O presidente da Câmara Municipal de
Cerro Cora, vereador Valderi Joaquim Borges (DEM), o “Valdinho”,
rebate as críticas feitas por vereadores da oposição, de que
estivesse obstruindo os trabalhos legislativos e, em consequência,
atrasando a votação da Lei Orçamentária Anual (LOA) do município
para 2017. “Valdinho” enviou link de um vídeo veiculado na rede
social Youtube, onde manifesta que desde agosto foi, constante, o
fato de ter aberto e fechado sessões ordinárias da casa por falta
de quorum, a exemplo do que ocorreu na noite da quarta-feira (14),
ocasião em que só ele e mais os vereadores Alvaro Melo e Manoel de
Cláudio (PMDB) estavam presentes no plenário do Poder Legislativo.
Valderi Borges cita uma série de datas
– justamente depois que começou a campanha eleitoral deste ano -,
em que teve de abrir e fechar sessões, às vezes nem comparecendo à
Câmara, porque não havia número de vereadores suficiente para dar
andamento aos trabalhos legislativos, o que não era dificultado por
ele.
Para começar, Borges exemplifica a
data de 10 de agosto, quaqndo só ele e o vereador Erivanaldo
Albuquerque (PTB), o “Erinho”, estava presente na casa e não foi
possível abrir a sessão. No dia 17 do mesmo mês, repetiu-se o
fato: “Não foi possível realizar sessão porque a maioria dos
vereadores justificiou que não podia estar presente”.
Já em 22 de agosto, somente “Valdinho”
compareceu à Câmara, e entre os ausentes estava, principalmente, o
vereador Zeca Araújo (PSB), que questionou, durante a semana, uma
possível obstrução dos trabalhos pelo presidente da Casa e que,
acrescentou “Valdinho”, mais uma vez faltou à sessão ordinária
que estava prevista para 24 e 31 de agosto.
Segundo Borges, “várias sessões seguiram dessa
forma”. Em postado no youtube por seu
assessor Jaimar Jargas, ele relaciona que deveriam ter ocorrido
sessões em 21 e 28 de setembro, nos dias 05, 12 e 26 de outubro,
além de 09 e 23 de novembro - “todas elas prejudicadas, onde mais
da metade dos vereadores entravam em contado com a Secretaria da
Casa, justificando que não poderiam estar presentes”.
Por essa razão, Valderi Borges disse
que “nem se dava ao trabalho de ir à Câmara abrir as sessões,
porque sabíamos que não iria dar quorum“.
Mais recentemente, em 05 de dezembro,
Borges explica que só estavam preseentes ele e os vereadores Alvaro
Melo, Manoel de Cláudio e Everaldo Araújo (DEM), todos do bloco da
situação, enquanto os cinco vereadores da oposição faltaram sem
dar nenhuma justificativa, “fazendo a gente de palhaço”, quando
poderiam “ter pelo menos justificado”.
Para o presidente da Câmara, foi “até
uma surpresa terem faltado todos os vereadores da oposição”,
principalmente os vereadores Graça Oliveira (PSD) e Zeca Araújo,
eleitos prefeito e vice-prefeitos do município, “tendo em vista
que estava para votação o projeto 012/2016 da LOA, mas não
demonstraram interesse nenhum em votar esse projeto, sequer
apareceram na sessão”.
Em relação a sessão ordinária do
dia 14, a última do ano legislativo, Valderi Borges disse que chegou
ao Palácio Lourival Libânio de Melo às 19:20, esperou, abriu e
encerrou a sessão as 19:50 por falta de quorum, pois estavam
presentes só ele, Alvaro Melo e Manoel de Cláudio. “Os demais
vereadores e, principalmente, os da oposição, estavam reunidos a
menos de 30 metros da Câmara, só que no comitê da campanha
eleitoral”, alertou o presidente da Câmara.
E prosseguiu: “Entendo que para
amalisar projetos e requerimentos, tem de ser no plenário da
Cãmara”, continuou ele, por entender que é o plenário o fórum
competente para analisar projetos, mas aqueles vereadores não
cumpriram o horário regimental, por isso, abriu e fechou a sessão
onde só estavam presentes somente três dos nove vereadores da
Câmara.
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