Qual
o projeto político e administrativo que a oposição, em sua opinião, devia ter
para Cerro Corá?
Não tenho procuração para falar pelo grupo. Mas afirmo
que o compromisso de todos da oposição é pelo desenvolvimento do município e o
bem estar da população cerrocoraense, de todos sem exceção. Como você sabe, passei seis anos e alguns
meses em Brasília, nos dois mandatos do nosso presidente Lula, sendo Diretor
Nacional do Programa Nacional de Crédito Fundiário (PNCF), e secretário adjunto
Nacional da Secretária de Reordenamento Agrário, do Ministério do
Desenvolvimento Agrário (MDA), do qual agora sou Delegado Federal e a represento aqui no
Estado do Rio Grande do Norte, na gestão da nossa Presidenta Dilma Rousseff até
a presente data. Durante esse período conclui, tirei a prova dos nove, que
gestor nenhum pode pensar em gerir a coisa pública sozinho, isoladamente, planejando, avaliando,
executando e reavaliando sozinho, e muito menos sem ouvir as críticas,
sugestões, esse modelo está errado, assim pautei a nossa gestão de um programa
nacional focado em um modelo participativo, onde os Estados, os órgãos de
controle CGU, TCU, CONJUR, Conselhos Municipais, Estaduais e Nacional, e
principalmente os beneficiários da política participam da gestão, essa modelo
nos levou a termos mais acertos do que erros.
Mas,
o PT tem um projeto próprio para Cerro Corá?
Ideologicamente sou defensor de uma gestão municipal
ampla e participativa, com a participação dos poderes constituídos, mas com
estruturas de organizações sociais que dialoguem com o Executivo, Legislativo e
o próprio Judiciário que exerce uma função primordial que é está atento ao
cumprimento das normas legais na gestão da coisa pública, e acima tudo
orientando os gestores, basta criar os espaços.
É claro que cada um exercendo a sua função como manda a norma o respeito
a autonomia dos poderes. Não dar para discutir orçamento de faz de conta, de
forma centralizada, um contador e mais algum auxiliar decidindo onde vai
colocar os recursos, por outro lado fazem reuniões nas comunidades e dizem que
é Orçamento Participativo, não é, não se discute profundamente o que é
orçamento público e nem tampouco a destinação dos recursos públicos da forma
correta. Podemos inovar no processo
criar e dar condições para que a população possa opinar, decidir, os segmentos
sociais, comerciantes, professores, profissionais da área de saúde, autônomos,
donas de casa, estudantes, nossos trabalhadores rurais, dirigentes sindicais, organizações
religiosas, pastorais.
O
que precisa mudar mais na administração pública cerrocoraense?
Do ponto de vista
administrativo da estrutura do executivo, sempre se repetem a mesma coisas em nosso
município, qual o diferencial dos mandatos que passaram ou que estão no poder
executivo local? Não é mais novidade e nem tampouco diferencial pintar alguma
porta, janela, meio fio, limpar as ruas, isso é obrigação de zelar e manter em
ordem o patrimônio público. Pagar aos servidores em dia é obrigação legal, aos
fornecedores também. Estou pagando em dia os servidores, mas será que estou
pagando o que é de direito? Temos que aprender a olhar um pouco mais distante,
com uma visão estratégica, inovadora, mesmo com os limites que sabemos quando
se confronta quando falamos em gerar renda em municípios como os nosso.
Como a sociedade cerrocoraense pode contribuir
para ajudar a melhorar as condições do seu povo?
Precisamos de um
governo municipal que junte aglomere o que nos temos de melhor, o nosso povo,
do ponto de vista pessoal, falo de pessoas, que pensam, que elaboram e temos,
no nosso município e fora também, que construam algo mais centrado na geração
de renda, ocupação, profissionalização, infra estrutura, que trabalhe o social
a família, meio ambiente, a agricultura, a juventude o esporte e lazer,
educação profissional etc. O turismo rural sustentável em Cerro Corá, em nossa
terra, pode ser um caminho promissor, as Pousadas dos filhos da terra que estão
se instalando, o nosso artesanato que precisa se qualificar e ser competitivo,
facções têxteis, que estão precisando do poder público agora neste momento que
atravessa de dificuldades. Tenho certeza
que nenhum cerrocoraense se refutaria em dar a sua colaboração. Eu me pergunto,
porque não se discute instalação de um Instituto Federal – IFRN na Serra de
Santana, para preparar a nossa juventude área de engenharia da alimentação,
agroindústria da fruticultura, mineração que esta em expansão em nossa região,
que riqueza seria essa para os nosso povo, para nossa juventude. Precisa-se que alguém se mobilize e esse
alguém, o mais indicado é o poder público a prefeitura municipal como órgão
executivo. Alguém pode ater dizer que é
um sonho, algo utópico, mas eu acredito nele.
Você
não acha que a oposição está fazendo uma discussão mais em cima de nome, falta
uma proposta que, realmente, convença o povo sobre o que é melhor para Cerro
Corá?
Concordo. Mas você sabe que o nosso povo respira política
vinte e quatro horas, é o que o povo quer saber agora, faz parte da nossa
cultura, também do processo eleitoral é
legítimo e democrático. Confesso que eu acho é bom essa expectativa, assim a
população não fica omissa, procura saber em quem eles vão dar o voto de
confiança, de ambos os lados, no vermelho, no verde, no azul, é salutar. Mas
precisamos avançar nas propostas dos grupos, dos partidos em prol do município
de Cerro Corá, entendo ser nem mais relevante do que centrar na discussão dos
nomes apenas.
Porque
o PT não topa a parada e testa “Zeca” nas urnas, é um empresário sério, parece
que não tem rejeição e está gerando emprego e renda no município?
Como já disse é um nome a ser trabalhado.
Não está na hora do PT mostrar a sua cara
em Cerro Corá?
Entendo ser um bom momento, precisamos ampliar nossa
participação, mas acho que o conteúdo dessa nossa conversa você já sabe qual a
cara do Partido dos Trabalhadores - PT. Estamos discutindo no Estado a nossa
participação nas eleições de 2012, prefeitos e vereadores. No próximo sábado,
dia 13, em Natal, estaremos fazendo um debate sobre o tema, e com certeza Cerro
Corá entrará na pauta.
O PT de Cerro Corá sempre esteve a reboque de
outros partidos políticos?
Não. Sempre
participamos das discussões considerando as decisões democráticas do grupo,
coligação partidária, as decisões da maioria construídas nós sempre acatamos e
colaboramos com as candidaturas. Em 2000 apoiamos João Batista e Ana Maria, nas
Eleições seguintes estivemos com Ana Maria e o bloco de oposição, mas dentro de
uma posição bem clara, programática. Nas
últimas eleições por exemplo colaboramos muito com a candidatura de Ana Maria e
Tomaz Neto. É claro, na política é um
aprendizado constante, assim como na vida, se queremos elege um vereador ou
vereadora, então nosso foco, nossas energias devem ser conduzidas para tal. Um
diferencial agora é que temos mais nomes e estamos nos afirmando enquanto
partido, não temos grandes estrelas, temos bons nomes que pode fazer a grande
diferença. O nosso objetivo maior é focar numa proposta que o centro dela seja
o desenvolvimento de nosso município, da nossa população. Não devemos jamais subestimar a capacidade de
reflexão, escolha e decisão de um povo.