sábado, 23 de abril de 2016

Drama do impeachment chega à Câmara de Cerro Corá pela voz de Zeca Araújo

O drama em que se tornou o processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff chegou à Ĉâmara Municipal de Cerro Corá pela voz do vereador Zeca Araújo, ex-PT e hoje filiado ao PSB. Pra começar, o vereador disse que se fosse para afastar a mais alta governante do país pelas chamadas "pedaladas", tinha de começar por quase todos os prefeitos e governadores estaduais, embora haja conflitos em toda área jurídica, "que cometeram o mesmo crime de responsabilidade", segundo a peça do pedido de impeachment em tramitação no Congresso Nacional. 

Zeca Araújo criticou, ainda, o espetáculo midiático e televisivo montado pelas principais redes de TV do país, "para dar audiência e dar show", a ponto dele admitir que "sentiu ânsia de vômito". Para ele, o que se viu na tarde e noite de domingo (17), "realmente foi de dar nojo".

Araújo chegou a indagar, aos colegas vereadores, colocando-se no lugar daqueles deputados: "Será que as pessoas sentem a mesma coisa por nós vereadores, o que sentimos por aquele povo naquele momento".

O vereador Zeca Araújo chegou a criticar o posicionamento da bancada federal do Rio Grande do Norte, que dos oito deputados federais, apenas uma, não votou a favor do afastamento da presidenta da República, o que agora será analisado no Senado Federal: "Observei o sobrenome dos nossos representantes, Alves, Maia, Faria, Mota, Rosado, são nomes rodados, como bem observou o vereador Alvaro Melo (PMDB), nomes seculares da política norteriograndense, que sempre tiveram no poder e não era nesse momento que eles iam ficar contra a elite".

Na opinião de Araújo, "eles torcem o nariz, quando entra no avião uma empregada doméstica junto com eles, têm nojo, torcem o nariz quando um filho de agricultor entra na faculdade, ou quando vai para os Estados Unidos ou Canadá estudar".

E prosseguiu: "Eles não querem que um filho de arrancador de mandioca daqui da Serra de Santana entre na faculdade jamais, porque tem que permanecer lá como deputados, são eles que tem que estar lá, filho do pobre tem de ser eternamente empregado doméstico e sem carteira assinada, o filho do pobre tem de ser agricultor sempre sem direito a nada".





Nenhum comentário: