quinta-feira, 25 de novembro de 2010

"Amado dos teclados" prepara 16º CD de uma carreira independente


Luiz Carlos Medeiros do Nascimento. Pelo nome do registro de nascimento, ocorrido em 1976, no Sitio Novo, na chã da Serra de Santana, ninguém conhece, Mas, “o amado dos teclados”, todo mundo conhece. Agora, ele parte para a gravação do seu 16º independente, depois de gravar o seu primeiro DVD no Sítio Riachão. No total são 25 CDs, incluindo as coletâneas e shows ao vivo. O blog entrevistou o artista, que mora em Natal desde 1993.  

 Como é que vc mesmo sentiu que tinha uma queda para ser artista?

Desde  criança  ouvindo artista como  Carlos Alexandre  e Amado Batista   nos vinis do meu irmão.

Mas, quando criança, você  já tocava ou arranhava alguma coisa, algum instrumento?

Meu primeiro contato com um instrumento musical foi  um violão,  que ganhei do meu irmão, eu tinha por volta de 15 anos.

E quando foi mesmo que você começou a gravar os seus discos, de forma independente? 

Em 2003.

São quantos discos de lá para cá, alcançou alguma boa vendagem, deu para tirar o custo?

Vem sendo legal, quanto ao custo, não me preocupo muito em calcular, pois  todas  as produções são minhas,  exceto quando canto ao vivo,  que às vezes são  terceiros que gravam os shows.

Agora você gravou seu primeiro dvd, qual foi a sensação disso, e como você vai oferecer ao público, boca a boca, na conversa pé de ouvido?

Foi legal,  teve uns   ajustes técnicos que ficou  a desejar, mais isso são coisas do  primeiro, quanto à venda, geralmente nos shows tem  pessoas que vendem pra mim.
 
Você veio morar em Natal no começo dos anos 90, antes de lançar o seu primeiro CD, em 2003, você sobrevivia profissionalmente de que?

Vim para natal  em 1993  e sempre trabalhei por conta própria,  por exemplo,  de camelê e feirante.

E agora, já dá para sobreviver da música?

Dá, eu  gosto de trabalhar com vendas por isso estou sempre  tentando reforçar  o orçamento.

Não é fácil sobreviver como artista no Brasil e, principalmente no Rio Grande do Norte, se não tem uma grande mídia por trás?

Verdade, mas temos que encarar  a coisa.

 As músicas que você interpreta, a maioria é de composições suas, onde você vai buscar inspiração?

Quase sempre é por acaso e aparece uma  pronta.

Aquela em que você fala que quer voltar pra casa de mãe, qual foi a sua inspiração?

Na verdade aquela não é de minha autoria,  quanto as músicas  que não são minhas, também canto porque  me tocam.

Mas, você tem composições suas, tem uma idéia de quantas?

Sabe, não parei pra contar ainda não, mas toco o que o povo gosta de ouvir.

A poesia de Zé Praxedi, o poeta vaqueiro que nasceu em Cerro Corá

DOIS GRANDES

Duas boas arturidade
Me truveram do Sertão.
A sigunda do País
E a prenmêra do baião.

O Luiz Lua Gonzaga,
Qui dus pampa ao Amazona,
Todo o meu Brasí se curva
Para uví sua sanfona.
Gonzaga, o cantô da terra
Dos matuto e boiadeiro,
O cantô dos tangirino,
Do caçadô, do vaqueiro!
O homem de quem se fala,
É o seu cantá qui imbala
O Nordeste brasileiro.

Apôs bem, esse cabôco
Tão festêjado e feliz!
Protégi o pobe nas ruas,
O vigáro na Matriz.
O Luiz Lua Gonzaga,
Trabáia pelo País.

Doutô João Café Filho,
A palavra desse home,
Tem o gosto da cumida
Quando a gente tá cum fome.

O maió dos Députado
Qui o Brasí já conheceu!
Inté o só ismoréci,
Café nunca ismoreceu!
Esse Café de que falo,
Num é café de São Paulo,
Em minha terra nasceu.

