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Luiz Victor relembra episódios do bingo |
Testemunhas oculares da história descrevem, hoje, como foi a realização do bingo em Cerro Corá. Caso de Luiz Victor, que residiu muitos anos em Bodó e atualmente mora em Natal: "Eu estava no bingo, com 17 anos de idade, o padre fugiu com roupas de vaqueiro, ou seja: chapéu de couro e gibão". Luiz Victor conta que nesse dia (28/jun/1964), "estava em Cerro Corá, um frei chamado Timóteo, acho que ele tinha uns 2,20 metros de altura, os caras da Paraíba subiram no caminhão com os revólveres na mão e ele mostrava o crucifixo de Jesus, para acalmar os homens".
Victor relatou que as pessoas que compareceram para "marcar" o bingo, correram por um abismo que havia em frente à Prefeitura (provavelmente onde é a descida atual por trás da pousada do Teté) "era uma ladeira de mais ou menos oito metros. Eram cinco prêmios e só queriam que corresse três para não dar prejuízo. Mas, o povo não aceitou pagar por cinco e concorrer só a três".
O cerrocoraense João Hêdulo Bezerra da Costa, músico atualmente radicado em Natal, também contou ao blog CERRO CORA NEWS, que "até marcou o bingo" e participou de uma viagem à Paraíba e cidades do Rio Grande do Norte, "com uma caravana vendendo cartelas e divulgando o bingo".
"Mas, deu prejuízo e foi bem numa época que houve proibição de bingos", confirmou ele, que agora usa o pseudônimo artístico de "João Ceará".
Quem também se manifestou, nas redes sociais, foi Valqmar Melo, 83 anos, militar aposentado do Exército, cujo pai é o saudoso Joaquim Vieira de Melo, mais conhecido em Cerro Corá como seu "Oliveira" e que nos anos 60 radicou-se com a família em Fortaleza (CE): "Estava no bingo com amigos, foi lamentável, porém, depois foi resolvido".
"Os carros foram adquiridos para pagamento após venda das cartelas, acontece que, no dia do sorteio, não tinham vvendidos todas as cartelas. A direção do sorteio resolveu adiar para nova data, o que não foi aceito pela população, houve tumultos, porém realizaram os sorteios", comentou Melo.