terça-feira, 7 de março de 2023

Lei Orgânica barra mudança no Brasão de Cerro Corá

Aprovação só com dois terços dos votos, mas derrubada do veto teve um a menos

Por José Vanilson Julião*
Jornalista

O Brasão atual 
O título III da Lei Orgânica de Cerro Corá, em seu capítulo I – “Da Organização Político Administrativa” – no nono Artigo, que dispõe sobre os “símbolos representativos da cultura e história do Município” põe um ponto final na pretensão de parte dos vereadores em mudar o desenho do Brasão (o segundo relacionado pela ordem: após a Bandeira e antes do Hino).

O mais importante está no Parágrafo único: - Os símbolos do Município só poderão ser modificados por decisão de dois terços (2/3) dos membros da Câmara. Ou seja: seis votos dos nove vereadores, mas cinco foram favoráveis a derrubada do veto do Poder Executivo.

Essa questão já havia sido levantada em áudio da vereadora Claudiceia Morais, no começo da semana, mas o nível baixo da gravação dificultou a compreensão imediata dos internautas, inclusive deste repórter, que acompanha, desde a segunda semana de janeiro deste ano, com algumas exclusividades, o desenrolar de toda esta confusão, iniciada ainda no período legislativo do ano anterior

Esboço do Brasão com mudanças
O áudio da vereadora diz que a mudança somente poderá ocorrer se modificarem a Lei Orgânica. Ao mesmo tempo que colocava a disposição a assessoria técnica para acompanhar o caso e auxiliar na execução de uma ação popular – na forma de um projeto de lei de iniciativa popular – para barrar o projeto em pauta, a partir da coleta de assinaturas.

Além do alerta da vereadora, também foi importante o fato da professora Ivonise Dantas, depois de se debruçar e ler a parte dos símbolos, postou na rede social a página para esclarecimento e leitura de todos os envolvidos desta luta contrária aos interesses particulares de alguns dos vereadores.

*Transcrição do blog "Jornal da Grande Natal"

segunda-feira, 6 de março de 2023

Josemá Azevedo e Walter Alves em bate-papo sobre uso de recursos hídricos

 

Bate-papo entre o cerrocoraense Josemá Azevedo e o vice-governador Walter Alves (MDB) antes do lançamento, no auditório da Secretaria de Educação na manhã de segunda-feira (6), do 25° Encontro Nacional de Comitês de Bacias Hidrográficas, que ocorrerá entre os dias 21 e 25 de agosto em Natal. O tema não pode deixar de ser o uso sustentável dos mananciais de água e a segurança hídrica no Rio Grande do Norte, onde Azevedo já presidiu a Caern e exerceu o cargo de secretário estadual de Recursos Hídricos. No governo Garibaldi Filho (1995/1998 e 1999/2022) foram construídos dois grandes reservatórios de água nos municipais de Apodi e Ipanema.

Festival José Bezerra Gomes movimenta cultura no Seridó

Atividades terão rodadas de conversas nas escolas de Currais Novos, Lagoa Nova e Cerro Corá  

Texto - Icaro Carvalho

José Bezerra é expoente da cultura seridoense
O Seridó será palco, pela primeira vez, de um encontro sobre cinema, poesia, música e uma série de programações voltadas a artistas potiguares. O I Festival de Cinema e Literatura José Bezerra Gomes, começa nesta quarta-feira (08), em Currais Novos, com atividades até 14 de março, data  comemorativa do Dia Nacional da Poesia Poesia.

A programação do evento contará com oficina de cinema e poesia, além de uma mostra do audiovisual potiguar, e ainda apresentações musicais. Haverá ainda lançamentos do filme “Sertão Bruto” (Trapiá Filmes), da revista “Brutos” (Bruno César e Istelo Almeida) e do livro “Por Que Não se Casa, Doutor?”, com edição do Sebo Vermelho. O I Festival de Cinema e Literatura José Bezerra Gomes é um projeto que foi aprovado no Edital das Penas Pecuniárias do Tribunal de Justiça do RN e conta com o apoio da Prefeitura Municipal de Currais Novos.

