Informativo sobre o município de Cerro Corá, no Rio Grande do Norte, Brasil, as suas origens e seu povo.
domingo, 5 de dezembro de 2010
Vereador da oposição adere ao "canto da sereia" da situação
O blog não analisa quais razões que levaram o vereador Edvaldo Pereira (PSB) a se passar para a bancada do prefeito Raimundo Marcelino Borges (DEM), o "Novinho", até porque não ouviu o vereador e nem pôde estar na sessão ordinária da Câmara Municipal da noite de sexta-feira, dia 3, quando ele anunciou, em plenário, que a partir de agora estaria apoiando a administração municipal.
Mas, a decisão do vereador Edvaldo Pereira retrata, mais uma vez, que são poucos os legisladores eleitos pela oposição, que resistem ao "canto da sereia" da situação, onde, em virtude da política assistencialista e clientelista, é muito mas fácil exercer o mandato de vereador do que na oposição, bancada pela qual as dificuldades são maiores para quem não contam com as benesses do poder e, na prática, ajudar aqueles cidadãos ou eleitores, que, muitas vezes, cobram dos vereadores uma ação típica e exclusiva do Poder Executivo, ao invés de acompanhar e exigir deles aquilo que é de sua maior responsabilidade: fiscalizar as ações da administração pública, apoiar no que é de bom para a população e, acima de tudo, criar e aprovar leis que tragam benefícios para a sociedade.
No entanto, o certo é que a partir de agora, na virada do ano, o prefeito "Novinho" passará a ter mais tranquilidade para apoiar os projetos de lei do seu interesse na Câmara Municipal, onde cumpriu metade do seu mandato de quatro anos com uma bancada de oposição majoritária, na qual se sobressaem, por exemplo, o vereador Evilásio Bezerra (PPS) e também o presidente da Casa, o vereador Antonio Ronaldo Vilar (PSDB), o qual também tem pretensões de disputar a eleição de prefeito em 2012. Os outros dois que ainda compõem a bancada oposicionista são os vereadores Clidenor Pereira de Araújo (PHS), filho, o "Codô" e o primo deste, Rubens Pereira de Araújo (PSB), filho, o "Binha".
Com a adesão do vereador Edvaldo Pereira à bancada do prefeito, a situação passa a conta com cinco vereadores, contra quatro da oposição. Além deste, apoiam o prefeito "Novinho" os vereadores "Manoel de Cláudio" (PMDB), Graça Medeiros (PMN), Aldo Maciel (DEM), o "Aldin" e "Dé" (PV).
quinta-feira, 2 de dezembro de 2010
Astro da música pop brasileira no Festival de Inverno de 2007
Memória do futebol 4: O GPK que arrancou para a grande campanha do Matutão 1972
Municípios da Serra de Santana resistem ao êxodo rural
Os blogs cerrocoraenses já divulgaram os números definitivos sobre a população de alguns municípios, como os maiores e menores do Rio Grande do Norte. Também falaram sobre os três municípios onde a população rural supera a da Zona Urbana, que são os casos de Cerro Corá, Tenente Laurentino Cruz e Lagoa Nova.
Os números do Censo 2010 do IBGE mostram que o êxodo rural nesses municípios é muito menor do que em outras regiões do Estado. Na avaliação do blog, isso se deve ao fato de que a Serra de Santana, onde estão os três municípios, ainda detém uma atividade econômica, que mantém os agricultores em suas casas na Zona Rural.
Pelos números do Censo, em Cerro Corá 56,58% de seus habitantes residem no campo, enquanto em Lagoa Nova esse índice é de 51,36%. O surpreendente é Tenente Laurentino Cruz, município que foi desmembrado de Florânia, onde 78,69% da população vivem na Zona Rural, cuja área está, praticamente, toda encravada na Serra de Santana, o mesmo ocorrendo em relação à Lagoa Nova. Já Cerro Corá tem uma parte de sua área no Sertão, onde a escassez de água é maior e área de terra agricultável também é muito menor.
Números absolutos
Município | População | Urbana | Rural |
Lagoa Nova | 13.990 | 6.805 | 7.185 |
Cerro Corá | 10. 916 | 4.740 | 6.176 |
Ten. Laurentino Cruz | 4.254 | 1.152 | 4.254 |
Fonte – I BGE
domingo, 28 de novembro de 2010
Tinoco, garimpeiro, rodou o Brasil
sexta-feira, 26 de novembro de 2010
Agricultor cerrocoraense pode ter acesso a crédito de até R$ 2 mil
Agricultores de Cerro Corá, a exemplo de outros produtores do Nordeste e do norte de Minas Gerais poderão contar com uma linha emergencial de crédito do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar Agricultores, conforme anunciou o governo federal, no dia 25 , com uma linha emergencial de crédito no valor de R$ 150 milhões.
