domingo, 19 de dezembro de 2010

Poeta "Zé Saldanha" chora a morte do repentista "Zé Milanez"

José Milanez – o poeta assassinado
pela mão negra do destino


A mão negra do destino
O monstro da luz opaca
Traçou um sinistro crime
O plano da gente fraca,
Sem permitir a defesa
Como infernal jararaca

Matou José Milanez
Nosso poeta benquisto;
Que foi homicidiado
Pelo destino imprevisto,
Que matou como mataram
Os santos apóstolos de Cristo

Monstro tirano sem riso
Desonesto e mascarado
Desumano e malfeitor
Cego, inculto e mesclado,
Invejoso e mal conduta
Maligno, insulto e malvado

Um portador da vileza
Da mentira e da maldade;
Da ambição, da inveja
Do ódio e da falsidade,
Fingido, sem coração
Sem alma e sem piedade

Um aborto desperdiçado
Dos símbolos da incerteza;
Excremento dos micróbios
Putrefato da impureza,
Amigo do opaquismo
Um vulto da natureza

Um verdadeiro prostíbulo
Escombro da negligência;
A vermífica bactéria
Da putrifa má essência,
Protozoário das chagas
Larápio da consciência

Imundo, cheio de faltas
Predisposto para o mal;
Subiste o teu alto cúmulo
Do teu íntimo pessoal,
Representaste os valores
Do teu intelectual

Mataste o nosso poeta
Sem permitir-lhe as defesas;
Tua alma, tinta de sangue
Tem sangue nas tuas presas,
Tuas mãos enodoadas
Mostrando as tuas vilezas

Mataste o nosso poeta
Famoso e especial;
O seu nome é conhecido
Pelo Brasil em geral,
Catorze anos à frente
Do sindicato rural

Amigo, calmo e risonho
Voz harmoniosa e mansa;
Muito alegre e maneiroso
Cheio de perseverança,
A quatro mil sócios rurais
Dava amor e confiança

Resolvia as questões deles
Perante a autoridade;
Levava aos hospitais
Havendo necessidade
Os trabalhadores tinham-lhe
A mais finíssima amizade

Quatro mil sindicalistas
Choram pelo presidente;
Tristonhos e cabisbaixos
Derramando um pranto quente,
Não sei o que é que reina
No peito daquela gente

A família do poeta
Se conserva comportada;
Família de bom estudo
Tornou-se resignada,
Suportando as tristezas
Mas sem blasfemarem nada

Ao poeta Macedo
No estado de Goiás;
Mando minhas condolências
De modos sentimentais,
Você aí sente muito
Aqui o pranto é demais...

As condolências poéticas
Que chegam do Paraná;
De Brasília e da Bahia
Do Maranhão, do Pará,
Pernambuco e Paraíba
Piauí e Ceará

As rádios clamam chorosas
O jornal transmite tristonho;
Uns dizem que é mentira
Parece até ser um sonho,
Deixou nosso Rio Grande
Num pesadelo medonho

O fantasma de calçola
Bruxo da iniquidade;
Que assassinou Milanez
Com tanta perversidade,
Teu crime tem que pesar
Na lei de penalidade

A justiça justifica
Todo crime que acontece;
Examina com cuidado
A pena que o crime oferece,
Na mão plena da justiça
Quem tiver crime padece

O poeta é um passarinho
Que por Deus é instruído;
Quem mata um poeta é
Um monstro despercebido,
Mata um poeta e deixa
Mais de um milhão ferido...

O nome de um criminoso
O mundo sempre aborrece;
O poeta mesmo morto
O seu nome ainda cresce,
É certo: o poeta morre
Mas o seu nome permanece


 P.S - O poeta "Zé Milanez", cerrocoraense, foi assassinado em meados dos anos 80, no século passado, na cidade de Currais Novos, onde presidia o Sindicato dos Trabalhadores Rurais.


sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Cerro Corá na mídia II

Essa página saiu na edição de nº 35, da revista segmentada em turismo, cultura e economia - "Natal Pra Você - que circulou nos meses de outubro, novembro e dezembro de 2007. Os editores são os jornalistas Antonio Roberto Rocha e Luís Antonio Felipe

Cerro Corá na mídia I

Essa pequena matéria saiu na "Tribuna do Norte" em 2007 ou 2008, salvo engano, às vésperas do então prefeito João Batista de Melo Filho, o "Joãozinho", concluir o quarto mandato como admnistrador de Cerro Corá.