As atividades do festival contarão ainda com rodas de conversa, ações itinerantes nas escolas de Currais Novos, Lagoa Nova e Cerro Corá e comunidades adjacentes, e feira de livros. Entre os nomes confirmados para as atividades estão os cineastas Buca Dantas, Lourival Andrade, as poetisas Luma Carvalho, Adélia Danielli e Iara Maria Carvalho, os escritores Wescley J.Gama e Bruno César, entre outros nomes, como o editor Abimael Silva, da editora Sebo Vermelho. 

Segundo a coordenadora do Festival, a poetisa Iara Maria Carvalho, a ideia do evento é propiciar acesso à cultura e divulgar os trabalhos de artistas locais.

“O Festival compreende várias ações, não apenas na área de audiovisual e de literatura. Temos também música, o aspecto da formação, com oficina de poesia, fazendo o diálogo com o cinema como potência para escrita literária. Teremos também uma mostra de curtas, com bate-papo sobre o setor audiovisual potiguar. Será um momento de prestigiarmos a cultura do Rio Grande do Norte e dialogarmos sobre legislações, cenários e perspectivas. Imaginamos que essas ações terão impactos importantes na região para dar visibilidade à figura inspiradora de José Bezerra Gomes e mostrarmos o que o RN produz de bom para a arte”, explica.

Ainda de acordo com a coordenadora, o Festival vai prestar homenagens a um dos artistas mais expoentes do Seridó, José Bezerra Gomes (1911-1982), escritor curraisnovense autor de romances, ensaios e poesias que marcaram a cultura de Currais Novos.

“José Bezerra Gomes já povoa nosso imaginário enquanto artistas e escritores há muito tempo. Ele foi um intelectual muito importante para Currais Novos. Até hoje sua obra permanece atual, com relação à linguagem, tema e estilos. Ele dialogou com muitos intelectuais do Estado e do Brasil. Eu e Luma Carvalho já tivemos vivências com a obra dele na época da educação básica, com performances poéticas e já escrevemos textos acadêmicos sobre ele. Há uma questão afetiva”, aponta Iara Carvalho.

Sobre José Bezerra Gomes
José Bezerra Gomes (1911-1982) é um romancista potiguar nascido no Sítio Brejuí, em Currais Novos, Seridó Potiguar. É autor de quatro livros: Os Brutos (1938), Por Que Não se Casa, Doutor? (1944), A Porta e o Vento (1974) e Antologia Poética (1975).

Sua obra aborda a temática regionalista nordestina. O contexto ficcional de José Bezerra Gomes é a região do Seridó, a cidade de Currais Novos e as plantações de algodão, onde o autor construiu seus personagens no universo deste sertão norteriograndense.

Serviço
O quê: I Festival de Cinema e Literatura José Bezerra Gomes
Quando: 08/03 - 14/03
Onde: Currais Novos, Lagoa Nova, Cerro Corá


Programação completa:

08/03

14 horas

Oficina de Cine a e Poesia, artista Adélia Danielli, na Casa de Cultura Popular

– Casarão Itinerante, Grupo Casarão de Poesia e Palhaço Mingau, na Escola Municipal Justino Dantas (Distrito da Cruz)

19 horas 

- Mostra de Audiovisual Potiguar, curadoria Adélia Danielli

- Bate-papo com Buca Dantas e Adélia Danielli, na Casa de Cultura Popular

09/03

14 horas 

– Oficina de Cinema e Poesia, com Adélia Danielli, na Casa de Cultura Popular

- Casarão Itinerante, Grupo Casarão de Poesia e Palhaço Mingau, na 28° Unidade Escolar (Comunidade dos Negros do Riacho)

19 horas 

- Sarau de Aniversário, no Casarão da Poesia 

10/03

19 horas 

- Grupo Sostô, no Teatro Municipal Ubirajara Galvão

- Lançamento do filme SERTAO BRUTO (Trapiá Filmes)

- Lançamento da revista BRUTOS (Bruno César e Istelo Almeida)

- Lançamento do livro POR QUE NÃO SE CASA, DOUTOR? (Edição do Sebo Vermelho)

