sábado, 18 de setembro de 2010

Professor explica como será feito projeto inscrito no BNB

Josenildo Pinheiro da Silva, 33 anos, licenciado em Letras pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) é professor das redes municipal e estadual de ensino desde 1994, em Cerro Corá, sua terra natal. O primeiro livro publicado foi "Poeira Paixão & Poesia (em 2006).

Professor, qual é a proposta desse seu novo trabalho?
O livro será misto, faremos um mapeamento das potencialidades de Cerro Corá, ressaltando esses aspectos de forma mais emotivas, digamos, sem esquecer as informações dos locais a serem mapeados; pretendemos coletar textos de autores locais, relacionados com as potencialidades.

Com a verba do patrocínio, então, você sai em campo para dar cria a obra?
Exatamente,  o projeto será produzido em parceria com Eliedson Melo, na verdade a idéia foi dele, que me chamou pra fazer a parceria.

Essas potencialidades, são um mapeamento dos talentos, que existem na nossa terra, onde moram, o que fazem, por exemplo?
Tentaremos delimitar o objeto ao máximo que pudermos, para fazer algo mais aprofundado, mas vamos tratar os aspectos naturais, culturais, sem esquecer que a população cerrocoraense também tem seu diferencial, e terá espaço. 


Cerro Corá inscreve cinco projetos no Programa BNB de Cultura 2011

Desde a primeira edição em 2005, Cerro Corá aparece, enfim, com a inscrição de cinco projetos para a edição 2011 do Programa BNB de Cultura, que já patrocinou 1.131 projetos de 4.747 municípios do semiárido brasileiro, que incluem áreas da região Nordeste, norte de Minas e do Espírito Santo.
Dos cinco projetos de autores cerrocoraenses habilitados para análise final, apenas um tem autoria de pessoa física: o professor Josenildo Pinheiro da Silva, que inscreveu na categoria de Literatura, a seguinte obra poética: “Neste Sertão de Serra, no caminho das pedras”. Pinheiro já publicou um livro de poesia e este ano, com o apoio da Câmara Municipal, lançou a obra "Poder Legislativo - 55 anos de história", com a minibiografia de todos os vereadores eleitos em Cerro Corá.
Os outros quatro projetos foram inscritos por pessoa jurídica, dois dos quais na categoria Literatura: “Biblioteca Comunitária”, proposto pela Prefeitura Municipal e ainda “Biblioteca Escolar”, cujo proponente foi a Escola Municipal José Rodrigues dos Santos.
Também estão habilitados para a análise final, na categoria de Artes Cênicas o “Projeto de Teatro Itinerante” da Escola Municipal Sebastiana Alves Noga e na categoria de Artes Integradas e não específicas o projeto “Casarão da Cultura”, da Associação Cerrocoraense.
A relação dos projetos contemplados no Programa BNB de Cultura 2011, feito em parceria com o BNDES, será divulgada em 30 de novembro de 2010. 

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Edilson Oliveira explica humilhação que sofreu em Fortaleza (CE)

Edilson Oliveira envia e-mail para o blog, explicando o episódio envolvendo o chefe da delegação de atletismo do Rio Grande do Norte, que recentemente participou das Olimpíadas Escolares de Fortaleza (CE). Segundo ele, a pessoa conhecida como Fernando, havia lhe falado que não podia seguir junto com a delegação potiguar, porque Edilson Oliveira não estava credenciado pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB) e que o ônibus que levaria a delegação para a capital do Ceará já estava lotado.

"Fui humilhado", relata Edilson Oliveira, que ao chegar em Natal para se integrar a delegação norte-rio-grandense, foi convidado pelo representante da Secretaria Municipal de Esporte e Lazer (Seeel), que tinha 13 vagas no ônibus e que ele poderia viajar junto com a delegação.

Porém, Oliveira explica que ao chegar em Fortaleza, foi novamente mal tratado por Fernando, dizendo que "eu tinha passado por cima da ordem dele" e não devia ter vindo com a delegação.

O professor Edilson Oliveira informa que ficou hospedado numa pousada próxima ao hotel, onde ficou ficou a delegação do RN. Certa noite, quando foi levar uma pizza para os atletas de Cerro Corá, de idade entre 12 e 14 anos, Edilson disse que "foi expulso" pelo chefe da delegação, alegando que não podia ficar no hotel e que ele estava tumultuando o ambiente: "Isso foi terrível, pois tudo isso ocorreu na frente dos atletas", lamentou Oliveira.

Para contrapor, Edilson Oliveira afirmou ter tido ao chefe da delegação do RN, que era colaborador do esporte no Estado e que era responsável por nove crianças de Cerro Corá que integravam a delegação potiguar de atletismo. "Os pais dos meninos só deixaram que eles viajassem se eu estivesse presente", chegou a argumentar Edilson, que finalizou: "Magnólia Figueiredo ficou indignada com tudo o que ocorreu".