Apôs bem, doutô Café,
Tem um grande coração!
Trabainado como vive
Pru distino da Nação.
Inda tira um momentim
Pra se alembrá do Baião.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Centro Social Santa Zita: curso de formação de cozinheira

Em 1972, o então interventor Virgilio Tavares abre o curso de formação de cozinha no Centro Social Santa Zita: da esquerda para a direita - dona Maria do Carmos Costa, "Lilia", dona Elza Batista Pereira (já falecida), Elza Lira, filha de Joca Paze ainda dona Euza Leandro, Tinoca Julião (falecida agora, em 02 de julho de 2014), Maria do Carmo, filha de dona Lilia e do saudoso Lourival Bezerra da Costa.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Como Cerro Corá é mole? Uma comparação a outros municípios

O quadro comparativo ai embaixo pode responder, em parte, a preocupação do blogueiro djaildo com relação ao fato de os bancos oficiais ainda não terem despertado para a necessidade de instalação de uma agência bancária em Cerro Corá, embora o município venha sendo atendido por serviços dessa ordem através de um caixa eletrônico do Bradesco, no centro da cidade e na agência dos Correios, além do atendimento feito por uma casa lotérica e mais um posto avançado no comércio local e uma agência de crédito cooperativo.

Evidentemente, acredita-se que a classe política cerrocoraense precisa se fortalecer e cobrar mais das autoridades públicas, assim como os fatores econômicos também podem influenciar em decisões dessa natureza. O quadro mostra que a questão econômica, mesmo sendo uma variável importante, não é só o que conta, como é o caso da população de cada município. 

Em alguns casos, Cerro Corá está em situação inferior a outros municípios beneficiados, em outros, assemelham-se, ou parte na frente.
.

Comparativo de arrecadação

Município
Habitantes
ICMS (R$)
IPVA (R$)
Royalties (R$)
Tangará
14.175
1.083.155,95
100.502,36
38.703,49
Pedro Velho
14.119
1.038.441,20
70.367,79
37.105,64
Lagoa Nova
13.990
840.247,14
69.738,84
30.802.12
Jardim de Piranhas
13.494
1.231.112,84
174.137,72
43.990,20
Pendências
13.423
3.516.725,49
84.187,12
125.658,11
Upanema
12.977
1.428.205,41
124.595,37
51.032,58
Ielmo Marinho
12.073
755.228,60
34.743,31
26.985,92
Taipu
11.836
1.085.914,62
49.155,06
38.802,12
Cerro Corá
10.872
792.768,43
51.051,18
28.327,32
São Tomé
10.868
900.416,21
38.611,96
32.174,00
Serra do Mel
10.263
1.354.225,55
71.977,56
48.389,22
Luís Gomes
9.612
688.428,45
155.906,80
24.599,01

Fonte – Seplan

domingo, 21 de novembro de 2010

Cerro Corá é mole mesmo?

Cerro Corá é tão mole que em vários municípios pequenos existe pelo menos uma agência complementar do Banco do Brasil, menos em Cerro Corá, Otaviano Amantéa superintendente do banco que nesse final de semana em conversa com a governadora confirmou que a cidade vizinha Lagoa Nova ganhará sua agência do Banco do Brasil, já havíamos anunciado que São Tomé também ganharia sua agencia e Cerro Corá Otaviano?
Para se ter uma idéia nosso município precisa de uma agencia do Banco do Brasil, somente dispomos da Agência do Bancoob o resto são postos franqueados a lotérica,Correios e o Bradesco.
Fonte blog dj aildo

Essa indagação ai, fomos buscar no blog do djaildo, mas que quem pode responder é a classe política de Cerro Corá. Ademais, para saber da possibilidade de Cerro Corá vir a ter ou não uma agência bancária, que atenda a municipalidade em circunstancias melhores que as atuais, é preciso que se faça uma avaliação sobre a circulação de recursos financeiros no municipio.

Por exemplo, número de aposentados e pensionistas, número de servidores municipais e beneficiados com as bolsas do governo federal, como os comerciantes também podem contribuir para esse avanço, e claro, a força da classe política... porque muitos dos municipios que vão contar com o Banco do Brasil não estão em situação tão superior a de Cerro Corá, como são os casos de São Tomé, Ielmo Marinho...


Também tem que se levar em consideração a arrecadação municipal, em relação ao ICMS, Fundo de Participação, a Cide, imposto sobre combustíveis, etc...


P.S - Mais adiante, faremos um levantamento relacionado ao comparativo entre esse municipios, que pode, muito bem, embasar essa discussão.

