 40/50.
Se a dupla não tinha parentes indo para o exterior a
alternativa: aquisição dos novos selos que chegavam na agência dos Correios e
Telégrafos ou pela correspondência com colecionadores.
Os gêmeos ficaram até ‘íntimos” do agente Lindolfo
Soares – irmão dos agropecuaristas João e Chico Soares – pela frequência
semanal em busca de novidades ou para o recebimento das cartas com estampas ou
encomendas do reembolso postal.
Com a aposentadoria de Paulo do Correio (pai do craque
Toinho da Caern), o carteiro que herdara a função do sogro, Francisco Trajano
da Paz, não tinha trabalho a mais.
Vi muitas vezes o açuense “Seu” Trajano bebericando um
aperitivo na pequena mercearia de meu avô José Julião Filho, em frente o
descampado onde hoje é a Praça Maria Luíza Guimarães.
A agencia ficava em anexo da casa de dona Maria Galvão,
mãe do ex-prefeito José Walter Olímpio, nome de praça no bairro Tancredo Neves
(antiga Casa Velha), com a Escola Belmira Gouveia sendo um dos meus pontos de
referência da memória.
Uma atração: um bojudo telefone preto, movido a
manivela destinada a acionar uma bateria (uma enorme pilha Ray-O-Vac, “a
amarelinha”), pendurado na parede do escritório.
O segundo assunto secundário aparece: o Grêmio
Presidente Kennedy (fundação, sede, diretorias, atividades sociais, festas e
futebol).
O GPK, inclusive, revela pela primeira vez, foi um dos bastiões para João Batista (vice Zé Rodrigues) ser eleito pela primeira vez em disputa com papai na campanha de 1976, assunto a ser detalhado depois.
terça-feira, 24 de janeiro de 2023
Sepultamento de Maria Auleta ocorrerá em Cerro Corá
Dona Maria Auleta era casada com o cerrocoraense José Bernardo |
A família de María Auleta da Silva Bernardo, que nasceu em 1° de março de 1937 e completaria 86 anos agora, comunica que o corpo será velado no Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Cerro Corá e o sepultamento ocorrerá às 17 no cemitério público da cidade.
Dona Maria Auleta morreu de complicações decorrentes do Mal de Alzheimer. Foi casada com José Bernardo, com quem construíram três filhos - Aildo, Ailson e Alcineide, ainda deixou sete netos e cinco bisnetos.
Morre dona Auleta Bernardo, mãe do blogueiro cerrocoraense Djaildo
Morreu nesta terça-feira (24) em Natal, Maria Auleta da Silva Bernardo, mãe do jornalista e blogueiro cerrocoraense Aildo Bernardo. Mais informações em instantes. O sepultamento ocorrerá em Cerro Corá.
segunda-feira, 23 de janeiro de 2023
Turismo afetivo VII - “O balneário alternativo da garotada”
Açude Eloy de Souza era a principal área de lazer da garotada nos anos 60 e 70 (foto - João Maria Alves) |
Por José Vanilson Julião
Além dos amigos da geração entre 1957/60 o encontro dos veteranos serviu para reencontrar alguns garotos que nasceram posteriormente.
Como Francisco Canindé, o ‘Ponteiro’, primo de Paulinho Canário. E o botafoguense Marlon, filho de Cícero Zebra, meu vizinho da época em que eu morava na casa de Manoel Belmino, na rua Benvenuto Pereira.
“Ponteiro” era figurinha carimbada, como nadador quase “olímpico”, nos banhos na parede do açude Senador Eloy de Souza, que começou a ser construído na seca de 1932. Pois morava pertinho: na ‘Ponte”.
O açude também tinha outros três pontos preferenciais para a garotada tomar banho, aprender a nadar ou pescar piaba usando litros e garrafas com farinha para atrair os peixinhos de dorso prateado.
Um deles era o “corredor”. Com acesso por um comprido caminho cercado de "avelós" dos dois lados. Muito usado para lavagem de cavalos e carros, principalmente caminhões. A entrada logo após o ‘motor da luz”, na chamada e antiga "rua da Baixa".
O local era preferido para quem não sabia nadar com eficiência, ou tinha medo de aventurar-se nas profundezas, pois podia-se andar dentro da água, no “raso”, por uma extensa área. Já que ficava nas imediações do “começo” do reservatório.
O segundo era o “Catavento”. Neste ocorre o episódio de eu lançar a vara de bambu para pescar piaba, e a ponta do anzol enganchar no nariz de “Quita”, filho de “Manoel Bazú”.
Foi um Deus nos acuda com promessa de socorro e atendimento ambulatorial e hospitalar, pois “Quita”, atualmente morando no “Ingá” (na estrada para São Tomé), trabalhava na padaria de papai.
Por fim se atravessa do “Catavento” para a “pedra grande”, hoje existente só os resquícios do que fora, de onde os mais afoitos pulavam de “lavanca”, em pé, ou de cabeça, o chamado mergulho de "flecheiro”.
A travessia era a nado mesmo ou em câmeras de ar de carros e de caminhões. Para quem não tinha a opção, para o descanso, era o pendão de agave ou sisal.
