domingo, 19 de outubro de 2014

Artigo: "As ruas da minha cidade IV"

Por José Vanilson Julião
Ate 1974, quando sai de Cerro Cora para terminar o ginasial em Açu, em 1975, ocasião em que me instalei na capital com minha familia para fazer o segundo grau, praticamente a sede do municipio se resumia ao centro, sem distinçao de ruas, “a ponte”, digamos uma “zona intermediaria”, e “Casa Velha”, o atual bairro Tancredo Neves, o segundo maior grupo de construçoes da cidade. 
Mais ao longe a comunidade “As Marias”, nas imediaçoes da saida para a vizinha cidade de Lagoa Nova. E adiante a fazenda Tupã, de Sérvulo Pereira. A partir dos anos 80/90 (seculo XX) e dos anos 2000 (XXI) o crescimento foi mais acelerado, com as pessoas vindo dos sitios para morar na urbe.
Este movimento social, que não entro no mérito de uma análise por depender de dados e informaçoes complementares, certamente favoreceu o surgimento de outros aglomerados populacionais no entorno da área anterior. E destes, um dos mais importantes, e o aparecimento do bairro Seridé, que começa logo depois da Maternidade Clotilde Santina.
Em artigo anterior disse que a cidade começava neste ponto e terminava na altura da saida para o então distrito de Bodó (na época pertencente ao município de Santana do Matos), cujo potencial é a extração de xilita, o mineral de tungstênio.
Pois bem, “Casa Velha”, o Centro e o bairro Seridó (nome do rio que dá nome a região seridoense), concentram as ruas e avenidas que homenageiam cidadãos, personalidades e personagens locais e de anticamente. Nao tenho maiores detalhes nos casos dos assentamentos rurais Sao Francisco e Santa Clara (I e II).
Assim é nome de rua o prefeito Francisco Pereira (Centro), irmão de Sérvulo, e portanto um dos filhos de Tomaz. Também o é o coronel Severino Bezerra, responsavel pela instalaçao do municipio em 1953, a partir de projeto de lei do então deputado estadual Josè Cortez Pereira de Araujo, filho de Vivaldo Pereira e que tornou-se governador “nomeado” pelo regime militar em 1971, sucedendo o monsenhor Walfredo Gurgel.
Da tradicional e numerosa familia Canário o patriarca, João, o famoso sapateiro de outrora, designa travessa no centro, ao lado do Supermercado Cerrocoraense. Jeremias, um filho, que prosperou na capital, ao lado dos irmãos, é outro homenageado¬.
Da mesma forma Valdir Bezerra, gerente da Bodominas, morto em acidente de carro, ao lado da esposa. Manoel Brasiliano (Manoel Bazu), Arnaldo Bezerra da Costa e irmão do farmacêutico, minerador, trompetista Lourival.
Outros homenageados: capitao Florêncio, Manoel Soares, Antônio Henrique Pereira, Marcos Viana (certamente parente da professora Belmira, que da nome a escolinha municipal do bairro Casa Velha/Tancredo Neves), João Félix Sobrinho. E uma senhora, Guiomar Henrique, nome da rua onde funcionava a oficina de Vivaldo.
Encerro a série, toda ela feita de memória, salvo umas três consultas na internet, para confirmação de alguns dados.
No futuro poderei voltar ao assunto, com informações mais precisas sobre a vida dos personagens da minha amada cidade!

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