- Roda se conversa: Revisitando José Bezerra Gomes com Abimael Silva (editor), Lourival Andrade (roteirista e diretor), Bruno César (roteirista), Istelo Almeida (ilustrador), Alexandre Muniz (ator) e mediação do Grupo Casarão de Poesia

- Feira de livros: Sebo Encanto do Cordel, Sebo Vermelho e Sebo Letra N'Ativa

11/03

19 horas 

Praça Tetê Salustino: Wescley Gama e Gildo Cruz, Manoel Benedito, Batalha do Gueto, Banda Ritornellos

13/03 e 14/03 

- Casarão Itinerante em Cerro Corá e Lagoa Nova

- Lançamento do filme SERTÃO BRUTO e atividades de incentivo à leitura

- Artistas: Grupo Casarão de Poesia e Palhaço Mingau

Fonte - Fundação José Bezerra Gomes 

sábado, 4 de março de 2023

Exemplos hilários de brasões não alterados por qualquer motivação

Por José Vanilson Julião

Logo que o noticiário sequencial tomou corpo sobre o assunto e a consequente repercussão alguns cerro-coraenses foram pródigos em postar várias imagens de brasões de importantes cidades brasileiras que nunca tiveram a simbologia modificada ao sabor dos políticos do momento.

Além das figuras representativas diversas os internautas fizeram comentários comparativos entre o original e a improvável situação de mudança nestes conhecidos municípios. Incluindo Brasília, a capital federal encravada no centro do País, com o lago do Paranoá, as sedes dos três poderes, a catedral e as caras dos políticos que lá frequentam.

Os comentários citam principalmente acidentes geográficos naturais, conhecidas e famosas construções feitas pelo homem (como estátuas), atrações turísticas, costumes, tradições e festas profanas.

Rio de Janeiro: estádio Maracanã, Cristo Redentor, Corcovado, bondinho do Pão de Açúcar, a calçada de Copacabana, nem o pandeiro e as mulatas do samba; Belo Horizonte: complexo da Pampulha, o queijo e o doce de leite; Recife: a ponte da Boa Vista, a praia de Boa Viagem, passistas de frevo e os bonecos de Olinda;

Natal: morro do Careca (Ponta Negra), e ponte Newton Navarro; Mossoró: hotel Termas, salinas e festa de Santa Luzia; Caicó: festa de Santana; Açu: petróleo, fruticultura e o buraco do prefeito no São João mais antigo do mundo; Serra Negra do Norte, com seus bonés, panos de prato e bordados; Santa Cruz: posto 3 a 1 e a estátua de Santa Rita de Cássia.

Alternativa: um dos internautas também relacionou uma passagem da Lei Orgânica do Município que pode reverter a situação criada pela vaidade política. Diz que projeto de lei com abaixo-assinado popular pode revogar a decisão e reverter a situação.

Previsão

Quando o conceituado blog "Cerro Cora News", de responsabilidade do jornalista José Valdir Julião, transcreveu a primeira reportagem inédita deste "Jornal da Grande Natal", fiz um comentário de que o veto seria apenas um obstáculo ou empecilho temporário e momentâneo no plano do vereador Rodolfo Guedes dos Santos.

E acertei na mosca no dia 10 de janeiro. O projeto do ex-presidente do Poder Legislativo e atual segundo-secretário da nova mesa diretora tem aprovação em segundo turno.

Com a sintomática adesão do presidente recém empossado, numa demonstração de que nem tudo que o prefeito desejar será acatado pelo principal aliado.

Transcrito do blog Jornal da Grande Natal

Influência do ex-presidente do Legislativo decide a favor de mudança no Brasão

Votos que derrubaram veto do prefeito Raimundo Marcelino Borges ao projeto foram todos da mesa diretora

José Vanilson Julião*

Se passou desapercebido, involuntariamente ou não pela imprensa local, e até mesmo pelos internautas, o comentarista do “Jornal da Grande Natal” verifica que os cinco votos favoráveis as mudanças no desenho de um dos símbolos municipais são todos de componentes da mesa diretiva da Câmara.

