domingo, 16 de maio de 2021

Fazenda Mundo Novo recebe animais após se tornar unidade de conservação

Tamanduá-mirim e Gato mourisco são os novos moradores em fazenda de São Tomé

Wallace Pereira observa soltura de animais na reserva particular de preservação ambiental

Defensor da preservação da fauna e da flora no Sertão potiguar, Wallace Pereira está doando 400 hectares de sua propriedade “Mundo Novo”, no município de São Tomé, para a criação de uma reserva ambiental com o apoio do governo federal através do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama). A medida já permitiu à nova unidade de conservação de domínio privado receber os primeiros moradores – um Tamanduá-mirim (tetradactyla), também chamado de tamanduá-jaleco, que pode alcançar até 8,5 quilos na idade adulta e 88 centímetros, sem a cauda,  e um Gato Mourisco ou Maracajá Preto (Herpailurus yagouaroundi). 

Gato mourisco
O casal Wallace e Altiva Pereira recebeu o biólogo Paulo Henrique Marinho e servidores do Ibama no sábado (15), na Fazenda Mundo Novo, que chegaram com os animais, os quais estavam em cativeiro e aguardando o momento e o local ideal para  soltura, após exames, avaliações da capacidade de captura de presas vivas, desabituação à presença humana entre outras coordenações exigidas.

O biólogo Paulo H. Marinho disse que os animais estavam há dois anos em cativeiro: “Esperamos que ambos encontrem um bom território habitat, de onde nunca deveriam ter saído”.  

Marinho informou, ainda, que a RPPN Mundo Novo está em processo de encadeamento, “a mesma tem por objetivo proteger e dar abrigo aos animais silvestres de nossa região, um sonho antigo do casal e família que observaram que a o longo do tempo muitas espécies desapareceram e outras raramente são vistas”,  como é o caso da Onça Parda, que entrou em extinção no Nordeste e foi vista ainda no município de Santa Cruz do Capibaribe (PE), a 341 quilômetros de Recife.

Tamanduá-mirim
Segundo Marinho, com esse registro formalizado de RPPN “vamos ganhar mais força juntos a órgãos federais e estaduais, garantido uma fiscalização permanente junto a ação humana (caça predatória), que infelizmente é uma cultual do mal que continua a fazer parte do nosso cotidiano”. 

A unidade fica gravada com perpetuidade na matrícula do imóvel, objetivando a conservação da diversidade biológica. A criação da RPPN – Reserva Particular do Patrimônio Natural, não afeta a titularidade do imóvel.


7 comentários:

Raimundo Costa disse...

Brilhante e nobre iniciativa de Wollace e D. Altiva, em ceder para te desse imóvel rural para criação de uma Reserva Particular de Preservação da Natureza (RPPN). Parabéns!!!

Elias Dantas disse...

É de uma grandeza e uma consciência ambiental exemplar , que sirva de exemplo para muitos...

José Valdir Julião disse...

A nossa região precisa, realmente, de iniciativas como essa!

José Valdir Julião disse...

Também agrega valor ao turismo rural e regional.

Vick disse...

Que maravilha!
É uma linda iniciativa!
Desejo de coração que tudo entre em harmonia por aí!
Parabéns!!!

João disse...

Perfeito!

Anônimo disse...

Vamos ver se a ação humana, a caça predatória diminui em nossa região, a caça tem acabado com os animais silvestre que vivem no lugar.