quinta-feira, 16 de abril de 2020

Primórdios do futebol em Cerro Corá VIII


Cerro Corá Futebol Clube na primeira competição oficial

 
Agremiação distrital abre torneio início do inédito campeonato municipal em 1949


Por José Vanilson Julião


Depois de dois amistosos – uma vitória (1 x 0 Potengi) e uma derrota (1 x 3 Seridó) – no segundo semestre de 1948 o Cerro Corá FC abre a temporada do ano seguinte em competição oficial.

Na mesma data em que a Federação estadual marca o torneio início do campeonato potiguar, a Liga curraisnovense programa a abertura da competição municipal para a tarde do domingo (1/5).

No torneio inaugural dominical, com jogos eliminatórios, em disputa a “Taça João Alencar”, doada pelo industrial controlador da mina São Francisco, patrocinadora do clube amador homônimo.

Antes dos jogos acontece o desfile das equipes no Estádio Paulo Heroncio de Melo. O pontapé inicial cabe ao comerciante e “coronel” Aproniano Pereira de Araújo.

A tabela, por sorteio, determinou a seqüência: Brejuí x Cerro Corá, Potiguar x São Francisco, Seridó x vencedor do primeiro jogo e vencedor do segundo x vencedor do terceiro.
O "Diário de Natal" relata na sua edição dominical, que "o torneio está fadado a se constituir numa indiscutível atração para os esportistas de Galvanópolis, sempre ávidos por um bom espetáculo de futebol".

quarta-feira, 15 de abril de 2020

Cai para cinco os casos suspeitos de Covid-19 em Cerro Corá, com quatro descartados

O número de casos suspeitos de pessoas acometidas do novo coronavirus em Cerro Cora, que chegou a ter oito casos nessa condição, caiu para cinco, segundo dados do boletim epidemiológico da Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap). Agora, são quatro o número de casos descartados de coronavirus no municipio, onde só houve um caso confirmado até o momento, com a morte de uma  menina de um ano e sete meses.

Segundo a Sesap, também cairam os casos suspeitos em Currais Novos, que agora são sete, enquanto são 15 os casos descartados e a confirmação de um caso. Já em Lagoa Nova são cinco os casos de suspeitos de infectados por Covid-19, com um descartado.

Em São Tomé existe um caso suspeito e um descartado, enquanto em Santana do Matos, um caso foi descartado.

Miguel Amarelo morre em Sítio Novo

Miguel Amarelo e a esposa Sula 
Aos 82 anos, faleceu em Sítio Novo, cidade da região do Trairi,  o comerciante aposentado Miguel Fernandes Sobrinho, que entre os anos 60 e 70 foi proprietário de uma pequena mercearia (bodega) na rua Bevenuto Pereira de Araújo, praticamente na esquina da rua Guiomar Henrique. Conhecido como Miguel Amarelo, também negociou no antigo bairro Casa Velha, atual Tancredo Neves.

Viúvo, Miguel Amarelo foi casado com Vicência Gonçalves, mais conhecida como "Sula" e cunhado de "Roberto Carlos", que até hoje reside em Cerro Corá.

Cel Fernandes (e), Miguel Amarelo (c) e o prefeito de Sítio, Edilson Jr (d) no palanque eleitoral em Sítio Novo
Filho de Miguel Amarelo, o coronel da Polícia Militar do Rio Grande do Norte, Francisco Edílson Fernandes, falou  nas redes sociais sobre a importância do pai sua vida: "Para por no papel seria um livro e muitos dias.  Então quero, simplificar de todo coração e perante a verdade de Deus em três palavras: magnífico, esplêndido é benevolente".

O coronel Edilson Fernandes, que chegou a disputar a prefeitura de Sítio Novo, agradeceu por tudo o que o pai fez por ele. "Devo-lhe tudo que tenho e o que sou. Sei que pela essência deixada nessa terra, Deus será misericordioso", afirmou.