A transação do imóvel, hoje dividido entre uma agência da Cooperativa de Crédido do Seridó (CoopSeridó) e o mercado público de carnes, na esquina da rua Sérvulo Pereira com a Travessa João Canário, no centro da cidade, acabou não se concretizando.

Em outra parte do antigo clube, funciona a Associação dos Servidores Públicos do Município de Cerro Corá (Arsec).

De novo mesmo para o lazer dos cerrocoraenses, só a construção de um terminal turístico no bairro Seridó, à margem esquerda da estrada que liga a BR-226 à cidade, já numa área limitrofe à comunidade de Várzea dos Félix.

A obra está sendo construída com recursos federais, a ser concluída na gestão do atual prefeito Raimundo Marcelino Borges, o "Novinho".

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Risco de dengue em Cerro Corá ainda é baixo, diz a Sesap

O Boletim Epidemiológico da Dengue divulgado pela Secretaria Estadual de Saúde Pública, aponta que o risco da doença em Cerro Corá é satisfatório e que a índice de infestação predial é baixo, fica na casa de 2,40 %. Segundo a Subcoordenadoria de Vigilância Sanitária, o índice de infestação por 100 mil habitantes também é baixo - 53,46%. De acordo com os dados da Sesap, até agora, só houve seis casos da dengue, a febre transmitida pelo mosquito aedes aegepty, ocorridos em junho deste ano.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Eugenio Pereira fala sobre homenagem a ex-professores

Neste fim de semana de 11 de dezembro de 2010 foi comemorado o aniversário de emancipação de Cerro Corá, nossa simpática cidadezinha que se equilibra numa das corcovas da serra de Sant’Ana. Na ocasião compareci a uma confraternização que me deixou emocionado: o encontro de ex-alunos e alunas com as suas ex professoras do antigo Grupo Escolar Querubina Silveira.

No mesmo fim de semana que as televisões abriam espaço privilegiado para a bárbara agressão de um aluno a uma professora e o assassinato de outro professor, esfaqueado por um discípulo descontente, não deixa de ser salutar que aquelas pessoas estivessem reunidas para lembrar e agradecer ex-professoras. E a homenagem não foi apenas para quem ensinou as primeiras letras e números, os antigos servidores também estavam lá, todos agraciados com plaquinhas e medalhas, numa homenagem simples, despojada de artificialismo, mas carregada de muita emoção.

O Grupo Escolar não existe mais, foi transformado em Escola. A própria cidade também se transformou, multiplicando seus habitantes e também seus problemas. Não saberia dizer se a geração atual de alunos da Escola Querubina Silveira vai homenagear seus mestres daqui a 40 anos. Gostaria imensamente que houvesse motivos para isso. Não essas homenagens burocráticas, mas feita como celebração de uma passagem, de uma (con)vivência. Sem essa memória, onde a gente se re-descobre e se re-inventa não existe passado, o presente é vazio e o futuro uma enorme interrogação. Perdem-se as amarras, as âncoras que nos fundeiam, as raízes que nos alimentam.

É essa história que se faz importante buscar. A história de cada um, de cada época, que quando juntas, numa espécie de caleidoscópio, dá a visão mais completa da nossa história. Cerro Corá precisa disso urgentemente. Pessoas que se disponham a por a mão na massa pra relembrar a memória daquelas pedras.

