Tamanduá-mirim e Gato mourisco são os novos moradores em fazenda de São Tomé
Wallace Pereira observa soltura de animais na reserva particular de preservação ambiental |
Defensor da preservação da fauna e da flora no Sertão potiguar, Wallace Pereira está doando 400 hectares de sua propriedade “Mundo Novo”, no município de São Tomé, para a criação de uma reserva ambiental com o apoio do governo federal através do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama). A medida já permitiu à nova unidade de conservação de domínio privado receber os primeiros moradores – um Tamanduá-mirim (tetradactyla), também chamado de tamanduá-jaleco, que pode alcançar até 8,5 quilos na idade adulta e 88 centímetros, sem a cauda, e um Gato Mourisco ou Maracajá Preto (Herpailurus yagouaroundi).
Gato mourisco |
O biólogo Paulo H. Marinho disse que os animais estavam há dois anos em cativeiro: “Esperamos que ambos encontrem um bom território habitat, de onde nunca deveriam ter saído”.
Marinho informou, ainda, que a RPPN Mundo Novo está em processo de encadeamento, “a mesma tem por objetivo proteger e dar abrigo aos animais silvestres de nossa região, um sonho antigo do casal e família que observaram que a o longo do tempo muitas espécies desapareceram e outras raramente são vistas”, como é o caso da Onça Parda, que entrou em extinção no Nordeste e foi vista ainda no município de Santa Cruz do Capibaribe (PE), a 341 quilômetros de Recife.
Tamanduá-mirim |
A unidade fica gravada com perpetuidade na matrícula do imóvel, objetivando a conservação da diversidade biológica. A criação da RPPN – Reserva Particular do Patrimônio Natural, não afeta a titularidade do imóvel.