Padre Alcivan atua há a 8 anos em Caicó |
Informativo sobre o município de Cerro Corá, no Rio Grande do Norte, Brasil, as suas origens e seu povo.
terça-feira, 31 de janeiro de 2023
Padre Alcivan faz 26 anos de ordenação e assume Paróquia de Jardim do Seridó
Carlos A. Leandro tem quadro de saúde estável
De acordo com último boletim médico, o quadro clínico do dentista Carlos Augusto Leandro é estável, continua em observação a taxa de sódio. Caso se regularize, o paciente terá alta da UTI para apartamento nesta quarta-feira (1° de fevereiro).
- Por enquanto, eles não solicitaram nenhum exame. Caso seja necessário, eles farão os exames lá no Hospital Memorial mesmo, para evitar o deslocamento do paciente, informou Rogério Leandro, o irmão, em redes sociais.
segunda-feira, 30 de janeiro de 2023
Carlos Augusto Leandro pode sair da UTI dentro de dois dias
Em tratamento de saúde no Hospital Memorial, em Natal, o dentista cerrocoraense Carlos Augusto Leandro, já responde bem aos procedimentos clínicos e pode deixar a UTI de amanhã para depois. Com pressão estával (13 por sete) e função renal normalizada, “Carlinhos de Manoel Luiz’, a urina está clara, assim como o níve de creatina caiu de 18 para um e os exames de fígado estão próximos do normal.
Segundo informação repassada ao irmão Rogério Leandro, “Carlinhos” continua se alimentando por sonda. “Melhorou em todos os aspectos e estará de alta em breve”, relata o médico em áudio postado em redes sociais por Rogério.
Turismo afetivo X - "Nas ondas do rádio"
Por José Vanilson Julião
Logo após a consolidação da captação do sinal de
televisão em Cerro Corá o prefeito Zé Julião providencia a instalação de um
televisor público.
Inicialmente no primeiro canteiro central da Avenida
São João, acesso ao Grupo Escolar Querubina Silveira e a Igreja São João
Batista.
Posteriormente, com a reforma e modernização, o
aparelho é transferido para a Praça Tomaz Pereira de Araújo.
A essa altura um dos programas favoritos era esperar
para assistir o desenho animado da “Pantera Cor de Rosa” (The Pink Panther
Show”). No começo da noite. Entre uma novela e o noticiário. Então o negócio
era adiantar ou atrasar o jantar. Um dos espectadores mais assíduos da TV na praça, era Dé Mulato, o lateral direito do GPK.
Esta animação – fora do eixo dos personagens de Hanna-Barbera ou Walt Disney – merece explicação. Foi criada como introdução do filme do mesmo nome com o ator-comediante inglês Peter Seelers lançado em 1963. O sucesso do “animal” provocou a série logo depois.
Foi na televisão disponibilizada para a população que
acompanhei a transmissão em preto e branco da Festa da Uva, em Caxias do Sul,
na serra gaúcha, como a primeira programação para a tv em cores.
E o Torneio Sesquicentenário da Independência (150
anos) – a “Mini Copa”, em 1972. Sendo que a final (Brasil 1 x 0 Portugal, gol
de Jairzinho), presenciei na casa de dona Ritinha.
Também vi amistoso da seleção brasileira contra uma
seleção ou combinado do Rio Grande do Sul, com jogadores do Internacional e do
Grêmio (3 x 3).
A tv não acabou com uma opção anterior. Escutar os
jogos do campeonato carioca pelo rádio. Sintonizando as emissoras do Rio de
Janeiro, principalmente a Nacional, Tupi e a Globo.
Para ouvir locutores famosos: Doalcei Bueno de
Camargo, Celso Garcia, Vitorino Vieira, Waldir Amaral, Antônio Porto, Ayrton
Rebelo, Sérgio Morais e Jorge Cury.
E os comentários de João Saldanha, Luiz Mendes (“o da
palavra fácil”), Afonso Soares e Ruy Porto, o condutor do programa dominical de
final de noite: “Ataque e Defesa” (TV Tupi).