Um dos peritos neste quesito “de ponta” era “Buchaga” (filho do cabeceiro Manoel Pereira), aquele do tamborilar nos peitos com os dedos indicadores.
No inverno, não poderia deixar de esquecer, também era motivo de alegria e novidade tomar banho no sangradouro, com a água escorrendo violenta e veloz em busca dos “escorregos”.
Um dos episódios do açude envolve papai. Eu e Valdir fugimos da padaria e fomos para a “Ponte”. Quase meio dia aparece o Fusca vermelho de Zé Julião na descida perto da delegacia. Mergulhamos, mas ao voltar à tona lá estava ele. Esperando.
Não se deve esquecer o ferreiro Severino Miguel. Que tinha a oficina no alto, de onde ele via a criançada e “ameaçava” atirar na garotada com uma velha espingarda. Se a memória não enfeita as reminiscências.
Severino tinha a mania de esquentar pedaços de ferro e jogar para os sapos engolirem. Os anfíbios “pensavam” que a liga de metal em brasa seria inseto. A ponta incandescente e fumegante entrava pela boca e saia rápido pela barriga.
domingo, 22 de janeiro de 2023
Falece irmão de Othon Militão, ex-vereador de Lajes, César Militão
César Militão deixa viúva a vereadora Rosângela Costa (d), não resiste a complicações de um AVC |
Faleceu na noite deste domingo o ex-vereador de Lajes César Militão, 62 anos, deixando viúva a vereadora e presidente da Câmara Municipal Rosa Costa Martins e dois filhos.
Era irmão de Othon Militão Júnior, que disputou a eleição de prefeito em Cerro Corá em 2008, casado com a cerrocoraense Celúquia Militão.
César Militão foi acometido de AVC na sexta-feira (20), passou por cirurgia, mas não resistiu, falecendo às 19h30 deste domingo (22).
Sem exercer mandato político, César Augusto de Medeiros Martins, o "César Militão", vinha presidindo o Sindicato dos Produtores Rurais de Lajes e também era vice-presidente da Federação da Agricultura do Rio Grande do Norte (Faern).
O velório do corpo de César Militão ocorre a partir das 10 horas desta segunda-feira (23), no Centro Pastoral da cidade de Lajes, seguido de missa na Igreja Católica e sepultamento no cemitério público situado à margem da BR-304.
quinta-feira, 19 de janeiro de 2023
Comitê Federativo será ponte entre Governo Estadual e Municípios
Luciano Santos entre o vice-governador Walter Alves e a governadora Fátima Bezerra lidera comitiva da Femurn (foto - Sandro Menezes) |
O Rio Grande do Norte terá um Comitê Federativo, que reunirá integrantes do Governo do Estado e da Federação dos Municípios de Rio Grande do Norte (Femurn). A proposta de criação dessa instância no Estado foi apresentada pela governadora Fátima Bezerra PT em reunião com o presidente da federação, Luciano Santos e integrantes da nova diretoria. O encontro foi realizado na tarde desta quinta-feira (19), na sala de reuniões da governadoria.
“É nesse Comitê Federativo que vamos dar prosseguimento a todas as pautas, agendas e demandas que são do interesse dos municípios e dizem respeito ao governo do Rio Grande do Norte. Ou seja: ao invés de a gente se reunir só quando o problema aparece, vamos nos reunir de maneira permanente”, explicou a chefe do Executivo Estadual.
Para Fátima Bezerra, todo esforço deve ser feito através de um diálogo permanente, com transparência, respeito e senso de responsabilidade, “para que a gente possa somar na defesa dos interesses do municipalismo, ou seja, na defesa da população das cidades.”
A importância que o Governo do Estado quer dar ao Comitê Federativo, segundo a governadora, está expressa na indicação de “três secretarias muito importantes e estratégicas”: a de Gestão e Projetos Especiais, de Tributação e a Secretaria de Planejamento e Finanças.
“É a partir desse comitê que vamos discutir, por exemplo, essa pauta inicial que vocês estão apresentando. O comitê é a instância máxima’, ressaltou Fátima, lembrando que o Governo do Estado já tem um comitê de negociação permanente com os servidores públicos estaduais, bem como com o setor empresarial.
“Fazemos uma avaliação positiva do encontro. Colocamos algumas pautas que já vinham sendo reivindicadas pela Federação dos Municípios, em anos anteriores, inclusive pela gestão do presidente que me antecedeu, Babá. Essas pautas foram colocadas, a Governadora se dispôs a avançar em todas elas, criando um comitê federativo pra que a gente consiga obter êxito nas ações que pautamos”, avaliou o novo presidente da Femurn, para o Luciano Santos, que é prefeito do município de Lagoa Nova, situado na Serra de Santana, região do Seridó.
As pautas levadas à governadora dizem respeito à discussão conjunta de formas de compensação das perdas de ICMS, estruturas de funcionamento das Microrregiões de Água e Esgoto, entre outras, que deverão ser levadas ao Comitê Federativo.
