Grupo de Whatsapp "Veteranos de Cerro Corá" relembra histórias de "seu Trajano"
"Seu Trajano" ao lado de Inácio Canário (d) em frente ao Chevrolet "pau de arara" num domingo de feira livre em Cerro Corá |
O assuense “Seu Trajano” era como as pessoas gostam de dizer, hoje, um “figuraço” de Cerro Corá. Foi tema de bate-papo na noite deste domingo (02) entre amigos do grupo de Whatsapp “Veteranos de Cerro Corá”, que conta com 88 participantes. O agrônomo João Vilmar de Azevedo, atualmente residente na Fazenda Pituba entre Goianinha e Canguaretama, na região Agreste do Rio Grande do Norte, começou dizendo: “Vocês não conheceram seu Trajano! Tomava todas a que tinha direito. Era uma pessoa falante. Com seu gorro dos Correios, era um ser de respeito. Tinha seus próprios cacoetes”.
João Vilmar lembrou que ele (seu Trajano) “descia à rua, tomava sua pinga e voltava para casa. Uma pessoa sem qualidades que o dignificasse. O bom vivant”.
“Pelas calçadas sempre dava uma paradinha para uma pequena prosa ou cumprimento às pessoas, aquele gorro tinha uma significação especial para ele”, historiou J. Vilmar.
O ex-prefeito João Batista de Melo Filho foi além, confirmou que “seu Trajano” foi guarda-fios dos Correios e Telégrafos: “Preparou seu túmulo em Assu, e comprou seu caixão (urna funerária) guardando-o em sua residência, pra não dar trabalho (à família) depois de morto”.
João B. de Melo Filho disse, no papo virtual com os amigos “Veteranos de Cerro Corá”, que essa “era sua filosofia, além das carraspanas que eram históricas”.
“Toinho de Paulo do Correio”, seu neto, também atestou que seu Trajano e toda família do avô era do Assu: “Ele realmente comprou o caixão e guardou lá no armazém de meu pai, que fez o túmulo, quando faleceu foi enterrado em Assu, como queria”.
“Toinho” informou que seu avô, Francisco Trajano Paz, que também apreciava organizar romarias para Juazeiro do Norte e Canindé, no Ceará, morreu em 29 de novembro de 1980.
João Hêdulo Bezerra da Costa, o “João Ceará”, havia lembrado, ainda, que Paulo do Correio, “foi personagem na história de Cerre Corá”, assim como o seu também saudoso pai (seu Trajano).
O contador José Brasil, hoje radicado em São Luís (MA), acostou-se à conversa do grupo, dizendo que “quando tinha tomado umas quatro ou sete, a gente dizia pra ele: ah! Velho macho. Ele retratava: " ah! Véi besta".
Já o servidor público Carlos Cabral, lembrou que "Seu Trajano era muito amigo de seu João Coveiro pai de Zé do Trator, e ele quando estava no álcool falava "se eu beber e cair no chão venha cá meu coração".
O redator do blog também conheceu de perto seu Trajano, que gostava de tomar uma pinga na bodega de “seu Dedé Julião”, na rua Benvenuto Pereira de Araújo. Uma característica de seu Trajano, depois de tomar sua “bicada”, era dar um grito e bater no balcão com uma mão espalmada (Valdir Julião)
6 comentários:
É muito gratificante esse registro das histórias da nossa gente cerrocoraense
O blog agradece a sua intervenção, também cobra a sua participação com artigos, histórias e outras prosas sobre nossa terra e o seu gentílico. A memória cerrocoraense agradece!
Lembro bem do gritinho que seu trajano dava a cada gole que consumia. Era como que estivesse comemorando a vida.
Eu tenho a impressão, precisa alguém confirmar, acho que o "pau de arara" estava de partida pra romaria a Canindé e Juazeiro, no Ceará.
Carlinhos Cabral contou ao blog outra faceta de seu Trajano: "Era muito amigo de seu João Coveiro, pai de Zé do Trator, ele quando estava no álcool falava "se Eu beber e cair no chão venha cá meu coração"
Testemunha ocular da história!
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