A familiarização com o rádio esportivo veio de papai. Quando
chegava para o almoço, vindo da padaria, sintonizava as ondas curtas da Rádio
Sociedade baiana. Prato principal: resenha de França Teixeira.
À noite, quando havia uma partida decisiva, um ponto
de escuta, com o “Motoradio” preto, era a escadaria da Prefeitura. Para fugir
do frio reinante.
Foi lá que ouvi partidas decisivas do Botafogo pela
Taça Libertadores da América (1973). Contra o Palmeiras e o Cerro Porteño de
Assunção (Paraguai).
O clube da Estrela Solitária fora alçado à competição
internacional como vice-campeão brasileiro do ano anterior.
A decisão do campeonato carioca (Botafogo 0 x 1
Fluminense), em 1971, com um discutido gol no minuto final, me fez adepto, até
hoje, da máxima do presidente do Corinthians, Vicente Matheus: - O jogo só
termina quando acaba.
Moral da história: “Gato escaldado tem medo de água
fria...” O “Glorioso” dias antes somava seis ou sete pontos de diferença para o
Tricolor. E foi perdendo a vantagem para times pequenos e médios. E a gordura
acabou.
No final de tarde, começo da noite de domingo, me
preparara, com uma camisa do alvinegro, para ir ao circo armado onde hoje é a
praça Maria Luzia Guimarães. Valdir com um chaveiro do Fogão.
Desarrumamos tudo e não saímos de casa... Para não
escutar as chateações de Luiz Júnior, o “Garrincha”, e José Ailton da Costa, o
“Dedé de Germínio”, torcedores do “Pó de Arroz.”
Vale salientar que somente a partir de dezembro de
1972, com a inauguração da TV Universitário (canal cinco), para a educação via
satélite. O concorrente não era de peso para a Tupi, mas era mais uma opção.
Já no ano seguinte, transmite uma programação local,
como o programa de auditório apresentado pelo radialista, vereador, deputado
estadual e senador Carlos Alberto de Souza, que somente 13 anos depois põe no
ar a primeira tv privada do RN, a “Ponta Negra”, afiliada do Sistema Brasileiro
de Televisão (SBT).
domingo, 29 de janeiro de 2023
Carlos Leandro transferido para Hospital Memorial
O odontólogo cerrocoraense Carlos Augusto Leandro foi transferido, no sábado (28), da UPA do Cidade Satélite para o Hospital Memorial, situado na avenida circundante ao Canal do Baldo.
Segundo familiar, Carlinhos responde bem a função urinária, ainda usa cateter e saturação está a 100%.
O paciente que se encontra na UTI 2 e leito 3, pode receber uma visita por dia entre 17:30 e 18 horas.
sexta-feira, 27 de janeiro de 2023
"Carlinhos de dona Euza" internado para tratar da saúde
O dentista cerrocoraense Carlos Augusto Leandro, 65 anos, está internado na Unidade de Pronto-atendimento (UPA) da Cidade Satélite, Zona Sul de Natal, para se tratar de crise renal.
O boletim médico informa que "Carlinhos", filhos dos saudosos Manoel Luiz e dona Euza, "encontra-se estável, porém por agitação, em uso de catéter nasal para melhor conforto de oxigênio".
Segundo o boletim, Carlinhos está com a função renal "com melhora significativa e no momento em tratamento conservador".
O dentista Carlos Augusto Leandro ainda "está em dieta zero e irá passar sonda nasoenteral para se alimentar".
"Rota do Queijo Potiguar" movimenta o sábado (28) em Cerro Corá
Cerro Corá entra na "Rota do Queijo Potiguar", evento programado para este sábado na Pousada Colina dos Flamboyants, à margem do açude Eloy de Souza. Venda de mesas limitadas, mas como a hospedagem já está esgotada, visitantes e turistas podem optar por outros meios de hospedagem, inclusive áreas de camping, chalés pelo número telefônico e WhatsApp 9.9818.8212. Tudo com show ao vivo.
quinta-feira, 26 de janeiro de 2023
Turismo afetivo IX - "A chegada da televisão"
Lourival Libânio, Sargento Mitre e José Julião Neto acertam o sinal da primeira repetidora de TV de Cerro Corá |
Por José Vanilson Julião
O leitor fiel do blog "Cerro Corá News" viu e leu que, durante a Copa, fiz um artigo recordando as peripécias dos torcedores locais para assistir o campeonato mundial no Mexico (1970).