Outro pormenor importante: destes votos um deles foi o do principal interessado no assunto, o autor do projeto de lei, o ex-presidente da mesa e atual segundo secretário, Rodolfo Guedes dos Santos. Que foi seguido pelos demais membros eleitos e empossados recentemente.

Portanto ele teve os apoios do presidente João Maria Alexandre, do vice-presidente Francisco Aldo Maciel e do primeiro secretário Vagton Luiz Silva de França (“Arroz”), além do vereador Santos Capote.

Mudaram os votos (a primeira votação foi por unanimidade) Breno Bezerra, Dedé de Manoel de Cláudio. Felipe Silva e Claudiceia Simoes, a única representante feminina na atual legislatura.

Os mencionados são da bancada da situação. Apenas o quinto componente do bloco, justamente o presidente, surpreendentemente, não acompanhou o quarteto.

Assim a soma dos votos contou com quatro oposicionistas e um aliado de última hora no desfecho deste caso.

*Transcrição do blog Jornal da Grande Natal

Mudança no desenho do Brasão é cópia fiel do similar de João Câmara

Por José Vanilson Julião*

Uma rápida consulta pela internet foi o bastante para verificar que o projeto de lei que acabou aprovado com a queda do veto do Poder Executivo provavelmente trata-se de uma imitação barata com ausência de originalidade.

Brasão com hélice eólica
Os vereadores, no mínimo, foram levados pela emoção, ou antes resolveram averiguar o desenrolar da mudança do Brasão do município de João Câmara (Região do Mato Grande), onde foram instaladas, definitivamente, em 2014, um dos primeiros parques eólicos no Rio Grande do Norte.

Outro pormenor interessante para comprovar a grande besteira dos cinco vereadores. Desde o final dos 60 que a França instalou eólicas no litoral da Normandia (Canal da Mancha) e nem por isso se tem notícia ou qualquer mudança nos símbolos normandos ou francos.

Se os vereadores da antiga Baixa Verde, que depois mudou de nome em homenagem ao industrial e senador responsável pelo desenvolvimento do lugar, cometeram uma besteira histórica, os cerrocoraenses fizeram pior: copiaram com quase exatidão a mudança.

Apenas acrescentaram uma máquina de costura. Coisa que nunca aconteceu na cidade paraibana de Rio Tinto, ai sim, sede de um surto de industrialização, onde existiu uma fábrica de tecidos da família Lundgreen, de origem sueca.

Ainda assim, nem Cerro Corá, nem João Câmara, são pioneiros neste setor, para que merecessem tamanha aberração, a mudança nos desenhos dos símbolos municipais.

Os 24 primeiros geradores da empresa espanhola Neoenergia foram instalados em Rio do Fogo (litoral Norte) e em Serra do Mel (Central), os quais já geraram mais de 1,5 milhão de megawatts/hora nestes dez anos de funcionamento, completados na primeira semana de março

*Transcrito do blog Jornal da Grande Natal

A desnecessária mexida proposital no Brasão cerrocoraense

 Por José Vanilson Julião*

As adjetivações do título caem muito bem e retratam fielmente a onda das manifestações de contrariedade, repulsa, revolta e espanto detectados nas redes sociais, na tarde/noite desta sexta-feira, diante a notícia da queda do veto do prefeito Raimundo Marcelino Borges às mudanças perpetradas pelo Poder Legislativo a um dos símbolos da municipalidade.

Dos menos de dez internautas que o editor do blog “Jornal da Grande Natal” enviou a reportagem anterior apenas um se mostrou favorável as mudanças no Brasão cerro-coraense com a mesma justificativa sem sentido do autor do projeto, o ex-presidente da Câmara, Rodolfo Guedes.

Entretanto as maiores reclamações, na sua totalidade, vieram de pessoas de grupos específicos que tiveram acesso ao texto, no “zap” ou “Facebook”. Uma delas relatou que o Japão não mexeu na Bandeira do “Sol Nascente” para colocar um computador; “Nos Estados Unidos da América não colocaram nave espacial”, diz ainda o indignado internauta.