Em 2012, o então major Francisco Edilson Fernandes ficou em segundo lugar na eleição de prefeito, mas quatro anos depois, em 2016, o filho Edilson Fernandes Júnior venceu a eleição de prefeito em Sítio Novo, com 2.228 votos contra 2.142 dados à ex-prefeita Wanira Alves.

segunda-feira, 13 de abril de 2020

Traço histórico da politica de Cerro Corá I


Família Pereira em peso apoia o governador José Varela
Dissidência pessedista se alia com udenistas para eleger o mossoroense Dix-Sept Rosado

Por José Vanilson Julião

José Varela (de óculos) discursa ao lado do desembargador curraisnovense Tomas Salustino, recebeu apoio maciço da familia Pereira, na campanha eleitoral de 1950, e foi derrotado pelo mossoroense Dix-Sept Rosado para o governo do Estado
O “Diário de Natal” (13/3/1950) noticia, na noite da mesma data, o banquete oferecido ao governador José Augusto Varela, que, na ocasião discursa e dá pormenores que levaram à cisão o Partido Social Democrata (PSD) e a conseqüente aliança com a União Democrática Nacional (UDN).
Antecedem à fala do chefe do Poder Executivo os oradores: o deputado federal José Augusto Bezerra de Andrade (pela União Democrática Nacional), o prefeito  de Natal, Claudionor Telógio de Andrade e o deputado Manoel Varela de Albuquerque (representa a dissidência do Partido Social Democrático).
O jornal da cadeia Associada publica extensa lista das personalidades que aderiram às homenagens ocupando quatro colunas de um total de seis do jornal. Entre elas o ex-governador Juvenal Lamartine de Faria, deputados José Gonçalves, João da Mata, Aderson Dutra, Walter Wanderley, Alfredo Mesquita Filho e José Xavier da Cunha.

A delegação de Cerro Corá (ainda distrito do município de Currais Novos) demonstra força, influência e poder na política estadual: Tomaz Pereira de Aráujo e os filhosManoel Wilson, Francisco Edson e Clidenor. De Currais Novos: Vivaldo, pai, e filho, José Cortez, além de Aproniano e o filho Radir, Laurentino e Joventino. De São Tomé o irmão e tio Rainel, mais Pedro Pereira.

De Santana dos Matos Joel Assunção. A partir das 20h30 a Rádio Poti transmite o esperado encontro político formal direto do grande salão do Aero Clube (Tirol).

domingo, 12 de abril de 2020

Brasileiro é o mais ansioso do mundo, diz Attalya Félix


Arijorio Félix em momento de descontração com a filha e neurocientista Attalya Félix em Manaus (AM)
A neurocientista Attalya Félix explica que
para se informar, as pessoas devem  dar  preferência a veículos que trazem especialistas com informações técnicas sobre a pandemia de coronavirus . "E mesmo se tratando de notícias qualificadas, não as procure constantemente. Dê uma olhada no noticiário por um período limitado de tempo, uma ou duas vezes por dia para checar as diretrizes gerais que o Estado dá à população por orientação dos órgãos de saúde", diz.

No entanto, segundo a neurocientista cerrocoraense, vale ressaltar, que, "enquanto para a maioria de nós o medo é suportável, para quase 10% da população brasileira ele é uma ameaça maior que o próprio vírus. Há aproximadamente 18,6 milhões de brasileiros com ansiedade segundo relatórios da OMS, uma condição mental que só não é menos incapacitante que a depressão.”

O Brasil é o país mais ansioso do mundo, onde pelo menos 4 milhões de pessoas carregam algum transtorno obsessivo compulsivo. E para essas pessoas, focar em notícias na maior parte do seu tempo (sejam elas fakes ou não), não é uma boa pedida. É preciso procurar maneiras em manter a saúde mental durante o período de quarenta.

E para isso, Attalya dá algumas dicas: “Para mantermos nossa saúde mental nos tempos do COVID-19 é preciso manter uma rotina de exercícios físicos (mesmo que dentro de casa), tomar banho de sol diariamente, descansar e manter uma alimentação saudável. Isso você já deve ter ouvido muito, mas também é muito importante desprezar as notícias alarmantes dos grupos de Whatsapp.

E completou: "Se você conhece alguém que sofra de depressão, ansiedade, transtorno obsessivo compulsivo ou qualquer outra condição mental, combine com essa pessoa check-ins em horários regulares, avalie em cada check-in se esta pessoa está tendo um comportamento estranho, se há indícios da permanência daquele medo excessivo ou qualquer outra atitude que possa prejudicar essa pessoa. Coragem, solidariedade e cautela são as melhores armas para manter a mente sã nas próximas semanas.”.


Fonte - Behup

Attalya Félix explica relação entre fake news e paranoia coletiva


Neurocientista é neta de ex-vereador "Catota"
O time de operações da Behup utilizou a metodologia exclusiva, o Messages, para descobrir tendências de conteúdos que estão sendo compartilhados pelo Whatsapp e reuniu informações que mostram um aumento de notícias referentes ao Covid-19 entre as milhares de mensagens compartilhadas num período de 10 dias.