Para o secretário estadual de Tributação, Carlos Eduardo Xavier, a reunião realizada hoje “marca um novo momento de relação entre o Governo do Estado e a Federação dos Municípios. Eles trouxeram pautas importantes para os municípios e para o Estado também, principalmente no que diz respeito às formas de compensações das reduções de arrecadação que, tanto o estado quanto os municípios tiveram com a mudança na legislação do ICMS, outros temas também foram discutidos”.
Na avaliação do gestor, “é um momento de discussão do federalismo, buscando sempre pautas positivas pra população do nosso estado.”
Além dos já citados, acompanharam a governadora o vice-governador, Walter Alves; a secretária estadual de Gestão e Projetos Especiais, Virginia Ferreira; a controladora-geral do Estado, Luciana Daltro, e o procurador-geral adjunto, José Duarte Santana.
Participaram, ainda, a vice-presidente da Femurn, Mariana Almeida, prefeita de Pau dos Ferros; a prefeita de Jandaíra, Marina Dias; os prefeitos Reno Marinho (São Rafael), Dr. Tadeu (Caicó); Luciano Gomes (Lajes Pintadas), Emídio Jr. (Macaíba) e Pedro Henrique (Pedra Grande), além do diretor geral da Femurn, Gleydson Macedo.
Fonte - Ascom/GE
segunda-feira, 16 de janeiro de 2023
Um acróstico em ode a Cerro Corá
Por José Hêdulo Bezerra da Costa (João Ceará)
Conto de ti, imagens da lembrança
Enfeitadas pela própria natureza
Relembrando em cada fase de criança
Relatos de uma história com certeza
Orgulhosa dessa terra calma e mansa
Carrego dentro d'alma o sentimento
Ostentando cá dentro do coração
Revivendo de ti a cada momento
A mais singela recordação
domingo, 15 de janeiro de 2023
Turismo afetivo VI - "Garrincha, a bola da vez"
Por José Vanilson Julião
Na minha agenda do turismo doméstico, afetivo e rememorativo não estava previsto o encontro com Luiz Bezerra da Costa Júnior, o “Garrincha”, o maior craque da turma da meninada no final dos anos 60 começo de 70.
Até porque ele reside atualmente na cidade de Brejinho. Desde meados dos anos 80. Quando passou a trabalhar profissionalmente pela Empresa Industrial Técnica, conhecida pelo acrônimo EIT, e que pertencia ao ex-presidente do ABC, o engenheiro civil José Nilson de Sá.
A conversa inesperada com ele aconteceu na segunda confraternização de veteranos organizada pelo comunicador “Maninho” (Rádio Liberdade FM), numa mansão particular cedida, na comunidade de Ipueiras, que, na minha modesta opinião, já deveria ser transformada oficialmente em bairro pelo crescimento alcançado.
E novamente quem entra em ação é minha cunhada. Acontece que fiquei em casa para descansar das estrepolias da semana na Serra de Santana. E no começo da tarde, com Garrincha lá, Ana combinou com o mano para me apanhar. Acabei sentado estrategicamente ao lado do famoso futebolista cerro-coraense.
Luiz Júnior, assim o chama imperativamente a mãe, a professora aposentada, dona Ritinha, que era nossa anfitriã, com pão e café quente antes das peladas diárias no Estádio Othon Osório, localizado na entrada da cidade, que não é mais o cartão de visitas pelo crescimento da urbe para os lados do bairro Seridó.
A conversa inicial não poderia ter outro tema. O futebol. “Garrincha” desabafa que saiu cedo de Brejinho, nas primeiras horas da manhã, para ter o tempo necessário e comparecer a uma pelada com os amigos. “Só encontrei cinco. Ainda deu tempo para visitar a mamãe...” – Mesmo assim, ao retornar, só deu pra montar um time de futebol soçaite, diz, pesaroso, o craque.
Para incentivar iniciativa deste tipo, com mais vigor presencial, digo que para o próximo ano faça a programação que estarei lá para fazer a cobertura esportiva para os blogs “Cerro Corá News” e “Jornal da Grande Natal”. Já que adiantei na ocasião a encomenda de uma camisa para o terceiro encontro dos veteranos. O que “Garrincha” também fez no rastro do meu pedido (vi satisfação no rosto de Maninho).
Nas lembranças futebolísticas ele lembra o que eu havia esquecido. Garrincha não compareceu ao famoso jogo do Botafoguinho (ou foi com a camisa verde-amarela) no distrito de Recanto (1 a 2 para os visitantes).
Estava com um começo de pneumonia. E ficou choramingando pelos quatro cantos das paredes da sala, na Rua Monsenhor Paulo Herôncio (de Melo), antigo vigário de Currais Novos nos anos 40.
Como repórter, ainda mais colega de infância e visitante atrevido, lembro a ele o cacoete que abraçou inesperadamente. Sem cerimônia e com timidez confirma. Andava na calçada falando sozinho uma linguagem desconhecida e monossilábica: - "Memé, memé..." (até hoje ninguém sabe a origem da curta frase onomatopaica)
É aqui que entra mais uma vez nesta séria José Ailton Querino Costa, o “Dedé de Germínio”, que relembra pelo menos outros dois hilários "tiques" do nosso craque.
Num abanava o rosto do colega com a palma da mão e em seguida encostava entre o queixo e o pescoço do oponente (será que era para verificar se estava febril?)