Outro conterrâneo, Arijório Félix da Silva, residente fora da cidade, e em visita a terra natal, disse que vai procurar todos os vereadores, em especial os cinco que derrubaram o veto do projeto (anteriormente aprovado por unanimidade dos noves vereadores), e perguntar olho no olho, cara a cara, “O porquê dessa mudança...”

Este mesmo cidadão, empresário, um dos mais indignados, até disse que iria mandar copiar a reportagem do blog, primeiro com 500 exemplares, mas em seguida aumentou para mil, com o fim de distribuir nas cidades vizinhas, Lagoa Nova e Bodó, para que lá não aconteça a mesma decisão estapafúrdia e com inconsequências reais e nada produtivas.

Até o padre Alcivan Gomes, cerrocoraense, de família tradicional, entrou na discussão: - Tanta coisa séria para se preocupar, como infraestrutura, saúde e educação. Aí gastam o tempo para fazer modificações absurdas no Brasão histórico do município, que é composto por elementos próprios da história de um povo. Vão estudar as regras da heráldica, senhores vereadores!

Completa o religioso: - Para facilitar a compreensão dos senhores edis uma ajudinha dos universitários: “Heráldica ou armaria é um sistema de identificação visual e simbolismo criado na Europa no século XII, baseado nos brasões de armas e escudos.

O termo também designa a arte de elaborar os brasões e a ciência que estuda suas regras, formas, tradições, simbolismos e significados históricos, políticos, culturais e sociais.

Já a internauta e professora Ivanise Dantas mostrou a ausência de arregimentação da população. “O nosso erro como eleitor e defensor da continuidade e permanência do nosso símbolo: não fizemos protestos presenciais na Câmara no dia da votação.

A pressão popular aconteceu antes nos grupos da “whatsapp”. Eu tinha convicção que os vereadores iriam repensar no voto e foi revertido alguns votos. O apelo não foi considerado, infelizmente. Fiquei sem palavras para externar a minha indignação.

Quanto ao comentarista, guardadas as devidas proporcionalidades, digo: é como se o Brasão de Natal, a capital dos potiguares, fosse desfigurado na simbologia dos Reis Magos, para se colocar uma foto ou de uma imagem estilizada da Via Costeira representando o turismo.

Ou substituir o ramo de café do Brasão paulistano (referente a capital) por uma chaminé fumegante das Industrias Reunidas Matarazzo, de um lado, e um produto da outrora grande empresa, uma lata de óleo “Sol Levante”, que, nos anos 30, deu nome a um time de futebol em João Pessoa, a distinta capital paraibana.

E ainda o americano trocar a Águia do selo nacional pelo famoso arranha-céu Empire States Building ou por uma imagem do World Trade Center, aquele do conhecido ataque terrorista.

*Transcrição do blog Jornal da Grande Natal

Pirraça derruba veto do prefeito às mudanças no Brasão de Cerro Corá

 José Vanilson Julião*

O blog do "DJ Aildo", um dos três que fazem a cobertura diária em e de Cerro Corá (Região do Seridó), acaba de noticiar, com exclusividade, a queda do veto do prefeito Raimundo Marcelino Borges, o "Novinho", para mudança do desenho histórico e tradicional do Brasão municipal.

Por cinco votos contra quatro o Projeto de Lei 012/2022,  que solicita mudanças substanciais e imperceptíveis, incluindo o acréscimo de uma imagem de máquina de costura "representando os quase 300 empregos gerados no município pela atividade têxtil" e de torres de energia eólica "representando o desenvolvimento sustentável dos parques".

O projeto do ex-presidente da Câmara, Rodolfo Guedes (Republicanos), havia sido aprovado, por unanimidade, pelos nove vereadores no final do ano legislativo 2022, mas vetado.

Novamente colocado em discussão, no retorno do ano legislativo, na terceira sessão, na noite desta quinta-feira, o veto foi derrubado, com voto dos vereadores Rodolfo Guedes (o maior interessado no assunto), Aldo Maciel, João Alexandre, Vagton Arroz e Santos Capote.

Com a notícia já correndo as redes sociais um conterrâneo suscitou que a população deveria ter sido consultada em plebiscito.

O repórter retrucou que bastava ter sido usado o bom senso e os vereadores ter "escutado" o clamor dos internautas.