Cada agricultor poderá acessar até R$ 2 mil por unidade familiar, em uma única operação. A taxa de juros é de 0,5% ao ano. Também será concedido ao agricultor familiar um bônus de adimplência de 25% sobre cada parcela da dívida paga até a data do vencimento. O prazo para pagar o financiamento é de até dois anos. Os agricultores têm até 15 de março de 2011 para a contratação da linha emergencial.
O diretor do Departamento de Financiamento e Proteção da Produção da Secretaria de Agricultura Familiar do MDA, João Guadagnin explica que essa linha emergencial é voltada para financiamentos de custeio pecuário: “A linha de crédito emergencial é para que os agricultores consigam comprar, eventualmente, farelo de trigo, ração, milho ou palma forrageira ou outra forragem para manter, especialmente, as matrizes. O que a gente precisa fazer, nesse momento, é dar condições aos agricultores para que eles evitem a venda das matrizes porque elas permitem que o rebanho se amplie, se mantenha. Então é um crédito para que ele compre alimento para os animais, por isso que é só dado aos criadores especialmente de bovinos, de caprinos e de ovinos”.
Poderão se beneficiar agricultores familiares que possuam Declaração de Aptidão ao Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar válida até 30 de setembro de 2010. Além disso, estes agricultores precisam atuar em municípios da região semiárida dos estados da Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Minas Gerais. Os municípios precisam também ter decretado, em decorrência de estiagem, situação de emergência ou estado de calamidade pública entre 1º de janeiro e 30 de setembro de 2010.
Família cerrocoraense em lazer na Praia do Meio, em Natal
Recursos para Cerro Corá, só virão das chamadas emendas genéricas
A não ser que exista e, no futuro, consiga algum recurso destinado às emendas genéricas, mas Cerro Corá não consta da lista dos 32 municípios do Rio Grande do Norte diretamente beneficiados pelas emendas coletivas ou individuais dos oito deputados federais e três senadores do Estado. Da região do Seridó, estão nesse rol Acari, Caicó, Currais Novos, Jucurutu e Serra Negra do Norte. Dentre os municípios que se limitam com Cerro Corá, o único beneficiado é São Tomé.
Mas, existem emendas genéricas, que ai vai depender da articulação da classe política de Cerro Corá, sobretudo os vereadores e o prefeito Raimundo Marcelino Borges, o “Novinho”, para que venham recursos para o município.
quinta-feira, 25 de novembro de 2010
"Amado dos teclados" prepara 16º CD de uma carreira independente
Luiz Carlos Medeiros do Nascimento. Pelo nome do registro de nascimento, ocorrido em 1976, no Sitio Novo, na chã da Serra de Santana, ninguém conhece, Mas, “o amado dos teclados”, todo mundo conhece. Agora, ele parte para a gravação do seu 16º independente, depois de gravar o seu primeiro DVD no Sítio Riachão. No total são 25 CDs, incluindo as coletâneas e shows ao vivo. O blog entrevistou o artista, que mora em Natal desde 1993.
Desde criança ouvindo artista como Carlos Alexandre e Amado Batista nos vinis do meu irmão.
Mas, quando criança, você já tocava ou arranhava alguma coisa, algum instrumento?
Meu primeiro contato com um instrumento musical foi um violão, que ganhei do meu irmão, eu tinha por volta de 15 anos.
E quando foi mesmo que você começou a gravar os seus discos, de forma independente?
Em 2003.
São quantos discos de lá para cá, alcançou alguma boa vendagem, deu para tirar o custo?
Vem sendo legal, quanto ao custo, não me preocupo muito em calcular, pois todas as produções são minhas, exceto quando canto ao vivo, que às vezes são terceiros que gravam os shows.
Agora você gravou seu primeiro dvd, qual foi a sensação disso, e como você vai oferecer ao público, boca a boca, na conversa pé de ouvido?
Foi legal, teve uns ajustes técnicos que ficou a desejar, mais isso são coisas do primeiro, quanto à venda, geralmente nos shows tem pessoas que vendem pra mim.
Você veio morar em Natal no começo dos anos 90, antes de lançar o seu primeiro CD, em 2003, você sobrevivia profissionalmente de que?
Vim para natal em 1993 e sempre trabalhei por conta própria, por exemplo, de camelê e feirante.
E agora, já dá para sobreviver da música?
Dá, eu gosto de trabalhar com vendas por isso estou sempre tentando reforçar o orçamento.
Não é fácil sobreviver como artista no Brasil e, principalmente no Rio Grande do Norte, se não tem uma grande mídia por trás?
Verdade, mas temos que encarar a coisa.
As músicas que você interpreta, a maioria é de composições suas, onde você vai buscar inspiração?
Quase sempre é por acaso e aparece uma pronta.
Aquela em que você fala que quer voltar pra casa de mãe, qual foi a sua inspiração?
Na verdade aquela não é de minha autoria, quanto as músicas que não são minhas, também canto porque me tocam.
Mas, você tem composições suas, tem uma idéia de quantas?
Sabe, não parei pra contar ainda não, mas toco o que o povo gosta de ouvir.