No outro caso caminhava pela calçada, parava de supetão, apertava o calcanhar com os dedos indicador e polegar e levava ao nariz.
Já “Zé Mago”, que trabalha no mercadinho de Bezerra, gostava de chupar o polegar com o indicador encostado no nariz. Outro garoto gostava abrir o tanque dos carros para cheirar gasolina.
Mas todos eles foram deixados de lado, como por encanto, durante o período em que estudou no ginásio agrícola de Currais Novos. Se os amigos de Cerro Corá nada diziam e ignoravam, os novos coleguinhas, com espanto compreensível, reclamavam categoricamente.
No encontro dos veteranos também revi após longo tempo o empresário Francisco Menezes, o “Chico de Rita”, residente na cidade de Jucurutu, também seridoense. Portanto irmão de Luiz Júnior. Outro tricolor e corintiano raro naqueles tempos de botafoguenses, flamenguistas e vascaínos.
sexta-feira, 13 de janeiro de 2023
"Novinho" prestigia posse de Luciano Santos na presidência da Femurn
O prefeito de Cerro Corá, Raimundo Marcelino Borges (PSDB), prestigiou a eleição do seu colega de Lagoa Nova, Luciano Santos (MDB), para presidente da Federação dos Municípios do Rio Grande do Norte (Femurn).
Prefeitos Luciano Santos e "Novinho" |
Para "Novinho" a eleição de Santos também fortalece politicamente os municípios no entorno da Serra de Santana. "Eu acredito que dentro do projeto da transposição do rio São Francisco e da barragem de Oitcica, ficará mais fácil lutar pela ampliação da Adutora da Serra de Santana", disse ele.
Borges entende que diante da aproximação de Luciano Santos com o governo estadual, "a nossa terra só tem a ganhar com a eleição do nosso presidente".
Luciano Santos assume presidência da Femurn até 2025
Luciano Santos (segundo à esquerda) passa a presidir Femurn |
Turismo afetivo V - "O cassino de dona Amália'
Dedé Querino e Vanilson Julião conversam sobre reminiscências da adolescência em Cerro Corá, no prédio do antigo "café" (rua Sérvulo Pereira) que pertenceu a dona Jovelina Ribeiro |
Por José Vanilson Julião
Na estadia de duas semanas em Cerro Corá uma das visitas programadas era ao meu amigo José Ailton Querino da Costa, o "Dedé". Mas não foi preciso meu deslocamento até a residência dele. Onde morou o padrinho de crisma de Valdir, o fiscal da coletoria Luiz Gonzaga Guedes, o "Seu Luizinho", marido de dona Marieta. Até encontrei um parente da esposa quando me recuperava de acidente doméstico no Hospital Dioclécio Marques (Parnamirim).
Ele mesmo compareceu ao "armazém" dos meus avós maternos. Trazido pela minha cunhada, Ana. Ela o encontrou numa casa lotérica perto do antigo mercado, onde hoje está instalado o arquivo municipal.
Foi uma hilária conversa de duas horas no final de tarde de meio de semana. Quando fiquei sabendo que o "Querino" dele é com "E" mesmo. E não com "I", como os demais irmãos.
Mas o incrível mesmo, depois de 50 anos, foi "Dedé" se lembrar da primeira pergunta que eu – ou Valdir – fez ao se encontrar com ele pela primeira vez em 1970.
- Qual o time que você torce no Rio de Janeiro?
Relata que não conhecia nenhum clube carioca, apresentados nominalmente, não necessariamente pela ordem, Botafogo, Flamengo, Vasco da Gama, América, Fluminense, Bangu... Nomes conhecidos pelos irmãos pela leitura da conhecida “Revista do Esporte”.
Foi por isso, meio que de bate-pronto, como um chute de primeira, na rebatida da bola, que escolheu torcer pelo tricolor das Laranjeiras, vindo a ser mais um simpatizante do clube, somando-se a Luiz Júnior Bezerra da Costa, o "Garrincha", que herdara a simpatia do pai.
A esta altura, no começo daquele ano, depois de idas e vindas, morando na cidade ou na zona rural, o motorista paraibano e depois vereador Germínio Costa, com a esposa dona Amália, decide residir definitivamente na sede municipal para que os filhos estudassem.
Inclusive um deles, Aécio havia passado uma temporada na casa de papai, quando morávamos na casa de Manoel Belmino, em frente à Praça Maria Luiza Guimarães. Lá por volta de 1965/66.
Com "Dedé" e os demais amigos citados ao longo desta série inédita o negócio não era somente futebol. Durante o São João percorríamos as ruas da cidade.
Para soltar traques, bombinhas, dentro de latas, e assar milho nas fogueiras em frentes as residências dos pais dos colegas. Foi numa dessas que Inácio de "Chico Doutor", hoje morando em Lagoa Nova, perdeu um polegar, em frente ao clube novo.
Era tradição passar na casa de dona Iracema, esposa de Passarinho, aquele mesmo, gerente do posto Shell, no centro da cidade, no vazio hoje existente entre a casa do falecido comerciante Valdemar e o bar de Ivonez.