Pois plebiscito ou referendum demandam tempo para organização, execução e gastos, além destes expedientes não correrem o risco de se tornarem comuns para tudo que é demanda.

Repercussão

Em 10 de janeiro o "Jornal da Grande Natal" havia se posicionado sobre o assunto, repercutindo a primeira aprovação do projeto sem pé e sem cabeça na calada da noite ou no final do expediente legislativo do ano anterior.

Veja a seguir os principais trechos da primeira reportagem.

- A conversa girava em torno de amenidades quando a internauta Ivonise Dantas perguntou se alguém sabia das modificações no tradicional desenho e todos os participantes foram pegos de surpresa com a informação.

Ocasião em que todos foram unanimes, também, em rechaçar o projeto de lei, cuja data não foi possível configurar durante o debate.

- Uma pergunta: vocês podem informar, confirmar ou desmentir...?, assim ela se expressou.

 O ex-candidato a vereador e empresário Vivaldo Evaristo foi rápido no gatilho confirmando a situação. "Tem, mas não é mudar. A ideia é alterar e incluir... (para o redator dá no mesmo)"

Diante da enxurrada de indagações outra internauta, Cássia Maria, surgiu, para por os pontos nos is e dirimir todas as dúvidas concernentes ao caso, inclusive com mais esclarecimentos e provas contundentes sobre a peripécia dos vereadores e da mesa diretora do Poder Legislativo.

Depois que o redator deste blog colocou no grupo o texto ela insere a imagem original da Bandeira do Município, assim como mais duas imagens, uma colorida e outra em preto em branco.

A primeira fotografia com o Brasão original e a segunda com as modificações: as simbologias estilizadas das máquinas e torres (justamente os itens a serem acrescidos).

As máquinas dentro de uma faixa acrescida acima de cordeiro e as torres no espaço inferior, no qual está a representação de uma serra em cor amarela.

O mais incrível: o ex-presidente da Câmara colocou em circulação a "Revista Câmara em Ação" comemorativa da administração já as modificações no Brasão na capa, acima a esquerda.

*Transcrição do blog Jornal da Grande Natal

quinta-feira, 2 de março de 2023

Estrada Bodó-Santana do Matos será denominada de Antonio Assunção

O trecho da rodovia estadual R$-203 ligando Bodó a Santana do Matos deverá receber o nome do falecido ex-prefeito bodoense Antonio Ferreira de Assunção, segundo proposição do deputado estadual Nelter Queiroz (PSDB), já em tramitação na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte.

Na justificativa do projeto de lei o deputado Nelter Queiroz traça um perfil de "Antonio Joel", que também foi vereador por Santana do Matos. Nascido em 04 de outubro de 1944, na fazenda São Vicente (Santana do Matos), o homenageado era filho do agropecuarista Joel Assunção e Beatriz Ferreira de Assunção.  Faleceu em 19 de janeiro de 2022.

Desde criança acompanhou os caminhos de seu pai na agropecuária. Aos 26 anos foi morar em Bodó (na época ainda distrito de Santana do Matos) para administrar a Mina Riachão. 

Em 1972 se tornou vereador pelo município de Santana do Matos, função esta que desempenhou por cerca de 20 anos através de reeleição. 

Ao fim da década de 80, Antônio assumiu a direção da Mina Bodó, referência em mineração no Estado. 

Em 1992, liderou um movimento a favor da emancipação política de Bodó, que passou a ser cidade em 26 de Junho de 1992. 

Antônio se tornou o primeiro prefeito de Bodó em 1997, sendo reeleito e ficando a frente da prefeitura do município até dezembro de 2004. 

Após seus mandatos de vereador e prefeito, Antônio ainda continuou sendo importante líder político e social dos municípios, ao lado de seus filhos e sua esposa Teresa Neuman Assunção. 

