Decreto governamental cria, oficialmente, o Hospital Marianho Coelho, que desde janeiro deste ano estava sendo administrado diretamente pelo governo do Estado. O secretário estadual de Saúde, Luiz Roberto Leite Fonseca, explicou que desde a sua inauguração no começo dos anos 70, a unidade dividia o mesmo espaço com a Fundação Padre João Maria que mantinha o hospital com dupla porta, ou seja, a mesma estrutura física recebia pacientes do SUS e o público privado. Além disso, a unidade encontrava-se impedida de receber grandes investimentos, como obras de ampliação e reforma, uma vez que o CNPJ da Fundação Padre João Maria é que figurava no Ministério da Saúde, como sendo referente do hospital.
Segundo o secretário Luiz Roberto Fonseca, “essa irregularidade foi detectada e corrigida pela gestão da Sesap, com o apoio da atual direção, a qual faço o reconhecimento pelo empenho, zelo público e comprometimento com a Saúde Pública do Seridó”.
De acordo com diretor médico Giordano Bruno, com o reconhecimento oficial do Mariano Coelho, nesta sexta-feira, o próximo passo será a ativação do CNPJ da unidade que dará condições para que o Hospital possa, num futuro breve, ter uma autonomia para administrar seus próprios recursos.
“Finalmente avançamos neste processo de legalização do hospital e agora falta muito pouco para ativarmos o nosso CNPJ. Temos certeza que, em breve, daremos mais essa boa notícia a população”, disse Giordano Bruno.
Além do Hospital Mariano Coelho, o presente Decreto também instituiu o Hospital da Mulher Parteira Maria Correia, de Mossoró, o SAMU/192 e o Complexo Estadual de Regulação Divaneide Ferreira de Souza, ambos localizados no Município de Natal.
Desde janeiro de 2014, a direção do Hospital Regional Mariano Coelho, contabilizou um crescimento em torno de 40% na oferta dos serviços. Este crescimento se deu em função da maior presença de profissionais na porta de entrada, pelo maior cumprimento da carga horária por parte dos servidores, pela regularização dos pagamentos dos plantões, além da criação da escala de auxiliar de cirurgia, entre outras medidas.
Neste período foi implantada a Clínica Médica II com 8 novos leitos, ampliada a cobertura da clínica médica com a evolução diária de pacientes realizada por dois médicos, ativada a Sala de Prescrição Médica com equipamentos de informática e internet, implantada a sala do Repouso Médico II para obstetras, auxiliares de cirurgias, pediatras e cirurgiões, o alojamento conjunto para mães e bebês, garantindo a evolução da enfermaria com pediatria, ampliou de 2 para 5 médicos a Unidade de Terapia Intensiva, e sinalizada áreas internas importantes, com 210 placas, facilitando o fluxo interno de pacientes e servidores.
No mês de outubro, com a chegada de um médico radiologistas, os serviços de Raio X do HRMC passaram a ter laudos do especialista. Além disso, um aparelho de ultrassonografia já se encontra instalado na unidade, atendendo a população, nas terças e quartas-feiras, durante todo o dia.