Campanha eleitoral em 1976: caminhão servia de palanque

Outro ângulo do comício de abertura da campanha eleitoral de 1976, na antiga rua Vivaldo Pereira, atual Servulo Pereira: ao contrário dos padrões de hoje, os poucos recursos da época só permitiam aos candidatos realizar comícios em cima de caminhões. No detalhe, os autofalantes, num fusca vermelho de Zé Julião, era dirigido por "Branco de Manoel Mororó", que não cobrava nada por isso.  O fusquinha veio para Natal, com o seu dono, que só o vendeu em 1978.

Evilásio diz que transferência para Manjericão foi perseguição política


Vereador Evilásio  Bezerra (PPS) alega que transferência é retaliação
ao seu trabalho de cobrar melhoria no serviço municipal de saúde


Em seu primeiro ano de mandato como vereador, Evilásio Bezerra (PPS) tem se destacado por denunciar as mazelas que existem na área de saúde em Cerro Corá. Mas, ele diz que não faz “oposição pela oposição”, mesmo assim, considera-se perseguido politicamente, tanto que foi transferido, como servidor público municipal, para trabalhar no posto de saúde do Manjericão, onde começa a atuar nesta segunda-feira, dia 22. O blog www.cerrocoranews.blogspot.com o entrevistou pelo MSN sobre esse momento político no município.

Quando foi que o vereador recebeu a informação sobre sua transferência para o manjericão?

No final de setembro houve uma reunião na unidade mista Clotilde Santina com o prefeito e o secretário de Saúde e eu não estava presente, mas foi anunciado pelo prefeito, que eu não passaria mais 24 horas no hospital, que eu seria transferido da unidade, mas não falou para onde. Isso em meio a uma reunião com todos os funcionários.  Mas fiquei ainda todo o mês de outubro sendo informado por terceiros na rua e tirando meus plantões normais até o dia 27 de outubro.

Quando você recebeu oficialmente a notícia de sua transferência?

Só fui informado oficialmente neste último dia 17 deste mês, quando fui procurar saber da minha escala de serviço, que eu procurava saber todos os dias, mas a enfermeira chefe me falou que tinha recebido ordens para me retirar da escala de serviços, mas eu não sabia para onde ia.

Você falou sobre o caso no plenário da Câmara Municipal, como foi a reação dos seus pares?

Falei na tribuna da Câmara, mas hoje a situação comanda e ficou mais difícil pra nós da oposição trabalhar.

Como foi esse comunicado oficial sobre a sua transferência?

Foi baixada uma portaria me remanejando para tirar uma licença prêmio da  funcionária do posto que precisava há muito tempo desta licença e ninguém tinha dado esta condição de direito aquela funcionária

E quando até vai essa licença?

Até abril de 2011, só que a funcionaria reside na comunidade e é estranho, porque lá nunca houve, há mais de duas décadas, funcionário da cidade servindo naquele posto do sítio Manjericão.

Você acha que essa transferência seja uma retaliação devido à sua atuação na Câmara como opositor à gestão do prefeito Raimundo Marcelino Borges?

Estou convicto disso, tenho toda certeza, pois eu fui além de perseguido, fui desviado do meu lugar de origem para o qual fiz o concurso. E já dei entrada com ação judicial sim e estive no Conselho Regional de Enfermagem (Coren), em Natal, que está me instruindo como proceder.  Inclusive eu tenho requerimento pra se colocar uma geladeira ou consertar a que tem lá nesse posto que faz 1 ano e 8 meses que reclamo na Câmara e ainda não foi consertada. O problema é que tento exercer o verdadeiro papel de fiscal legítimo do povo.  Eu dentro dos meus direitos, estou resolvendo na justiça e enquanto a justiça não resolve, vou atender às ordens superiores da minha secretaria a qual sou lotado, até porque eu fiz um concurso em 2001, por área e eu optei na época pelo posto de saúde do povoado Albino o qual tive vários concorrentes a uma vaga e eu obtive sucesso sendo aprovado para trabalhar lá em 1º lugar no concurso e fiquei na minha vaga, só era uma vaga, então meu lugar de origem é o posto de saúde do povoado Albino e não do Manjericão.

Apesar disso tudo, você vai continuar exercendo o papel de vigilância na Câmara à falta de condições de trabalho na saúde municipal?

Na minha campanha, em 2008, meu slogan era “saúde e humanização”, então não posso deixar que a ignorância do Poder Executivo atrapalhe minha luta pela melhoria da saúde dos nossos munícipes, ainda hoje cobro a instalação de um gerador de energia para a unidade mista Clotilde Santina, onde, inclusive, já foram realizadas  várias  cirurgias nos corredores, para aproveitar a luz do dia, por falta de energia e não tinha um gerador para substituir a energia da Cosern quando falta.