"Mais que um político de luta e cuidado pelo seu município, Antônio era um homem querido e amado por todos os munícipes, amigos e familiares. Homem de coração grande e fiel ao dever", diz Nelter Queiroz. 


quarta-feira, 1 de março de 2023

Nelter Queiroz emite voto de pesar por morte do santanense Chico Leite

O deputado estadual Nelter Queiroz (PSDB) emitiu nota de pesar, na sessão ordinária desta quarta-feira (1º), na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte pelo falecimento de Francisco Pereira Leite, o "Chico Leite", antigo comerciante de Santana do Matos, ocorrido em 12 de fevereiro naquela cidade. 

Chico Leite deixou viúva Maria das Dores de Barros Leite e os filhos Ivanildo, Ivanaldo, Rosa Maria, Júnio Leite, Marcelo e Maria Tereza.

"Era uma pessoa muito conhecida e respeitada, contribuiu para o desenvolvimento de Santana do Matos", disse o deputado Nelter Queiroz.

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2023

Turismo afetivo XI – “As mudanças de paisagem do casario da cidade”

Casas na rua Sérvulo Pereira passaram a ter pavimento superior, a fim de expandir o comércio

 
Até o fim dos anos 70 e começo dos anos 80, predominavam as casas de pavimento térreo

Por José Vanilson Julião*

O visitante ocasional ou turista forasteiro de momento pode não prestar atenção nas modernas casas, algumas com segundo pavimento ou edificações com até três andares, que hoje pontificam na cidade de ponta a ponta. Desde o centro aos bairros mais afastados. Com quase todos os terrenos disponíveis no perímetro urbano praticamente ocupados.

Mas quem viveu na cidade no final dos anos 60 e entre os primeiros anos da década de 70, sem esmiuçar as datas exatas das construções, por falta de dados provatórios, posso afirmar que as casas dos cerrocoraenses eram de feitura simplórias.

As poucas casas com fachadas diferenciadas e compartimentos ou cômodos mais planejados, se restringiam a dez no máximo, e localizadas na Avenida São João e Rua Monsenhor Paulo Herôncio. Ou uma e outra em outros logradouros, como as ruas Benvenuto Pereira e Capitão Florêncio, que cruza com a antiga “rua do Motor”, numa descida para o açude Eloy de Souza.

Como um ponto turístico, assim pode-se dizer, reina a “Casa Grande”, onde residiu o patriarca Tomas Pereira de Araújo, como se fosse um vigia eterno da praça que leva o nome dele. Com a frente para o logradouro e lateral no começo da avenida São João. Com o detalhe de um sobrado lateral do lado oposto.

Em seguida o casarão dos Pereira existe as duas casas de desenho moderno que pertenciam a família e posteriormente foram adquiridas pelos comerciantes João Bezerra Galvão e Marconio Galvão, que residiam em outras moradas, o primeiro na “Monsenhor Paulo Heroncio”, ao lado da casa do sogro.

Depois dessas casas vinha o Grupo Escolar Querubina Silveira, cuja transfiguração na arquitetura ainda gera reclamação de conterrâneos residentes em outros estados (assim como a pracinha), e a casa paroquial ao lado da igreja. Somente depois Marconio construiu uma casa do outro lado da rua, de onde saiu para a adquirida aos herdeiros dos Pereira.

Em seguida foram construídas as sedes do posto da companhia telefônica do Rio Grande do Norte (Telern) e a Biblioteca Pública Vivaldo Pereira (não necessariamente nesta ordem). Foram estas edificações o ponta pé inicial para a urbanização da área.

Na “Paulo Heroncio” em sequência, as casas mais bonitas, com fachadas diferentes, eram a do casal João Soares do Nascimento/Zilma Pereira (ele agropecuarista, ela diretora do grupo escolar), dona Maria Galvão (mãe do prefeito José Walter Olímpio) e a espaçosa moradia do agropecuarista Francisco Soares (irmão de João), para abrigar a numerosa prole (vizinha ao antigo clube velho).

Como também a casa do comerciante Manoel Leandro (Manoel Luís)/dona Elza, que ainda conserva a mesma fachada, a exemplo da residência de João Soares. Saindo da “São João” e da “Paulo Heroncio” lembro de mais duas residências modernas para a ocasião. Uma delas, na Rua Capitão Florencio, pertenceu ao pai de Valdir Florêncio. Fica em frente a casa do ex-prefeito João Batista de Melo Filho.