Ou na casa de Antônio Vieira, perto da residência de um vendedor de fumo de rolo para cachimbo ou cigarro de palha. Na "rua do Motor", apelido proveniente do grande motor estacionário, de cor verde, movido a óleo diesel, que fornecia energia elétrica. Até a inauguração (dezembro/1970), do fornecimento da usina de Paulo Afonso, no Rio São Francisco, na divisa Pernambuco/Bahia.
Outra atividade temporária da garotada era jogar buraco, pife-pafe (apostando dez centavos de cruzeiros ou caroços de feijão para ter o gosto de ganhar) e sueca na casa de dona Amália.
Entre os jogadores de baralho "Dedé", "Chaguinha" (irmão dele), Amalinha (irmã), eu, Valdir, e João Emanoel do Rego Costa, um pernambucano que veio morar e estudar na casa do cunhado, o engenheiro Paulo, da Bodominas.
João Emanoel, falecido inesperadamente de causa natural, no Recife, participou da criação do jornal "Correio Estudantil", ao lado dos manos e de Ariomar, o responsável pelos desenhos e a feitura de uma caricatura do prefeito Francisco Pereira, a partir de uma fotografia três por quatro, o chamado "boneco" na gíria da imprensa.
João também era colecionador de selos (filatelista amador). Não era craque, mas chegou a posar na seleção verde-amarela da meninada. Lembro que o engenheiro tinha um Ford Maverick vermelho, o primeiro que vi, automóvel concorrente do Opala, modelo da Chevrolet ou GM (General Motors), ambas montadoras norteamericanas. E se a memória não falha tinha um cachorro chamado "Roberto Carlos".
Na noite, véspera do Natal, antes da Missa do Galo, na Igreja de São João Batista, a pedida era tentar ganhar brindes com os coelhos de Sebastião Canário de Brito. A torcida era para o animal da orelha grande entrar na casinha de madeira com o prêmio mais valioso.
Com "Dedé" temos outras histórias futebolísticas. Até envolvendo "Garrincha". Ficam para a próxima e surpreendente narrativa. Com detalhes rememorados para não serem esquecidos na prateleira do tempo.
terça-feira, 10 de janeiro de 2023
Prefeito veta projeto que altera brasão de Cerro Corá
Brasão original de Cerro Corá |
Por José Vanilson Julião
A notcia de que no apagar das luzes o ex-presidente da Câmara de vereadores, Rodolfo Guedes (Republicanos), consegue aprovar, por unanimidade (nove votos), mudanças substanciais e imperceptíveis no Brasão do Município de Cerro Corá (Região do Seridó), a 190 quilômetros da capital potiguar, causa discussão em rede social no final da manhã desta terça-feira.
A conversa girava em torno de amenidades quando a internauta Ivonise Dantas perguntou se alguém sabia das modificações no tradicional desenho e todos os participantes foram pegos de surpresa com a informação. Ocasião em que todos foram unanimes, também, em rechaçar o projeto de lei, cuja data não foi possível configurar durante o debate. - Uma pergunta: vocês podem informar, confirmar ou desmentir...?, assim ela se expressou.
O ex-candidato a vereador e empresário Vivaldo Evaristo foi rápido no gatilho confirmando a situação. "Tem, mas não é mudar. A ideia é alterar e incluir... (para o redator dá no mesmo)"
As mudanças incluem máquina de costura representando os quase 300 empregos gerados no município pela atividade e torres de energia eólica representando o desenvolvimento sustentável.
Diante da enxurrada de indagações outra internauta, Cássia Maria, surgiu para por os pontos nos is e dirimir todas as dúvidas concernentes ao caso, inclusive com mais esclarecimentos e provas contundentes sobre a peripécia dos vereadores e da mesa diretora do Poder Legislativo municipal.
Depois que o redator deste blog colocou no grupo a imagem original da Bandeira do Município a conterrânea postou uma imagem com o texto do projeto do vereador, assim como duas imagens, uma colorida e outra em preto em branco.
Com introdução de logo de máquinas de costura abaixo das bandeirolas |
A primeira fotografia com o Brasão original e a segunda com as modificações: as simbologias estilizadas das máquinas e torres (justamente os itens a serem acrescidos).
As máquinas dentro de uma faixa acrescida acima de cordeiro e as torres no espaço inferior, no qual está a representação de uma serra em cor amarela.
O mais incrível: o ex-presidente da Câmara colocou em circulação a "Revista Câmara em Ação" comemorativa da administração já trazia as modificações no Brasão na capa, acima a esquerda.
segunda-feira, 9 de janeiro de 2023
Turismo afetivo IV - "A memória cinematográfica"
Por José Vanilson Julião
Na estadia
em Cerro Corá, ao percorrer as ruas centrais – de norte a sul – pedi ao mano
Valdir para fotografar prédios ou lugares da minha infância.
Como a
Maternidade Clotilde Santina, o Estádio Othon Osório, o Ginásio de Esportes
José Julião Neto e o “motor da luz”. Os quais serão alvos de futuro artigo
nesta série.
Mas
agora, vou falar mesmo é sobre o Cine Canário, justamente a edificação que
esqueci de mandar registrar em fotografia. Apesar da fachada continuar a mesma
da segunda metade dos anos 60.