Quando uma gambiarra de antena proporcionou a assistência numa casa alugada em Lagoa Nova. Porém a chegada da captação definitiva do sinal de alguma emissora em Cerro Corá demora algum tempo.
Eu até pensava que teria ocorrido em 1971, mas para surpresa do redator, ao tentar pescar dados precisos, me deparo com uma fotografia no "Portal Memória Brasileira" com o seguinte título acima: "tv repetidora cerro corá jws" (em minúsculas mesmo).
A foto de janeiro de 1972 mostra o sargento do Exército, Raimundo Mitre, de costas, fazendo os ajustes para captação do sinal de televisão. Sob o olhar atento do prefeito José Julião Neto. Quem também aparece é vereador Lourival Libânio de Melo.
O "jw" em questão trata-se do jornalista paranaense José Wille, ex-âncora da Central Brasileira de Notícias (CBN) - afiliada do Sistema Globo de Radio (SGR). E repórter do "Bom Dia, Paraná (RPC), afiliada Globo. So para resumir o resumo do currículo dele.
O curioso é que em seguida ao texto com o título - "Como a TV chegava no interior no passado" - certamente ele faz confusão com a Cerro Corá do Paraguai e sapeca a legenda "Repetidora de TV no Mato Grosso em 1972."
Ou com certeza fez correlação com a TV Cerro Corá, de Assunção, capital paraguaia, inaugurada em 20 de setembro de 1965.
O "Cerro Corá News" posta, em 13 de novembro de 2010, uma foto no alto do "Cruzeiro", onde foi chantada a torre repetidora e equipamentos, na qual se ver a garotada.
Tudo isso veio a tona ao passar pela Rua Monsenhor Paulo Heroncio e repassar na memória toda as casas dos amigos da infância e pré-adolescência, entre elas as residências que primeiro passaram a ter o eletrodoméstico mais cobiçado daqueles tempos, depois da geladeira e o ferro de engomar elétrico.
Não recordo a ordem, mas as primeiras famílias a possuírem televisão, em preto e branco, das famosas marcas da época (Telefunken, Philco, Philips, ABC e Colorado), foram dona Lilia/Lourival Bezerra da Costa, dona Marieta/Luizinho Guedes e dona Ritinha/Luiz Bezerra da Costa.
Essa nova situação era mais uma alternativa para o passatempo da criançada. Agora dividida com os banhos no açude Eloy de Souza e as peladas no campo "Othon Osório". Preferencialmente a tarde, quando era exibidos os desenhos animados e as séries de tv. Mas a noite ainda tinha o rescaldo para uma telenovela ou para um programa de auditório.
Eu assistia a programação televisiva, preferencialmente, na casa do meu amigo e goleiro do Botafoguinho, José Ednaldo Bezerra da Costa, o "Louro", claro, na casa de dona Lilia, que para o espanto do redator, nunca fez cara feia para ninguém. Tampouco Dalvina, a fiel governanta da casa.
Mas também comparecia a alguma sessão futebolística na casa da professora Ritinha Bezerra, a mãe do craque Luiz Júnior, o "Garrincha". Como aconteceu na transmissão do selecionado brasileiro a Europa em 1973, antes da Copa da Alemanha (1974). Na casa de dona Marieta também fui telespectador casualmente, até para não encher o saco nas outras casas.
Nesse tempo a TV Globo não era sintonizada no Seridó. A única recepção era da TV Rádio Clube do Recife, a capital pernambucana, integrada à Rede Tupi de Televisão, pertencente ao conglomerado de mídia fundado pelo paraibano Francisco de Assis Chateaubriand Bandeira de Melo.