As paredes salpicadas e pintadas com cores fortes para que não precisassem de novas pinturas. Não sei de onde foi copiada a ideia. Mas me veio a lembrança deste pormenor nas casas de Lourival Bezerra da Costa/dona Lilia e João Bezerra Galvão/dona Teresinha (antes de morar onde hoje reside o filho João Alfredo). Uma pintada de um cinza/preto ou preto/cinza, outra de amarelo/marrom ou marrom/amarelo...

Todas essas residências particulares fazem parte do antigo conjunto arquitetônico da minha infância e adolescência, sendo que ainda fazem parte da lista a bonita fachada da Maternidade Clotilde Santina e a Prefeitura com a escadaria de piso vermelho, com seus peculiares bancos de cimento, num dos quais posei com meu irmão e minha irmã com presentes natalinos, um automóvel Kombi Volkswagen de madeira.

*Jornalista aposentado, com passagens na Tribuna do Norte, Diário de Natal e Jornal de Natal


domingo, 26 de fevereiro de 2023

Sanfoneiro de São Tomé, Erinaldo Zumba, dedilhando Escadaria


Para quem ouvia a extinta rádio Brejuí de Currais Novos entre o fim dos anos 50 e as décadas de 60 e 70, talvez não soubesse, mas o clássico "Escadaria" que o sanfoneiro de São Tomé,  Erinaldo Zumba, dedilha na sanfona, não é composição de nenhum autor do Nordeste. 

A música Escadaria é um choro de Pedro Raimundo, artista nascido no Sul do país, que também fez muito sucesso na região Nordeste. 

Em evidência nas décadas de 1940 e 1950, principalmente com a música Adeus, Mariana. Iniciou-se com música gauchesca e, transladando-se para o Rio de Janeiro, ficou conhecido como o gaúcho alegre do rádio. Por sempre se apresentar "pilchado" (ou seja, com a roupagem característica de gaúcho), acabou inspirando Luiz Gonzaga a se apresentar com a roupagem característica dos vaqueiros.

Com informações da Wikipédia 

sábado, 25 de fevereiro de 2023

Prefeitos de Cerro Corá e Lagoa Nova conhecem gestão de resíduos em PE

Prefeito "Novinho" conhece experiência na gestão de resíduos sólidos em Pernambuco 

Prefeitos da região do Seridó visitaram projetos e instâncias de gestões de resíduos sólidos em municípios de Pernambuco, como Passira e Limoeiro, entre os quais o prefeito de Lagoa Nova, Luciano Santos (MDB), que também preside a Federação dos Municípios do Rio Grande do Norte (Femurn). 

De acordo com Santos, é interesse da administração pública trazer boas práticas na gestão de resíduos sólidos para o cenário municipal. Ele afirma que o intuito é se tornar referência na preservação do meio ambiente.

"Buscamos as melhores tecnologias que se pode ter para a disposição de resíduos. Lagoa Nova e o Seridó como um todo podem virar uma referencia na preservação do meio ambiente, tendo em vista as ações que estão sendo cobradas pelos MP Federal e do RN", afirmou o gestor.

O prefeito de Cerro Corá, Raimundo Marcelino Borges (PSDB), integrou a comitiva de gestores seridoense para conhecerem a experiência dos municípios pernambucanos na coleta e tratamento de resíduos sólidos, o lixo urbano: "Nós poderemos levar essa ideia pra que possamos implantar no Seridó e, assim, proporcionar mais saúde e qualidade de vida aos nossos munícipes".

Entre os compromissos, os gestores, acompanhados pelo prefeito de Limoeiro, Orlando Jorge, visitaram uma empresa local que atua no segmento através de parceira público-privada junto ao município. 

Participaram da caravana prefeitos de municípios que compõem o Consórcio Intermunicipal de Resíduos Sólidos, com pouco mais de 20 cidades do Seridó potiguar que se uniram para avançar em uma só direção na administração adequada de resíduos sólidos, como os prefeitos de Acari, Caicó, Serra Negra, Timbaúba dos Batistas, São João do Sabugi, Porta Alegre, Equador e Santana do Seridó.