Não é a
primeira vez que o cinema é alvo de escrita de minha autoria. Entre 2011 e 2012
fiz um artigo publicado em extinto jornal mensal alternativo. Um dos assuntos
era a arrecadação da grana para o bilhete da entrada.
“A
Esperança” tinha como público alvo moradores do bairro da Cidade da Esperança (Zona
Oeste de Natal). No site “Jornal da Zona Sul”, também da capital, Valdir também
discorre sobre o cine. Assim como no “Cerro Corá News”.
Quando
são citadas peripécias dos “furtos” de fotogramas das películas. “Repassadas”
em “máquinas” de caixa de sapato. Com lentes improvisadas dos antigos monóculos
de fotos coloridas. Ou lâmpadas GE (General Eletric).
O
propósito dos seis primeiros parágrafos foi introduzir o leitor na história do
cinema administrado pelo treinador de futebol, tocador de sanfona, dono de
armarinho e Papai Noel Sebastião Canário de Brito.
Ele era o
exibidor das fitas de Hollywood e das chanchadas brasileiras. Dos seriados
“Flash Gordon” e “Jim das Selvas”. Dos faroestes e dos épicos, como “Os Dez
Mandamentos”, exibido na Semana Santa.
Ao passar
em frente não teve como não lembrar das músicas transmitidas pelo éter. Nos
intervalos das chamadas da fita a ser exibida no dia. Pela boca de ferro. Com o
próprio exibidor ao microfone.
Na
quarta-feira a noite. Ou na tarde dominical. Ecoava as vozes dos cantores da
“Jovem Guarda”. Roberto Carlos, Erasmo Carlos, Jerry Adriany e Wanderley
Cardoso. Wanderleia, Martinha e Rosemary.
Dois eram
figurinhas carimbadas e escolhidos a dedo. Ronnie Von, com o sucesso “A Praça”,
e Sílvio Cesar, com o “hit” “Férias na índia”, lançado em 1969, e também
“rodado” no toca-discos do GPK.
Sebastião
primeiro exibia os celuloides no “clube velho” e somente depois passou para o
“clube novo”, onde passou a funcionar, a partir de agosto de 1967, o Grêmio
Presidente Kennedy, o famoso GPK, citado em artigo anterior.
A
tradição familiar repassada para os conterrâneos indica que Sebastião contou
com o apoio dos irmãos residentes em Natal para construir o prédio do “Cine
Canário”.
Severino
e Geremias, este, como Sebastião, nomes de ruas na cidade. O primeiro gerente e
homem de confiança de Cyro Cavalcante, firma de representação de autopeças,
localizada no bairro da Ribeira.
Geremias,
que eu pensava ser com “jota”, foi chefe de oficinas na Base Aérea de
Parnamirim, ainda distrito da capital, convidado por um norte-americano, como
afirmou o sobrinho João Maria Canário (filho de Severino).
Sebastião
era registrado com firma antes da finalização do prédio quase ao lado do Clube
de Mães Santa Zita (antes era a casa do tabelião Antônio Pinheiro, pai de Sérgio
– o mais velho – e Antomar, com quem brincava com os soldados do chocolate
“Toddy”).
É o que
atesta o Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ), com razão social em nome
de Sebastião Canário de Brito, com data de 12 de setembro de 1966.
A empresa
individual é desativada voluntariamente em 16 de agosto de 1993. Portanto 23
anos antes do falecimento de Sebastião, ocorrido em 27 de julho de 2016.
Portanto
os dados indicam e provam, pela primeira vez na imprensa cerro-coraense, o
atestado de nascimento, informal ou não, do embrionário “Cine Canário”, ainda
sem a sede definitiva.
O cine
não faz lembrar somente o conteúdo das latas de zinco. Os rolos de filme. Na
memória cinematográfica do articulista também consta a “bomboniere”.
Enquanto
a filha ficava na bilheteria, e ‘Mimiu’, de Agenor, na portaria, Dona Maria,
esposa de “Tião”, atendia a garotada antes da exibição e nos intervalos. Os
bombons mais variados.
Na
preferência do consumidor: a pastilha “Garoto”. Ou “Valda”. O pirulito “Zorro”.
O chocolate “Sonho de Valsa”. O chiclete “Adams”.
Perguntei
o que funcionava agora no prédio. Ainda com o nome “Cine Canário”. Valdir disse
que sedia uma repartição pública de atendimento social. Nem lembro o nome...
sábado, 7 de janeiro de 2023
Turismo afetivo III - "A bola era somente detalhe"
Por José Vanilson Julião
Ariomar de Medeiros Félix
Eugenio
Pereira Soares
João
Alfredo Guimarães
João
Batista Cavalcanti (João de Altino)
João
Canário Neto (Gingim)
José
Ailton Querino Costa (Dedé de Germinio)
José
Edinaldo Bezerra da Costa (Louro de Lourival Bezerra)
José
Macedo (Zequinha)
José
Valdir Julião
José
Vanilson Julião
José Zenóbio
de Souza (Popoca)
Luiz Bezerra
da Costa Júnior (Garrincha)
Rui Gomes
Barbosa (Rui de Passarinho)
Paulo
Canário Filho (Paulinho)
Francisco
Valdir Silveira (Sales)
A lista
em ordem alfabética destina-se a não melindrar os participantes. Pela
importância no time. Se foi craque ou perna de pau. Não importa. São alguns dos
“elementos” dos times das ruas “de cima” e “de baixo”.