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Túnel do tempo 4: Sérvulo Pereira aplaude escolha de rainha

Festa do padroeiro São João Batista, à esquerda, o saudoso Sérvulo Pereira de Araújo, primeiro prefeito constitucional de Cerro Corá, e um dos baluartes para que o município fosse desmembrado de Currais Novos, como o foi em 1953 e, no ano seguinte, instalado pelo então governador Silvio Pedroza. No meio Zélia Garcia, que passava o cetro de rainha e que hoje é esposa do conterrâneo "Sobrinho de Antonio Amaro" e que, depois de residir durante anos na Paraíba, também voltou, como outros conterrâneos, a residir em sua terra natal. Ao lado José Assunção. 

Túnel do tempo 3: Aluizio Alves prestigia festa de São João - anos 60


Cerro Corá sempre esteve na vanguarda das festas sociais. o flagrante é da escolha da rainha e princesa da Festa do Padroeiro de São João Batista. Com o então governador Aluizio Alves, dança Maria Lúcia Soares, hoje residente em Assu. Ao lado, Analtides Assunção, dançando com o tio José Assunção, que foi gerente de lojas de tecidos na "serra" e que morou com a família na Casa Grande da família Pereira de Araújo.  Analtides atualmente reside em Mossoró, com o marido Raimundo Florêncio, irmão do saudoso Valdir Bezerra, filhos de Antonio Florêncio.

Livro de João Maria Alves entre os dez mais vendidos na Siciliano

O livro do fotojornalista João Maria Alves - "Cidades Seridoenses - Caicó" - que deve lançar a segunda edição pela Editora Sebo Vermelho em alusão a Cerro Corá, está há três semanas entre os dez mais vendidos, na categoria regional, na Livraria Siciliano, em Natal.

O ranking dos livros mais vendidos semanalmente está na coluna "Toque - Livros e Cultura", assinada pelo jornalista Carlos de Souza, na TRIBUNA DO  NORTE. 

Na semana de 6 a 12 de setembro, o livro de fotografia de João Maria Alves esteve em décimo lugar, enquanto na semana anterior chegou ao nono lugar entre os mais vendidos daquela livraria.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Edilson Oliveira é destratado por chefia de delegação que foi ao CE

Quem me passou a informação foi nossa conterrânea Cássia Maria Medeiros, que ouviu da nossa atleta e agora dirigente esportiva, Magnólia Figueiredo, queixas quanto ao tratamento dispensado a Edilson Oliveira, durante a sua viagem à Fortaleza (CE), onde acompanhou durante sete dias a delegação de atletismo de Cerro Corá que participou dos Jogos Escolares de 2010, na categoria de 12 a 14 anos.  

O que Magnólia Figueiredo confidenciou foi a arrogância com que Edilson Oliveira foi tratado pela delegação do Rio Grande do  Norte, a ponto de tentarem impedir sua ida para a capital do Ceará e de integrar a comissão técnica. Uma técnica saiu em defesa do cerrocoraense e arranjou um jeito dele ir num ônibus de 41 lugares que conduzia a equipe de pouco menos de 30 pessoas.

Cássia Medeiros informa ao blog Cerro Corá News que Magnólia Figueiredo ficou indignada com o episódio. Como presidente da Federação de Atletismo do Rio Grande do Norte (FNAt), Magnólia Figueiredo irá manifestar repúdio a atitude da chefia da Comissão Técnica, que é uma pessoa ligada à Secretaria Estadual de Educação.

Daniele Duarte, atleta ouro de Cerro Corá, ao lado de Edilson Oliveira,
que merece explicações da chefia da delegação do RN
O blog acha que o fato precisa de uma explicação, considerando-se que o professor Edilson Oliveira é um abnegado do esporte, conseguindo levar a posições de destaque no atletismo do  Rio Grande do Norte, crianças e adolescentes que treinam sem as mínimas condições, porque em Cerro Corá não existe pista de atletismo, treinam em locais improvisados e sem material adequado, inclusive tênis.


domingo, 12 de setembro de 2010

Atleta cerrocoraense é ouro nas Olimpíadas Escolares de Fortaleza

A atleta Daniele Duarte de Cerro Corá é medalha de ouro nas Olimpíadas Escolares em Fortaleza/CE, na prova de arremesso de peso com a marca de 11.58 metros. Dane foi a única atleta do Rio Grande do Norte, na modalidade de atletismo, a ir até a terceira etapa do campeonato que reúne atletas de 12 a 14 anos, e se encerra no próximo dia 19.

Daniele Duarte é treinada pelo professor Edilson Oliveira e foi convocada para a seleção brasileira estudantil de atletismo até 14 anos para participar em novembro de 2010 do Campeonato Sul-americano Estudantil de Atletismo, a ser disputado no Peru. 

Outra atleta de Cerro Corá que poderá ganhar medalha é a Lívia Santos a mesma está classificada para a final que será realizada nesta segunda-feira pela manhã, na prova de 250 metros. Lívia correu a semi-final com o tempo de 34.5 segundos. "A prova é muito concorrida, mas podemos surpreender", disse o professor Oliveira.
  • Com informações por e-mail, para Cerro Corá News, de Edilson Oliveira. Colaborou - Samuel Brito de Lima.