A poesia de Zé Praxedi, o poeta vaqueiro que nasceu em Cerro Corá
DOIS GRANDES
Duas boas arturidade
Me truveram do Sertão.
A sigunda do País
E a prenmêra do baião.
O Luiz Lua Gonzaga,
Qui dus pampa ao Amazona,
Todo o meu Brasí se curva
Para uví sua sanfona.
Gonzaga, o cantô da terra
Dos matuto e boiadeiro,
O cantô dos tangirino,
Do caçadô, do vaqueiro!
O homem de quem se fala,
É o seu cantá qui imbala
O Nordeste brasileiro.
Apôs bem, esse cabôco
Tão festêjado e feliz!
Protégi o pobe nas ruas,
O vigáro na Matriz.
O Luiz Lua Gonzaga,
Trabáia pelo País.
Doutô João Café Filho,
A palavra desse home,
Tem o gosto da cumida
Quando a gente tá cum fome.
O maió dos Députado
Qui o Brasí já conheceu!
Inté o só ismoréci,
Café nunca ismoreceu!
Esse Café de que falo,
Num é café de São Paulo,
Em minha terra nasceu.
Apôs bem, doutô Café,
Tem um grande coração!
Trabainado como vive
Pru distino da Nação.
Inda tira um momentim
Pra se alembrá do Baião.
Duas boas arturidade
Me truveram do Sertão.
A sigunda do País
E a prenmêra do baião.
O Luiz Lua Gonzaga,
Qui dus pampa ao Amazona,
Todo o meu Brasí se curva
Para uví sua sanfona.
Gonzaga, o cantô da terra
Dos matuto e boiadeiro,
O cantô dos tangirino,
Do caçadô, do vaqueiro!
O homem de quem se fala,
É o seu cantá qui imbala
O Nordeste brasileiro.
Apôs bem, esse cabôco
Tão festêjado e feliz!
Protégi o pobe nas ruas,
O vigáro na Matriz.
O Luiz Lua Gonzaga,
Trabáia pelo País.
Doutô João Café Filho,
A palavra desse home,
Tem o gosto da cumida
Quando a gente tá cum fome.
O maió dos Députado
Qui o Brasí já conheceu!
Inté o só ismoréci,
Café nunca ismoreceu!
Esse Café de que falo,
Num é café de São Paulo,
Em minha terra nasceu.
Apôs bem, doutô Café,
Tem um grande coração!
Trabainado como vive
Pru distino da Nação.
Inda tira um momentim
Pra se alembrá do Baião.
quarta-feira, 24 de novembro de 2010
Centro Social Santa Zita: curso de formação de cozinheira
segunda-feira, 22 de novembro de 2010
Como Cerro Corá é mole? Uma comparação a outros municípios
O quadro comparativo ai embaixo pode responder, em parte, a preocupação do blogueiro djaildo com relação ao fato de os bancos oficiais ainda não terem despertado para a necessidade de instalação de uma agência bancária em Cerro Corá, embora o município venha sendo atendido por serviços dessa ordem através de um caixa eletrônico do Bradesco, no centro da cidade e na agência dos Correios, além do atendimento feito por uma casa lotérica e mais um posto avançado no comércio local e uma agência de crédito cooperativo.
Evidentemente, acredita-se que a classe política cerrocoraense precisa se fortalecer e cobrar mais das autoridades públicas, assim como os fatores econômicos também podem influenciar em decisões dessa natureza. O quadro mostra que a questão econômica, mesmo sendo uma variável importante, não é só o que conta, como é o caso da população de cada município.
Em alguns casos, Cerro Corá está em situação inferior a outros municípios beneficiados, em outros, assemelham-se, ou parte na frente.
.Comparativo de arrecadação
Município | Habitantes | ICMS (R$) | IPVA (R$) | Royalties (R$) |
Tangará | 14.175 | 1.083.155,95 | 100.502,36 | 38.703,49 |
Pedro Velho | 14.119 | 1.038.441,20 | 70.367,79 | 37.105,64 |
Lagoa Nova | 13.990 | 840.247,14 | 69.738,84 | 30.802.12 |
Jardim de Piranhas | 13.494 | 1.231.112,84 | 174.137,72 | 43.990,20 |
Pendências | 13.423 | 3.516.725,49 | 84.187,12 | 125.658,11 |
Upanema | 12.977 | 1.428.205,41 | 124.595,37 | 51.032,58 |
Ielmo Marinho | 12.073 | 755.228,60 | 34.743,31 | 26.985,92 |
Taipu | 11.836 | 1.085.914,62 | 49.155,06 | 38.802,12 |
Cerro Corá | 10.872 | 792.768,43 | 51.051,18 | 28.327,32 |
São Tomé | 10.868 | 900.416,21 | 38.611,96 | 32.174,00 |
Serra do Mel | 10.263 | 1.354.225,55 | 71.977,56 | 48.389,22 |
Luís Gomes | 9.612 | 688.428,45 | 155.906,80 | 24.599,01 |
Fonte – Seplan
Assinar:
Postagens (Atom)