Uns com
mais assiduidades. Outros nem tanto. Como o hoje pastor evangélico José Ednaldo
Bezerra da Costa, o “Louro” de Lourival e dona Lilia.
Outros lembro
apenas o primeiro nome ou apelido. Não por negligência. Ninguém pedia certidão
de nascimento de para o contrato de boca. Ou escolha no par ou ímpar.
O ligeiro
ponta-direita “Buchaga” de Manoel Pereira, que costumava tocar tambor batendo agilmente
com os dedos indicadores na “caixa do peito”. Era o mais disputado para compor
o 11 de um ou outro elenco. Quem também jogou pelos dois quadros da rua de "cima" e "de baixo" foi Zequinha de Zé Macedo, assim como Quita de Manoel Bazu e Dedé da Viúva (sobrinho de Raimundo Panta).
O
zagueiro ou meia, não lembro exatamente a posição, Ivanez, o chamado “Solda
Preta”. Que me foi apresentado por Ariomar.
O ágil e driblador
Toinho de Paulo do Correio. “Doval”, apelido herdado do craque argentino do
Flamengo e Fluminense, Zequinha, ponta arisco. “Dodó” de Severino “Fura Céu” e ainda os meninos mais novos de Zuza Passos. Cada
um com suas características.
São os
boleiros do campo de terra batida do Estádio Othon Osório, localizado
estrategicamente defronte a Maternidade Clotilde Santina. Vai que alguém se
machuca seriamente. O que nunca aconteceu.
E também
do futebol de salão, modalidade esportiva que somente se começou a praticar a
partir de 1971. Com a construção de uma quadra, com blocos de cimento, ao lado
do campo. Com o apoio do sargento Mitre.
Foi lá
que quebrei o braço. Ou melhor. Fissurei o pulso numa disputa de bola com João
Alfredo. Na queda. Fui para casa e passei a noite gemendo, Papai perguntou o
que estava havendo.
Resultado:
na manhã seguinte atendido em Currais Novos. Menos de 30 dias, em cima de um
caminhão, chuva, gesso amolecido. Durante o carnaval numa ida para Lagoa Nova.
Somente
depois o retângulo, com as balizas feitas de cano PVC, um tipo de plástico,
enxertados com areia, foi reformado e coberto, dando lugar ao atual ginásio de
esportes “José Julião Neto”.
Essa
turma também corria atrás da bola. De couro, número cinco, marrom. Ou de borracha. Não somente nos referidos equipamentos esportivos.
Também
era costume dificultar a passagem dos transeuntes nas calçadas do clube velho,
do clube de mães ou em frente à residência de dona Ritinha, mãe de “Garrincha”
(nem precisa esclarecer a motivação da alcunha).
Ocasião
em que entrava em ação o comissário de menores Joaquim Sales Guimarães, marido
da parteira da cidade, dona Maria Luiza. Quando ele sumia no horizonte a turma
retornava.
Ou num
terreno por trás da prefeitura. O “lixo do boi”, onde a bola caia e alguém
tinha que se habilitar buscá-la sob o risco de se cortar pelos cacos de vidro. Detalhe
bem lembrado por “Garrincha” em recente encontro na cidade.
E no
retângulo da praça Maria Luiza (não era assim denominada oficialmente). Com a
primeira reforma da Praça Tomaz Pereira também se passou a jogar lá. Com uma
bolinha de borracha. Em dois espaços do logradouro público.
No
quadrilátero de cerâmica preta, onde colocaram o busto do patrono em uma
espécie de pedestal retangular de cerâmica cinza. No meio dos círculos de
alvenaria que existiam: um cheio de água, outro com jardim central.
Ou no
quadrado, uma espécie de caixa de areia, que ficava para os lados da “casa
grande”, antiga moradia de Tomaz Pereira.
Mas o
maior de todos acabou sendo Garrincha, que chegou a jogar no Potiguar de
Currais Novos.
sexta-feira, 6 de janeiro de 2023
Ferreiro Basto Miguel comemora 95 anos
Basto Miguel "bateu ferro" por anos em Cerro Corá |
Basto Miguel aprendeu o ofício de ferreiro com o pai, José Miguel, que trouxe a família de São Vicente, e trabalhou "batendo ferro" para a construção do açude Eloy de Sousa e morava por trás do sangradouro.
Basto Miguel nasceu em São Vicente em 6 de janeiro de 1928, chegou em Cerro Corá trazido por seus pais, José Soares e Maria Rosa da Conceição no ano de 1932. No ano de 1953, casou com Regina Barbosa dos Santos, filha de Santos Barbosa e Juvina Maria da Conceição.
O casal teve seis filhos: Raimundo Soares de Brito (ex-vereador e ex-prefeito), Ronilda Maria Brito de Souza (in memória) José Ruy Soares de Brito (ex-vereador), João Batista Soares, Francisca de Assis de Brito Silva e Maria Ivaneide dos Santos, 14 netos,13 bisnetos.
