Já na primeira sessão ordinária da Câmara Municipal de Cerro Corá, os cinco vereadores da oposição apresentaram um cartão de visitas à prefeita Graça Oliveira (PSD). O vereador Rodolfo Rodrigues (PSDB) alegou, por exemplo, que a prefeita está fazendo remanejamento de servidores "como se fosse perseguição política", uma prática, segundo a própria Justiça, que chegou a ocorrer na gestão anterior. Razão pela qual, o ex-vereador Evilásio Bezerra e agora secretário municipal de Administração, havia conseguido permanecer em seu local de trabalho, de origem, no posto de saúde do povoado Albino, ao invés de atuar na unidade básica do sitio Manjericão, no Sertão.
O vereador Rodolfo Rodrigues esqueceu que o próprio irmão dele - José Rodrigues Neto é servidor público municipal e também havia ganho mandado de segurança uma ação judicial em tramitação na Comarca de Currais Novos contra o ex-prefeito "Novinho" pela mesma razão e, principalmente, por motivação política, porque Rodrigo havia sido candidato a vereador pelo PPS em 2008, ano da primeira eleição de "Novinho".
Sem apresentar algum projeto novo pra cidade, os primeiros
pronunciamentos tiveram mais um viéis político, a começar do vereador
Felipe da Silva (DEM), que é filho do ex-prefeito Raimundo Marcelino
Borges, e cobrou a revogação da contribuição de iluminação pública, a
qual foi, justamente, uma propositura do próprio Poder Executivo no
período em que o pai era prefeito.
Quanto ao vereador Emanoel Gomes (PMDB) a crítica foi a respeito da circulação das carretas da eólica Gestamp com destino à Serra da Rajada, no Sertão, pelo centro da cidade, acordo firmado com a empresa também na administração do ex-prefeito "Novinho".
O presidente da Câmara Municipal, vereador Valderi Joaquim Borges (DEM), o "Valdinho", que é sobrinho do ex-prefeito, criticou a falta de transparência no site da prefeitura, quando o link está la, inclusive apontando receitas e despesas, além de contratos firmados com pessoal da saúde terceirizado.
As contradições dos vereadores oposicionistas também foram criticadas pelo vereador situacionista Maciel Freire (PDT), principalmente em relação a informação prestada pelo vereador Emanoel Gomes, que teria acusado a prefeita Graça Oliveira de perseguir o irmão - José Gomes, tirando-o do Serviço de Pronto-Atendimento de Urgência (Samu), quando na verdade "Dedé" era lotado na Samu de Bodó, por decisão do prefeito Marcelo Porto daquela cidade a 11 quilõmetros de Natal.