Ex-deputado estadual e conselheiro aposentado do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Valério Mesquita é um exímio contador de casos pitorescos e do cotidiano das pessoas, principalmente políticos do Rio Grande do Norte. O blog "pescou um desses causos" envolvendo o engenheiro cerrocoraense Josemá Azevedo, que na mocidade chegou a ser preso nos primeiros anos da Ditadura Militar (1964/1985).
"O colega de cadeia"
Josemá Azevedo |
Nos anos de chumbo, Josemá Azevedo, ex-presidente da Caern e ex-secretário de Recursos Hídricos, esteve detido como preso político no Regimento de Obuses (R.O.) em Natal. Com ele, também Zé Gago de Mossoró, companheiro de cela. Zé Gago era líder sindical dos ferroviários na sua região. O tempo passou e com ele a anistia ampla, geral e irrestrita. Josemá concluiu o seu curso de engenharia e se tornou agropecuarista. Zé Gago, por sua vez, voltou a Mossoró. Um dia, soube que o Dr. Josemá era o presidente da Caern e resolveu visitá-lo. Na recepção cumprimentou a secretária: “Bom, bom, bom dia! Dotô, Dotô, Jo, Jo, Josemá está?”. “Quem é o senhor?”, indaga a burocrata oficial. “Sou, sou, co, co, colega dele”. “Ah!, o senhor é engenheiro?”, quis saber mais a funcionária. “Não. Co, co, colega de cadeia”, respondeu Zé Gago.
Nenhum comentário:
Postar um comentário