Reside há 54 anos na rua Guiomar Henrique, antiga "rua da oficina de Vivaldo", ele era o ferreiro mais conhecido da cidade, atualmente ainda é conhecido assim, sua esposa Regina era costureira e muitos ainda lembram dela assim.
Turismo afetivo II - "O licor verde batizado"
Refúgio de Carlos Canário na Serra de Santana pelas lentes de seu próprio celular
Por José Vanilson Julião
No primeiro dia das duas semanas em Cerro Corá, com a
imensa bagagem despejada no antigo armazém dos meus avós maternos, Valdir logo
se desloca para conversar com os amigos. Sou obrigado a acompanhar.
O técnico em geologia aposentado Túlio Libânio de
Melo, filho do falecido protético e ex-vereador Lourival Libânio de Melo e da costureira
dona Ana, dá a dica.
Aceita imediatamente. Subir a serra de Santana para
conhecer a nova casa “de veraneio” de Carlos Alberto Canário.
Muita bem distribuída em seus cômodos com amplo
terreno para árvores frutíferas (manga e caju se dão muito bem no terreno plano
e arenoso).
Inclusive a residência é ladeada com alpendres espaços
para as redes de dormir (visitantes que mandam). “Carlinhos de Babaia” e de
“Quinca Canário” havia me convidado para conhecer o refúgio.
Túlio é quem assume o volante para deixar o mano a
vontade para bebericar. No que concordo prontamente. Vai que aparece um guarda
na descida da serra.
O quinteto é composto, ainda, por um assessor para
assuntos aleatórios, etílicos e socorristas. Ailson, o “Gordinho”, filho de
“Aloísio Marchante”.
Carlinhos e Túlio colocam uma batata quente nas mãos
do redator: contar a história do Grêmio Presidente Kennedy. O clube social ficava
onde hoje está em reforma a Câmara de Vereadores, cuja sede funcionava, até
meados dos anos 80, em outro salão da Prefeitura.
Acabam contanto histórias hilárias e de reconhecimento
pessoais envolvendo a agremiação recreativa e futebolística, na qual um dos
protagonistas é um dos mentores do surgimento da entidade social e esportiva,
meu pai, José Julião Neto.
O auge do clube se dá entre agosto de 1967 (ano da
fundação) e 1972, pelo menos é o que alcança a memória seletiva.
Por esta época Carlinhos passa a residir
definitivamente na terrinha, após perambular pelo Nordeste afora com a família.
Pelas transferências do pai, o sargento do Exército Joaquim Canário.
A serviço do Batalhão de Engenharia de Combate e
Construção. De João Pessoa, capital paraibana, a Picos, no ensolarado interior
piauiense.
Conta, com orgulho mal disfarçado, que a garotada o
achava péssimo no jogo de "pingue-pongue" (tênis de mesa"), e,
por pura "maldade" e "desforra", amassava, com a botina, as
inocentes bolinhas brancas.
O celuloide com diâmetro de 40 milímetros, peso 2,74
gramas, então exalava um cheiro característico. E viciante. Que dizem ser gás
nitrogênio.
Nas oportunidades que surgia. Com o esférico
saltitante no salão anexo ao dancing. Mal rebatido ao quicar na mesa de madeira
pintada de verde com listas laterais e nos fundos em branco. Com a rede
divisória na mesma cor do retângulo. Confundindo o míope da ocasião (eu).
Para o desespero do primo Rui Barbosa, filho de “Passarinho"
(gerente do posto Shell do ex-prefeito José Walter Olímpio), um dos assíduos
mesatenistas. Façanhas que lhe renderam dupla suspensão do presidente Zé
Julião.
Túlio, por sua vez, lembra com carinho, nas férias
escolares, com a grana curta, Zé Julião lhe franqueava a entrada nas festas
dançantes - inclusive no carnaval.
Mas ele, do alto da dignidade e reconhecimento,
propunha tomar conta do bar do clube um tempo determinado, e Itamar, filho de
"Manoel Sapateiro" ou "Ventola", o outro período. E todos
se divertiam a valer...
Seu Manoel depois se estabeleceu com restaurante na
rua comercial, imediações da casa de jogos de Luiz Bezerra da Costa (pai do
craque Luiz Júnior, o “Garrincha”). Papai até autorizou lá, nas férias
escolares, o café da manhã.
Valdir beberica umas latinhas de cerveja. Peço uma
Coca, mas Carlinhos me oferece um aperitivo sem álcool. Muito suspeito. Aceito
pela consideração ao amigo.
Recipiente comprado na andança com a esposa Teresinha
pelo interior pernambucano. O litro branco, com adesivo amarelo - não lembro
nem as imagens - guarda um liquido esverdeado.
Na primeira lapada, bebericada aos poucos, de um
copinho quase miniatura, digo: - Eu sabia... Tomo cinco doses. Completo com
três copos de cerveja no retorno. Se arrependimento matasse...
No último contato Carlinhos disse que ia jogar fora a mistura - com hortelã e abacaxi - pelo excessivo tempo de maturação do restante do conteúdo (menos da metade).