Ex-alunos do G.E Querubina Silveira homenageiam professores

Professoras e funcionários homenageados, inclusive aquelas in memorian, por iniciativa de alguns de seus alunos, pelo que tanto fizeram por muitos profissionais que estão hoje no mercado de trabalho. Uma iniciativa que começou a ser esboçada há uns cinco ou seis anos, por Marleide Galvão e Rosinha "Cãndido" Oliveira. Os  homenageados ou parentes daquelas que já se foram, receberam uma placa comemorativa de agradecimento por tudo o que fizeram pelos alunos do antigo Grupo Escolar Querubina Silveira, que depois foi transformado em escola estadual.  Marleide Galvão atuou no cerimonial, relembrando os velhos tempos do Grêmio Presidente Kennedy (GPK). A foto é de Eugenio Pereira Soares, que compareceu ao evento ao lado de sua irmã Maria Eleonora Pereira Soares, filha da saudosa diretora Maria Zilma Pereira. Outros ex-alunos presentes, como os irmãos Rodivan, Vanda e Neide Barros, entre outros...

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

PIB de Cerro Corá cresce 58,62% entre os anos de 2003 e 2008

o levantamento sobre as contas regionais que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) divulgou recentemente, o Produto Interno Bruto (PIB) de Cerro Corá em 2008 foi de R$ 42,079 milhões, o que dava um PIB per capita de 3.754,73, que é o valor total da riqueza produzida no município, dividido pelo número estimado de habitantes na época.

Em 2003, os dados do IBGE mostravam que o PIB de Cerro Corá foi de R$ 25,954 milhões e o per capita ficou em R$ 2.367,00. Portanto, houve um crescimento do PIB per capita dos cerrocoraenses de 58,62%.

Dai, o fato de que Bodó, por ter uma população inferior a de Cerro Corá, aparecer nos dados do IBGE  com um PIB per capita de R$ 4.971,71, embora o PIB total tenha sido de apenas R$ 12,981 milhões no ano de 2008.

Outro município de influência na chã da Serra de Santana, a riqueza total gerada em Lagoa Nova em 2008 a R$ 46,472 milhões, e embora superior a Cerro Corá, o PIB per capita ficou abaixo - R$ 3.423,64 -, porque também tem uma população superior a Cerro Corá.

Em São Tomé, segundo o IBGE, o PIB em 2008 foi de R$ 38,883 milhões para um per capita de R$ 3.397.36.

Em outro município com quem os cerrocoraenses mantém afinidade - Santana do Matos -, o PIB daquele ano foi de R$ 54,468 milhões e o per capita chegou a R$ 3.707,82.
 .  

Reabertura do quiosque do Iromar

O flagrante foi em maio de 2010, na reinauguração do quiosque do Iromar, ao lado da praça Tomas Pereira de Araújo: a turma da antiga rua do matadouro e de da ponte - Ailton, Canindé Ferreira, carinhosamente chamado de "Shao lin"; Bastinho, o rei do "míudo de boi" no mercado público, além de Jãozinho Pintor, fillho do saudoso Zé dos Reis e ainda João Maria.

A tragédia do açude Eloy de Souza, na visão do cordelista "Zé Saldanha"

O trágico acidente de Cerro Corá
sete mortes no açude



Peço uma força potente
Ao nosso pai Jeová
Pra tratar do acidente
Que deu-se em Cerro Corá
Um trágico acontecimento
A dor, o pranto e o lamento
Que vi no povo de lá...

Domingo, cinco de maio
A primeira hora da tarde,
Se ouvia uma voz tristonha
Alarmante na cidade,
De alguém gritando: - Me ajude
Que um carro no açude.
Caiu em profundidade

Identificou-se logo
Que foi Manoel Mororó;
Este velho amigo
Conhecido no Seridó,
Todo o pessoal sentia
Em cada face se via
Um pranto de fazer dó...

Correu todo pessoal
Nesta hora amargurada;
Lá no mercado e na feira
De gente não ficou nada,
Nesta hora de agonia
Ficou a mercadoria
E toda a banca abandonada

A fim de salvarem alguém
Muitos homens mergulharam;
O motorista e mais quatro
Com vida ainda salvaram,
Cinco foram defendidos,
E sete, submergidos...
Na água se acabaram

Foi o trágico mais sangrento
Que vi ligeiramente;
Um festim de batizado
O pessoal tão contente
Naquela festividade
E a mão da fatalidade
Esperando tragicamente...