“Até o momento, o que mais nos tem chamado a atenção é que grande parte das pessoas considera os conteúdos verdadeiros, e ao analisarmos os casos vemos que existe uma quantidade expressiva de fake news”, também  comenta Federico Sader, CEO da behup. “Apesar de diversos conteúdos claramente falsos terem sido enviados, 79% deles foram classificados como sendo verdadeiros pelos usuários. 13% não souberam classificar e 8% foram considerados falsos” acrescenta.

Os neurocientistas também avaliam  que os grupos de famílias são os mais suscetíveis a fake news no WhatsApp, e também onde mais compartilham informações sobre o coronavírus, com 40% do conteúdo. Porém, é entre os amigos que as informações repassadas tem maior credibilidade: 85% das pessoas acreditam mais em informações passadas pelos amigos versus 77% que confiam mais nas informações dos familiares.

Com toda essa informação sendo repassada, será que o excesso de fake news colocaram a sociedade em uma espécie de paranóia coletiva? Attalya Félix  explica que no caso da pandemia do coronavírus não é bem assim, e muitas vezes o que é interpretado como paranóia é apenas um caso de ansiedade:“Não estamos sofrendo de uma paranoia em massa. A paranoia é sim um processo influenciado pelo medo, mas diferente do medo, nela o indivíduo tem crenças e às vezes alucinações, de natureza persecutória. Ou seja, de que alguém lhe persegue mesmo nas situações mais cotidianas".

E continuou: "Uma pessoa com tendências paranóicas pode sim viver em constante alerta e sofrimento por acreditar que há sempre alguém à espreita, esperando qualquer momento de desatenção para lhe contaminar com o COVID-19. Mas o caso não se estende a toda uma população. Não podemos dizer que usar máscaras sem sintomas ou comprar comida para algumas semanas seja paranoico, apesar de a atitude ser inadequada", disse ela.

"Convenhamos, não estamos enfrentando uma situação cotidiana, vivemos uma pandemia. Quando ainda não existiam muitas orientações disponíveis sobre as atitudes corretas a serem adotadas ou qualquer manifestação de diretrizes por parte do Estado brasileiro, estar minimamente preocupado e tomar algumas providências para sua proteção não poderia ser considerado um comportamento excêntrico, muito menos paranóico".

Attalya Félix ainda explicou:  " O que agiu ali foi a ansiedade, enquanto o medo propriamente dito é uma experiência que surge quando enfrentamos um perigo presente, nos permitindo uma resposta rápida frente a uma ameaça. A ansiedade nos prepara para algo que pode ou não ocorrer, é um medo sustentado, que dura um período longo de tempo. Certo nível de ansiedade é bem-vindo, nos permite pensar no futuro e nos precaver. Mas se você percebe que essa pandemia te dá um medo que não passa, um medo desconfortável e angustiante, procure ajuda".

Fonte - Behup

Neurocientista cerrocoraense estuda stress por causa de pandemia

Neurocientista radicada em São Paulo é filha de Arijorio Félix 
Filha do cerrocoraense Arijorio Félix, a neurocientista Attalya Félix faz parte da startup paulista Behup   e vem estudando a constatação da OMS (Organização Mundial de Saúde) de que a pandemia do coronavírus está causando mais stress na população, publicando  inclusive, um documento com um guia para cuidar da saúde mental.

A Behup publicou texto em seu site, apontando que conforme os casos de pessoas infectadas aumentam, também aumentam casos de pessoas com ansiedade e depressão sofrendo mais ainda com a situação.

Quem já sofre com esses problemas e outros parecidos são especialmente propensos a passar momentos difíceis durante a crise. E a propagação de fake news (que estão se proliferando quase tão rapidamente quando o vírus do covid-19) não ajuda.

À medida que as notícias e as especulações sobre a doença crescem, fica cada vez mais difícil distinguir o que é verdade e o que é fake news, e isso aumenta o medo e a insegurança da população.

“As fake news tornam o medo perigoso se você acredita nelas. Se alguém nos diz que se curou do COVID-19 bebendo álcool adulterado enquanto estamos passando por um momento intenso e irracional de pura ansiedade, nosso medo nos instiga a tomar a mesma atitude. Foi assim que 27 iranianos morreram intoxicados na semana passada. Somos predispostos a tal comportamento, para nos proteger precisamos aprender a superar tais predisposições.”  alerta Attalya Félix, a Head de Neurociência da Behup, que indica o quanto as fake news podem ser nocivas em momentos como o que estamos vivendo, aumentando o medo e o pânico.