Portanto foi pela televisão dos "Diários Associados" que comecei a me familiarizar com personagens ficticios que já tinha algum conhecimento pelas histórias em quadrinhos da Rio Gráfica e Editora ou da Editora Brasil-América Limitada, do famoso acrônimo EBAL.
Casos de "Zorro", "Durango Kid", "Paladino do Oeste" e "Daniel Boone" no ramo do faroeste. Ou as aventuras africanas de "Tarzan" e "Jim das Selvas", interpretados pelo mesmo ator americano, John Weismuller, um ex-campeão de natação olímpica. A lista é longa... Nem citei os desenhos animados.
Nem vou me alongar nas explicações, mas sugiro ao leitor pesquisar sobre as novelas líderes de audiência: "Meu Pé de Laranja Lima", "Mulheres de Areia" e "A Fábrica", entre outras. E sobre os comunicadores: Flávio Cavalcanti, Mauro Montalvão e Jota Silvestre (os mais famosos).
A criançada ficava atenta, de pescoco espichado, sentada no chão mesmo. Perto do aparelho até. Enquanto não acontecia a chamada para o futebol.
Tem até uma passagem hilária com José Tarcísio de Lira. Que costumava cair no sono. Numa acochegante poltrona individual na casa de dona Lilia (lembro até a cor: bege).
Ele adormecia sempre no horário das novelas. E ao despertar do rápido sono sapecava: - Vixi, que cochilo besta... (todo mundo caía na risada).
Enfim, a chegada da tv coincidiu com a já chegada da energia de Paulo Afonso, dois anos antes.
Assim a garotada, quase sempre, estendia a noitada até perto das 23 horas. Com as séries para os adultos...
quarta-feira, 25 de janeiro de 2023
Turismo afetivo VIII - "Uma vista a João Batista"
Quadra filatélica do selo comemorativo dos mil gols de Pelé. Selo faz parte da coleção de João Batista de Melo Filho |
Por José Vanilson Julião
A primeira visita cerrocoraense teve como anfitrião
"João de Batista", também chamado de 'JB", pelos mais jovens e
mais chegados.
O encontro com o ex-prefeito da cidade por quatro
mandatos, consecutivos e alternados, não estava prioritariamente na minha
programação.
A reunião fazia parte da agenda do mano José Valdir
Julião e pensei, inicialmente, que faria uma entrevista de política para o blog
"Cerro Corá News".
Nada disso. A conversa inicial ocorre sobre pesquisa
que ele está fazendo sobre as antigas e mais tradicionais famílias do
município. Inclusive de gente de fora que veio morar na cidade.
Assim sendo Valdir havia sido convocado para informar
sobre a parentela dos meus pais, José Julião Neto e Damiana Ribeiro Julião (dona
Tinoca). Ele de Santana dos Matos, ela natural do lugar.
E eu entrei de gaiato no navio para ajudar na declinação
dos nomes dos ascendentes e descendentes. Bisavós, avós, tios, primos, etc. Assunto
que será tema de outro artigo futuro.
Sugeri ao "Jotabê" que o importante e
interessante levantamento dever ser transformado um livro sobre
"genealogia", sendo o ponto final para resgatar as históricas
famílias.
"A maioria dos jovens desconhece os nomes das
pessoas que fizeram a história e construíram essa cidade", justifica o
interlocutor.
Ele mesmo filho de um "forasteiro", vindo do
vizinho município de São Tomé, casado com uma cerrocoraense.
João Batista de Melo filho recebe na pia batismal e na
certidão de nascimento o nome do pai, o principal motorista de aluguel
requisitado pela sociedade local entre os anos 40/70.
Conversa vai, conversa vem, lembranças afloradas. O
que me fez pensar, inicialmente, em colocar o seguinte título no artigo:
"O colecionismo de selos".
Isto porque Valdir lembrou que João Batista deu aos
irmãos um selo com "Pelé". Comemorativo a conquista do Tri na Copa do
México (1970). Logo depois que ele teve alta em Natal para tratar de uma
tuberculose em casa por recomendação médica.