Você faz uma oposição vigilante, mas também reconhece quando a administração municipal acerta em alguma coisa?

Com certeza, eu acompanho todas as obras que estalo sendo realizadas em nosso município, algumas deixadas pela gestão do ex-prefeito João Batista de Melo Filho e venho cobrando o compromisso de entregas das mesmas, e elogiando benfeitorias feitas pela atual gestão. Eu fui o único vereador que foi à Caixa Econômica, em Natal, cobrar a conclusão do estádio de futebol, também fui no Serten (Serviço Técnico de Engenharia) do Corpo de Bombeiros, em Caicó, pedir averiguação sobre a segurança do estádio para o nosso público de torcedores.

Você já soube que houve, na história política de Cerro Corá, de alguma transferência de servidor ou vereador, por estar fiscalizando a atuação dos gestores públicos?

Que eu saiba não, mas isso me deixa mais triste, pelo retrocesso e incapacidade de evoluir dos atuais gestores públicos.

sábado, 20 de novembro de 2010

Homenagem 1 - Doutor Ary Galvão


Um dos primeiros a atuar na maternidade Clotilde Santina,
 quando existia, em Cerro Corá  a antiga Fundação Sesp, 
atual Fundação Nacional de Saúde (Funasa)

Nasceu em Currais-Novos-RN no dia 8 de março de 1931. Filho de Otoniel Lopes de Vasconcelos Galvão e Ana de Vasconcelos Galvão. Nesta cidade fez seus estudos primários. 

Em 1942 veio para Natal como aluno interno no Colégio Marista, onde estudou as três primeiras séries do ginasial, tendo concluído este curso no Atheneu Norte-rio-grandense. 

Já em 1946 ingressou no colégio Salesiano de Recife-Pe, onde cursou o científico. e em 949 fez vestibular, sendo aprovado na Faculdade de Medicina do Recife, onde graduou-se em 1955. No inicio de 1956 foi trabalhar em Cerro Corá, como médico do SESP. Neste mesmo ano casou-se com Lucy Brito com quem teve dois filhos, Luciana e Ari Júnior.

Durante o tempo que permaneceu em Cerro-Corá organizou e dirigiu a Maternidade Clotilde Santina, da qual foi seu primeiro Diretor. Além de Ginecologia e Obstetrícia fazia também Cirurgia Geral. Foi o 1° médico a realizar uma cesariana naquela região.

Após quatro anos mudou-se para Currais-Novos, onde clinicou e dirigiu o Hospital Padre João Maria. Em 1966 veio morar em Natal exercendo varias atividades médicas.

Faleceu em Natal no Hospital Center no dia 12 de junho de 2005.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Alex Xavier, de saudosa memória

O saudoso Alex Xavier, filho de Manoel Mororó, aguardando uma consulta num posto de saúde em Natal, com a sua esposa Lourdinha e sua tia, dona Tinoca Julião, que sempre o apoiou, desde quando, em 1974 e quando ele tinha quatro anos de idade, perdeu sua mãe, dona Zulmira, em acidente de carro próximo a Maceió (AL), ocorrido em dezembro de 1974. A garotinha de branco e de perfil, é uma neta de dona Tinoca, filha de minha irmã.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Memória politica 7: outro flagrante da campanha eleitoral de 1976

Registro histórico da campanha para prefeito de Cerro Corá, em 1976. Mesmo em plena ditadura, a classe política local, na época, deu uma demonstração de civilidade e de democracia. Na ocasião, João Batista de Melo Filho venceu a sua primeira eleição, das quatro que disputou no município, batendo o amigo José Julião Neto por uma diferença de pouco mais de 100 votos. O detalhe é para o casario da época, sem nenhum sobrado que hoje tomou conta da rua Servulo Pereira, que então se chamava Vivaldo Pereira.

Autorização para a lavra de xilita em Bodó também ocorreu em 1944

Bodó tambem foi alvo da visão empresarial de Sérvulo Pereira de Araújo

Pioneirismo do minerador Servulo Pereira - Malhada Limpa, em 1944


Uma das primeiras outorgas dadas a Servulo Pereira para a exploração mineral no RN


O pioneirismo do minerador Sérvulo Pereira de Araújo, lavra de ouro em Currais Novos

Documento histórico sobre os primordios da mineração em Currais Novos