“Alguns medos podem ser uma característica herdada (no sentido darwiniano da coisa), mas com certeza a maioria dos medos que sentimos hoje são aprendidos, um consenso entre cientistas cognitivos. E ele não precisa ser aprendido por experiência própria. Ao vermos notícias e mais notícias de tragédias e sofrimento relacionados ao coronavírus, aprendemos a ter medo dessa ameaça.” afirma a neurocientista.

Fonte - Behup

Novo boletim da Sesap traz explicações por morte de criança em Cerro Corá


Trecho explicativo do boletim epidemiológico sobre a morte de criança em Cerro Corá 
A Secretaria Estadual de Saúde Pública do Rio Grande do Norte (Sesap-RN) soltou boletim epidemiológico sobre o quadro de contaminação por novo coronavirus em Natal e no interior do Estado, neste domingo (12), trazendo informações sobre o caso da morte por Covid-19 de uma criança de 1 ano e sete meses, ocorrida na manhã da sexta-feira (10), com resultados de exames laboratoriais confirmados na tarde do sábado (11). A morte da criança pelo coronavirus foi a primeira na região do Seridó.


Segundo o boletim da Sesap, o caso de Cerro Cora “divulgado anteriormente como descartado”, foi corrigido no sistema Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde, “sendo este confirmado para Covid-19, pois o laudo anteriormente informado no sistema, havia sido identificado de exame realizado no mês de janeiro, no qual havia sido identificado outro vírus respiratório detectado”.

A própria secretária municipal de Saúde, Célia Guimarães, havia explicado em live na tarde do sábado (11), que ela mesmo detectou o equivoco da vigilância epidemiológica estadual, que tinha divulgado a morte da criança, mas apresentava um laudo de janeiro, foi aí que se comunicou com as autoridades de saúde para retificar a informação, que confirmou a contaminação da criança por Covid-19, vez que o laudo divulgado inicialmente, versava sobre o resultado de exames que detectaram, em janeiro deste ano, infecção por Influenza B.


Em Bodó, são oito casos suspeitos e um descartado, com taxa de 355.6 casos por 100 mil habitantes, bem superior a Cerro Corá, que também conta com oito casos suspeitos e descartado, mas a taxa de incidência é de 7.,6/100.000 hab. 


Já em Currais Novos são 14 casos suspeitos de contaminação por coronavirus e sete descartados. A taxa é de 31.3 por 100 mil habitantes. Segundo a Sesap, em Lagoa Nova são seis casos suspeitos e nenhum descartado, com taxa de 3.8/100.000 hab, enquanto em Santana do Matos, há um caso suspeito, sem descarte. Taxa de 7.7/100.00 hab.

sábado, 11 de abril de 2020

Escola de pilotos de recreio faz imagens aéreas de Cerro Corá

Monomotor de amigo de Canário sobrevoou Cerro Corá 
As imagens aéreas que circulam no Facebook, na noite deste sábado (11), foram feitas pela manhã, no voo de um monomotor de uma escola de pilotagem de Natal - "Minha Aeronave", de propriedade de Almir Rego.

Segundo Rego, a escola de pilotagem realiza cursos para pilotos de recreio em apenas 25 horas, com aulas  práticas e teóricas feitas por instrutores certificados. Para informações - 9.9640.9995 ou pelo site www.minhaaeronave.com.br .

Almir Rego é amigo do cerrocoraense Carlos Alberto Canário, o "Carlinhos de Quinca", com trabalhou na antiga TV Cabugi, atual InterTV, afiliada da Rede Globo no Rio Grande do Norte.

Prefeita reúne comitê do Covid-19 na manhã do dia 13

A prefeita Graça Oliveira informa que já na manhã deste dia 13, vai se reunir com o comitê criado especialmente para acompanhar o quadro de coronavirus em Cerro Corá, com a finalidade de "tomar medidas mais severas diante desse caso de óbito de Covide-19 que aconteceu o municipio".

Graça Oliveira lamenta que "algumas pessoas não levem a sério,e só saiam nos casos de extrema necessidade, porque a coisa é séria, não é brincadeira".

A secretária de Saúde do municipio, Célia Guimarães, lamenta que as pessoas desacreditem a pandemia no município, no estado e no país: "As pessoas precisam precisam ter consciência, que o remédio é ficar em casa, não tem outra coisa, se está em casa, não está saindo e não tem contato com outras pessoas, não como ser contaminada".