JB ainda tem os selos. Assim como Valdir. O que me fez
recordar outro “ajuntador filatélico”, o jornalista Eugenio Pereira Soares,
filho do pecuarista João Soares do Nascimento e dona Zilma Pereira Soares, dedicada diretora do Grupo
Escolar Querubina Silveira.
Eugenio mostrava exóticos e coloridos selos de países
diversos, presentes da irmã Edná, no retorno do turismo europeu e asiático nos
anos 60/70.
Outro filatelista era João Emanoel do Rego Costa (já falecido),
mencionado em artigo anterior. Herdou a coleção de parentes, praticamente já
feita, com estampilhas brasileiras dos anos 40/50.
Se a dupla não tinha parentes indo para o exterior a
alternativa: aquisição dos novos selos que chegavam na agência dos Correios e
Telégrafos ou pela correspondência com colecionadores.
Os gêmeos ficaram até ‘íntimos” do agente Lindolfo
Soares – irmão dos agropecuaristas João e Chico Soares – pela frequência
semanal em busca de novidades ou para o recebimento das cartas com estampas ou
encomendas do reembolso postal.
Com a aposentadoria de Paulo do Correio (pai do craque
Toinho da Caern), o carteiro que herdara a função do sogro, Francisco Trajano
da Paz, não tinha trabalho a mais.
Vi muitas vezes o açuense “Seu” Trajano bebericando um
aperitivo na pequena mercearia de meu avô José Julião Filho, em frente o
descampado onde hoje é a Praça Maria Luíza Guimarães.
A agencia ficava em anexo da casa de dona Maria Galvão,
mãe do ex-prefeito José Walter Olímpio, nome de praça no bairro Tancredo Neves
(antiga Casa Velha), com a Escola Belmira Gouveia sendo um dos meus pontos de
referência da memória.
Uma atração: um bojudo telefone preto, movido a
manivela destinada a acionar uma bateria (uma enorme pilha Ray-O-Vac, “a
amarelinha”), pendurado na parede do escritório.
O segundo assunto secundário aparece: o Grêmio
Presidente Kennedy (fundação, sede, diretorias, atividades sociais, festas e
futebol).
O GPK, inclusive, revela pela primeira vez, foi um dos bastiões para João Batista (vice Zé Rodrigues) ser eleito pela primeira vez em disputa com papai na campanha de 1976, assunto a ser detalhado depois.
terça-feira, 24 de janeiro de 2023
Sepultamento de Maria Auleta ocorrerá em Cerro Corá
Dona Maria Auleta era casada com o cerrocoraense José Bernardo |
A família de María Auleta da Silva Bernardo, que nasceu em 1° de março de 1937 e completaria 86 anos agora, comunica que o corpo será velado no Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Cerro Corá e o sepultamento ocorrerá às 17 no cemitério público da cidade.
Dona Maria Auleta morreu de complicações decorrentes do Mal de Alzheimer. Foi casada com José Bernardo, com quem construíram três filhos - Aildo, Ailson e Alcineide, ainda deixou sete netos e cinco bisnetos.
Morre dona Auleta Bernardo, mãe do blogueiro cerrocoraense Djaildo
Morreu nesta terça-feira (24) em Natal, Maria Auleta da Silva Bernardo, mãe do jornalista e blogueiro cerrocoraense Aildo Bernardo. Mais informações em instantes. O sepultamento ocorrerá em Cerro Corá.
segunda-feira, 23 de janeiro de 2023
Turismo afetivo VII - “O balneário alternativo da garotada”
Açude Eloy de Souza era a principal área de lazer da garotada nos anos 60 e 70 (foto - João Maria Alves) |
Por José Vanilson Julião
Além dos amigos da geração entre 1957/60 o encontro dos veteranos serviu para reencontrar alguns garotos que nasceram posteriormente.
Como Francisco Canindé, o ‘Ponteiro’, primo de Paulinho Canário. E o botafoguense Marlon, filho de Cícero Zebra, meu vizinho da época em que eu morava na casa de Manoel Belmino, na rua Benvenuto Pereira.
