|
Alcivan Gomes segue ensinamento de humildade da mãe dona "Neidá" |
Em seguida à ordenação episcopal em Caicó, "dom"
Alcivan Gomes, preside sua primeira
missa na condição de bispo, às 19
horas deste domingo (4), na Igreja de São João Batista. Dois padres
cerrocoraenses estarão presentes, Sandoval e Luís Carlos, com celebração do convidado bispo dom Francisco Agamenilton, de Rubiataba-Mozarlândia, em Goiás.
Já em entrevista exclusiva ao CERRO CORÁ NEWS, o novo bispo potiguar falou sobre a sua vocação religiosa e de seguir a Deus e Jesus Cristo. a influência que teve no seio familiar e os conselhos da mãe Alcioneide Gomes, dona "Neidá".
Como bispo auxiliar de João Pessoa, o senhor torna-se o
primeiro cerrocoraense a assumir um posto de vanguarda na hierarquia do clero
católico. Que expectativa o senhor guarda em relação a isso?
Sou consciente que o chamado ao episcopado é antes de tudo um
serviço, não é promoção como muitos pensam. então respondi sim ao chamado da
Igreja na pessoa do papa Francisco com o desejo de servir à Igreja de Jesus
Cristo que está na Paraíba. Todos nós devemos nos colocar em atitude de serviço
seja como fieis leigos, seja como membros da hierarquia.
A sua família já tem uma tradição, como e caso dos dois irmãos Salustino, um deles,
Talvaci, foi pároco de Cerro Corá nos anos 60, qual a relação de parentesco em
relação a eles? Os dois sacerdotes tiveram algum tipo de influência para que
também abraçasse a carreira clerical?
Na família Salustino temos sacerdotes, o padre Talvací é
primo legítimo da minha mãe. tendo em vista o pouco contato que tive com ambos,
praticamente não tiveram influência no meu processo vocacional.
Dona “Neidá”, sua mãe, é uma pessoa muito religiosa, ela
também teve algum tipo de influência? Em que período de sua vida, na infância
ou adolescência, aflorou realmente essa ideia de servir a Deus?
A minha mãe sempre me educou mostrando os valores da fé, e
certamente como uma mulher de fé também rezava pelas vocações sacerdotais e
religiosas, pois todo mês em nossa casa recebíamos a capelinha de Nossa Senhora
das Graças com o objetivo de rezar pelas vocações. E a minha vocação certamente
foi fruto dessa oração. Foi na infância que surgiu o desejo de ser padre quando
era coroinha, e admirava a figura de monsenhor Ônio Caldas de Amorim que por
mais de 20 anos foi pároco de Cerro Corá. a irmã Rocilda, religiosa Josefina,
foi a grande incentivadora do meu processo vocacional.
Como sua família reagiu a uma ascensão, vamos dizer assim,
tão meteórica no clero?
A minha família reagiu com serenidade, pois certamente
compreendeu que eu não estava sendo promovido a bispo, e sim assumindo uma
missão mais exigente no seio da Igreja. minha mãe foi taxativa quando lhe
comuniquei que havia sido nomeado bispo pelo papa Francisco: “Que esse título
não seja para seu envaidecimento e nem para a nossa família, seja simples como
São Francisco".
Ultimamente, a comunidade cerrocoraense tem visto muitos
filhos da terra optando pela vida eclesiástica. A que o senhor atribui essa
vertente dos cerrocoraenses?
Certamente é fruto da oração do povo de Deus que pede santas
vocações sacerdotais e religiosas.
Qual a sua expectativa para celebrar neste domingo (4), a
primeira missa em Cerro Corá como bispo da Igreja Católica?
Me sinto agraciado por Deus, pois os primeiros passos dados
como cristão foram na paróquia de São João Batista, e voltar como bispo é uma
forma de agradecer as orações dos meus conterrâneos e também rezar por todos.