quinta-feira, 1 de fevereiro de 2024

Dona Neidá para o filho e novo bispo: "Seja simples como São Francisco"

Alcivan Gomes segue ensinamento de humildade da mãe dona "Neidá"

Em seguida à ordenação episcopal em Caicó, "dom" Alcivan Gomes, preside sua primeira  missa  na condição de bispo, às 19 horas deste domingo (4), na Igreja de São João Batista. Dois padres cerrocoraenses estarão presentes, Sandoval e Luís Carlos, com celebração do convidado bispo dom Francisco Agamenilton, de Rubiataba-Mozarlândia, em Goiás. 

Já em entrevista exclusiva ao  CERRO CORÁ NEWS, o novo bispo potiguar falou sobre a sua vocação religiosa e de seguir a Deus e Jesus Cristo. a influência que teve no seio familiar e os conselhos da mãe Alcioneide Gomes, dona "Neidá".

Como bispo auxiliar de João Pessoa, o senhor torna-se o primeiro cerrocoraense a assumir um posto de vanguarda na hierarquia do clero católico. Que expectativa o senhor guarda em relação a isso?

Sou consciente que o chamado ao episcopado é antes de tudo um serviço, não é promoção como muitos pensam. então respondi sim ao chamado da Igreja na pessoa do papa Francisco com o desejo de servir à Igreja de Jesus Cristo que está na Paraíba. Todos nós devemos nos colocar em atitude de serviço seja como fieis leigos, seja como membros da hierarquia.

A sua família já tem uma tradição, como e  caso dos dois irmãos Salustino, um deles, Talvaci, foi pároco de Cerro Corá nos anos 60, qual a relação de parentesco em relação a eles? Os dois sacerdotes tiveram algum tipo de influência para que também abraçasse a carreira clerical?

Na família Salustino temos sacerdotes, o padre Talvací é primo legítimo da minha mãe. tendo em vista o pouco contato que tive com ambos, praticamente não tiveram influência no meu processo vocacional.

Dona “Neidá”, sua mãe, é uma pessoa muito religiosa, ela também teve algum tipo de influência? Em que período de sua vida, na infância ou adolescência, aflorou realmente essa ideia de servir a Deus?

A minha mãe sempre me educou mostrando os valores da fé, e certamente como uma mulher de fé também rezava pelas vocações sacerdotais e religiosas, pois todo mês em nossa casa recebíamos a capelinha de Nossa Senhora das Graças com o objetivo de rezar pelas vocações. E a minha vocação certamente foi fruto dessa oração. Foi na infância que surgiu o desejo de ser padre quando era coroinha, e admirava a figura de monsenhor Ônio Caldas de Amorim que por mais de 20 anos foi pároco de Cerro Corá. a irmã Rocilda, religiosa Josefina, foi a grande incentivadora do meu processo vocacional.

Como sua família reagiu a uma ascensão, vamos dizer assim, tão meteórica no clero?

A minha família reagiu com serenidade, pois certamente compreendeu que eu não estava sendo promovido a bispo, e sim assumindo uma missão mais exigente no seio da Igreja. minha mãe foi taxativa quando lhe comuniquei que havia sido nomeado bispo pelo papa Francisco: “Que esse título não seja para seu envaidecimento e nem para a nossa família, seja simples como São Francisco".

Ultimamente, a comunidade cerrocoraense tem visto muitos filhos da terra optando pela vida eclesiástica. A que o senhor atribui essa vertente dos cerrocoraenses?

Certamente é fruto da oração do povo de Deus que pede santas vocações sacerdotais e religiosas.

Qual a sua expectativa para celebrar neste domingo (4), a primeira missa em Cerro Corá como bispo da Igreja Católica?

Me sinto agraciado por Deus, pois os primeiros passos dados como cristão foram na paróquia de São João Batista, e voltar como bispo é uma forma de agradecer as orações dos meus conterrâneos e também rezar por todos.


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