Manoel Mororó, amigo,
Antigo comerciante;
Nesta vida sofredora
Do ramo de ambulante...
Mas possuiu uma Rural
Que transporta o pessoal
Do movimento feirante

Esse pessoal contente
Da festa dos batizados,
Foram chamar Mororó
Para levar os convidados,
Parentes, amigos e vizinhos
Compadre, pai e padrinhos
Madrinhas e afilhados

O carro se destinava
Para o sítio Baraúna,
Com os recém batizados
Todos com muita fortuna,
Trazer a tranqüilidade
E na saída da cidade
Tornou-se a vez oportuna...

O açude cheio de buracos
Em cima do paredão,
O carro danificou
A barra de direção,
Jogou-se por sobre as águas
E dali nasceu as mágoas
Da triste lamentação...

Porém no momento trágico
O povo compareceu,
A polícia com rapidez
Ligeiramente atenderam,
Um grupo de mergulhadores
Destemidos e defensores
Cinco vidas defenderam...

Os vivos  com muita urgência
Levaram para o hospital;
Os mortos para o quartel
Por ordem policial,
Depois foram transportados
Mortuários organizados
No Sindicato Rural

Admirei Pedro Quitera
Que merece seus valores,
Moreno forte esguio
Um dos mais mergulhadores,
Gritou dizendo: Eu amarro!
Desceu, amarrou o carro
Sem ter mais competidores

O trator puxou o carro
Logo imediatamente,
Vieram duas criancinhas
Mortas até recentemente,
Porém faltou uma moça
Que na chocada com força
Jogou-se mais diferente

Eis os nomes dos que
Ouviram o chamado divino,
Morreu Severina Pinheiro
Sofia e Luiz Faustino,
E os dois recém nascidos
Morreram submergidos
Oh meus Deus, que desatino!

Também morreu tragicamente
Dona Josefa Pinheiro,
A jovem Maria de Fátima
Que ficou por derradeiro,
Submergida nas águas
Fez aumentar mais as mágoas
De cada um companheiro

Os familiares dos mortos
Se fizeram ali presentes,
Oh meu Jesus, que tristeza
Que hora insuficiente,
Ou que pranto dolorido
Todo povo, entristecido
Derramado pranto quente

Uns chamavam mamãe,
Outro chamava irmão,
Outro chamava papai,
Oh meu Deus, que aflição!
Que dor quente e dolorida!
Quem vê seu povo sem vida
Nas lousas frias do chão...

Choravam os familiares
Vendo seis mortos presentes,
E relembrando a mocinha
Que além de morta, ausente,
Pelas entranhas das águas
Aumentavam mais as mágoas
No coração desta gente

Choravam amigos, parentes
E qualquer criatura humana,
Sentindo a dor da tragédia
Ou morte fria e tirana,
Ou morte arrebatadora...
Por que és tão vingadora?
Tão traiçoeira e profana...

De todo lugar vizinho
Chegava gente à vontade,
Admirava-se o número
De gente pela cidade,
Tudo choroso e tristonho
Num pranto quente medonho
Olhando a fatalidade...

Pra todos os familiares
Foi um abalo profundo,
Igualmente funeral
Do dia do fim do mundo,
Dar lamentos e gemidos
Todo povo compungido
Tristonho e meditabundo...

Imitavam os navegantes
Quando se perdem do porto,
Uns desmaiavam chorando
Pelo pai que estava morto,
Outro por mamãe chorava
Ali também desmaiava,
Sem alento e sem conforto...