“Ponteiro” era figurinha carimbada, como nadador quase “olímpico”, nos banhos na parede do açude Senador Eloy de Souza, que começou a ser construído na seca de 1932. Pois morava pertinho: na ‘Ponte”.
O açude também tinha outros três pontos preferenciais para a garotada tomar banho, aprender a nadar ou pescar piaba usando litros e garrafas com farinha para atrair os peixinhos de dorso prateado.
Um deles era o “corredor”. Com acesso por um comprido caminho cercado de "avelós" dos dois lados. Muito usado para lavagem de cavalos e carros, principalmente caminhões. A entrada logo após o ‘motor da luz”, na chamada e antiga "rua da Baixa".
O local era preferido para quem não sabia nadar com eficiência, ou tinha medo de aventurar-se nas profundezas, pois podia-se andar dentro da água, no “raso”, por uma extensa área. Já que ficava nas imediações do “começo” do reservatório.
O segundo era o “Catavento”. Neste ocorre o episódio de eu lançar a vara de bambu para pescar piaba, e a ponta do anzol enganchar no nariz de “Quita”, filho de “Manoel Bazú”.
Foi um Deus nos acuda com promessa de socorro e atendimento ambulatorial e hospitalar, pois “Quita”, atualmente morando no “Ingá” (na estrada para São Tomé), trabalhava na padaria de papai.
Por fim se atravessa do “Catavento” para a “pedra grande”, hoje existente só os resquícios do que fora, de onde os mais afoitos pulavam de “lavanca”, em pé, ou de cabeça, o chamado mergulho de "flecheiro”.
A travessia era a nado mesmo ou em câmeras de ar de carros e de caminhões. Para quem não tinha a opção, para o descanso, era o pendão de agave ou sisal.
Um dos peritos neste quesito “de ponta” era “Buchaga” (filho do cabeceiro Manoel Pereira), aquele do tamborilar nos peitos com os dedos indicadores.
No inverno, não poderia deixar de esquecer, também era motivo de alegria e novidade tomar banho no sangradouro, com a água escorrendo violenta e veloz em busca dos “escorregos”.
Um dos episódios do açude envolve papai. Eu e Valdir fugimos da padaria e fomos para a “Ponte”. Quase meio dia aparece o Fusca vermelho de Zé Julião na descida perto da delegacia. Mergulhamos, mas ao voltar à tona lá estava ele. Esperando.
Não se deve esquecer o ferreiro Severino Miguel. Que tinha a oficina no alto, de onde ele via a criançada e “ameaçava” atirar na garotada com uma velha espingarda. Se a memória não enfeita as reminiscências.
Severino tinha a mania de esquentar pedaços de ferro e jogar para os sapos engolirem. Os anfíbios “pensavam” que a liga de metal em brasa seria inseto. A ponta incandescente e fumegante entrava pela boca e saia rápido pela barriga.
domingo, 22 de janeiro de 2023
Falece irmão de Othon Militão, ex-vereador de Lajes, César Militão
César Militão deixa viúva a vereadora Rosângela Costa (d), não resiste a complicações de um AVC |
Faleceu na noite deste domingo o ex-vereador de Lajes César Militão, 62 anos, deixando viúva a vereadora e presidente da Câmara Municipal Rosa Costa Martins e dois filhos.
Era irmão de Othon Militão Júnior, que disputou a eleição de prefeito em Cerro Corá em 2008, casado com a cerrocoraense Celúquia Militão.
César Militão foi acometido de AVC na sexta-feira (20), passou por cirurgia, mas não resistiu, falecendo às 19h30 deste domingo (22).
Sem exercer mandato político, César Augusto de Medeiros Martins, o "César Militão", vinha presidindo o Sindicato dos Produtores Rurais de Lajes e também era vice-presidente da Federação da Agricultura do Rio Grande do Norte (Faern).
O velório do corpo de César Militão ocorre a partir das 10 horas desta segunda-feira (23), no Centro Pastoral da cidade de Lajes, seguido de missa na Igreja Católica e sepultamento no cemitério público situado à margem da BR-304.