A poesia de José Praxedes, o poeta vaqueiro que estudou em Recanto

      Carro de boi Carro de boi, priguiçoso . . . puxado pur Pintadin e seu pareia: o Mimoso!  Tenho viva a tua musga na minha arrescordação . As risca qui tu dexasse pelas istrada isquisita a istória qui tem iscrita dos teus tempo no Sertão.  - Macha pra lá. . Mimoso! . . Puxa o carro! Pintadin... - U'a subida, u'a baxada, as duas roda infincada nas areia dos camin .  E quato legua pur dia . Se tira mais, cansa o boi! Essa macha demorada papai cortô, já, não quis. Meu avô foi tão filiz. . . meu pobe pai já nao foi, Vovó, tão santa, tão boa,  mandava tirá a canga pra Pintadin discansá. Meu avô tao carinhoso. . . dava capim ao Mimoso, era outo boi no oiá!  Patrão, patroa e carrero, na sombra do ingazero .  Agua de chuva im marimba, banho de cuia im caçimba no rio do Putengi. Rapadura, carne-seca, comprada no Cariri .  Chego o tempo muderno: o artomove, o avião. O trem, essa besta-fera, tarvez pra fazê fiasco, toca fogo no panasco das terra do meu Sertão  - oi... oi... -  O carro de boi parô Pintadin saiu pastando cum seu pareia: o Mimoso! Minha avó e meu avô im seu eterno reposo .  E lá na fazenda veia, duas cavera branca tã infeitando o camin: de um lado morreu Mimoso! Do outo lado: Pintadin!
  •  JOSÉ PRAXEDES BARRETO (1916 - 1983), nasceu a 15 de novembro na fazenda ‘Espinheiro’, município de Currais Novos, atualmente Cerro Corá (RN). Filho de Francisco Praxedes Barreto e Maria Segunda Barreto. Aos sete anos de idade foi matriculado na Escola do povoado Recanto, do mesmo município, onde sua família passou a residir. Com 16 anos foi internado no Colégio Pedro II, hoje Ruy Barbosa, na capital do estado. Durante as férias ele retornava à Recanto, onde se dedicava, de corpo e alma, a vida do campo. Nas vaquejadas era alvo da admiração e orgulho dos vaqueiros; contava em versos a vida do homem sertanejo.
    Casou-se com Hilda Pinheiro, em 1941, e geraram José Praxedes Filho. Em 1950, como quase todo nordestino fazia à época, tomou um ITA, navio, juntamente com a mulher e o filho, e desembarcou no Rio de Janeiro. No ano de 1960 publicou o livro “O Sertão é Assim”; posteriormente, em 1970, foi publicado “Meu Siridó”, que teve uma 2ª edição em 1979, pela editora Clima.
    Um dos seus trabalhos, mais importantes foi o livro “Luiz Gonzaga e Outras Poesias”, que é a primeira biografia sobre o Rei do Baião, inclusive, toda escrita em versos matutos, com o prefácio de Luís da Câmara Cascudo, editado em São Paulo no ano de 1952. 
  • Fonte - Sociedade Brasileira do Cançaço

Cerro Corá fora da lista de unidades de conservação arqueológica do RN

Embora em Cerro Corá existam diversos sítios arqueológicos, com inscrições ruprestres e achados que são alvo, inclusive, de estudos por professores da Universidade Federal do Rio Grande do  Norte (UFRN), o município não aparece, pelo menos no último Anuário Estatístico (2008) publicado pelo Instituto Estadual de Defesa do Meio Ambiente (Idema-RN), na lista das unidades de conservação e sítios arqueológicos do Estado.

Neblina dá tom do clima no período de inverno em Cerro Corá.
 Ao fundo, a Igreja de São João Batista, na avenida São João, centro da cidade.
No levantamento feito pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artistico Nacional (Iphan), estão nessa relação 44 municípios do Rio Grande do  Norte, dos quais, estão na região do Seridó os seguintes municípios: Caicó, Carnaúba dos Dantas, Equador, Florânia, Jucurutu, Parelhas, São João do Sabugi e Serra Negra do Norte.

A uma altitude de 575 metros acima do nível do mar, Cerro Corá é a nona cidade mais alta do Estado, dentre as 15 com altitude superior a 500 metros. A primeira mais alta é Tenente Laurentino Cruz e a terceira Lagoa Nova. Os três municípios situam-se todos na Serra de Santana. 

Essa questão deve estar no rol das preocupações da Secretaria Municipal de Meio Ambiente Turismo tendo em vista, entre outras coisas, a dimensão que a indústria "sem chaminé" vem ganhando desde a criação do Festival do Inverno e as riquezas naturais de Cerro Corá, com os vales vulcânicos, suas características do relevo geográfico, o antigo túnel da estrada de ferro, afora o clima frio, mais acentuado durante o período de inverno. Ademais, tem de se considerar que Cerro Corá está incluído no Pólo Turístico do  Seridó.