Mas foram bem atendidos
Pelo povo da cidade,
Prefeito e vereadores
Com forma de humanidade,
Com assistências especiais
À parte policiais,
Se esforçaram de verdade

Quase duas mil pessoas
Se acharam reunidas;
Olhando o drama funéreo
Todos bem entristecidos,
Muitos quase não resistem
Ver o quadro mais triste
Dos dias de suas vidas

No momento do enterro
Foi dolorosa a saída,
Do Sindicato Rural
Saíram seis mortos em seguida,
O choro, o pranto e a dor
Foi lamentável o clamor
Desta triste despedida

Um adeus ao seu pai,
Outro à sua mamãezinha!
Outro dizia chorando:
Morreu a minha irmãzinha!
Aquela reclamação
Doía no coração,
De todo o povo que ali tinha

Tinha gente neste povo
Que estava quase indecisa,
Se despedindo dos mortos
Com ar de choro e de riso,
Quase com sistema mudo
Se despedindo de tudo
Até o dia do Juízo

Vamos tratar um pouquinho
Da moça desaparecida,
Que com vinte e quatro horas
Por alguém foi percebida,
Das águas foi retirada
E foi logo sepultada
Por sua gente querida

Não há quem possa escrever
A dor, o pranto e o lamento;
O luto em Cerro Corá
Do tráfico acontecimento
Daria um grande volume
Apenas fiz resumo
Do que tinha conhecimento

Deus dê futuro aos vivos
Saudação a quem morreu
Triunfo às almas no céu
De quem aqui faleceu
Pois Jesus é o Jesus
E nós seremos felizes
Cumprindo o destino seu...

Escrevi este opúsculo
Traçados por minhas vezes,
Ninguém me autorizou
Peço desculpa aos fregueses,
A todos eu aconselho
Para desculpa o velho
J. Saldanha Menezes


 P.S - O acidente envolvendo Manoel "Mororó" Xavier, ocorreu nove dias antes da tragédia de Currais Novos, em que um ônibus desgovernado atropelou uma procissão, matando mais de 20 pessoas, em 1974 

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

A poesia de Geralda Efigênia, filha do poeta e violeiro "Zé Milanez"

Quem eu sou.. eu sou eu... eu sou...

Eu sou Geralda Efigênia
Formada em pedagogia,
Professora há muitos anos
Lidando com a poesia.
.
Nasci em Cerró Corá
De onde saí criança,
Com um ano de idade
Portanto não há lembranças
Foi Currais Novos leitores
O berço da minha infância..
.
Sou fruto de um poeta
Que sempre em versos escreveu
Rimando e metrificando
O pensar que Deus lhe deu
E encantando multidões
Em quanto em terra viveu..
.
Seu nome Zé Milanez
Poeta sindicalista
Eu não tenho o seu talento
Mas também sou progressista
E admiro o talento
Do poeta repentista.
.
Sou mãe de Arthur e Edinho
Duas pérolas de valor
Arthurzinho está no céu
Assim Deus determinou
E Edinho é minha força
Meu futuro, meu vigor..
.
Na rima, vivo buscando
Sempre me aperfeiçoar
Tudo que escrevo, tento
Rimar e metrificar
E colocar a paixão
Na hora de versejar.
.
Aqui convido os amigos
Para vir compartilhar
Comigo deste ambiente
Que faz-me emocionar,
O local onde os poetas
Aos sábados vêm se encontrar;
.
É uma sociedade
De estilos bem diferentes
Os poetas que a compõem
Tem o dom em suas mentes
De encantar os visitantes
Com poemas divergentes.
.
Neste espaço de cultura
Sinto-me realizar
Ouvindo o Zé Martins
Com seu verso popular
A sua casa de taipa
Com emoção declamar.
.
Mery Medeiros, um ícone
Tem histórias pra contar
Linda é sua trajetória
Faz a gente se alegrar
Com Emanoel, Arlete,
Jania, Grilo e Twovar.
.
E muitos outros poetas
Que merecem ser lembrados
Que encantam os visitantes
Com poemas recitados
A quem peço o perdão
Não terem sido citados.
.
É que a rima me falta
E o pensar me escondeu
O nome de alguns deles
A velha cuca esqueceu
O fôlego ja me faltando
A lembrança arrefeceu.
.
Com amor e lealdade
Eu peço a Cristo Jesus
Uma benção especial
Cheia de Paz e de Luz
Aos colegas meu obrigado
Por terem me escutado.