terça-feira, 21 de dezembro de 2010

O saudoso Gelon Julião

Ainda deve ser costume no interior, realizar-se velórios em casa: aqui, a última homenagem dos netos e um de seus filhos, João, o mais alto de cabeça baixa, ao saudoso Gelon Julião, mais carinhosamente chamado de "Tio Gelon" pelos sobrinhos e parentes afins. Por muitos anos, residiu na fazenda São Boa Ventura, em São Tomé, onde sempre recebeu os amigos e parentes de Cerro Corá em algumas tardes para se comer queijo quente tirado do "tacho".  Gelon Julião faleceu em Cerro Corá, onde passou a residir, numa casa vizinha à residência de uma das filhas, Margarida, hoje viúva de João Batista de Melo, pai do ex-prefeito Joãozinho.

domingo, 19 de dezembro de 2010

Inauguração do açude Pinga

Inauguração do açude do Pinga, construído entre 1982 e 1983, e que hoje abastece de água a cidade de Cerro Corá. No discurso, o coronel Iaco, então comandante do 1º Batalhão de Engenharia e Construção, sediado em Caicó. 

Poeta "Zé Saldanha" chora a morte do repentista "Zé Milanez"

José Milanez – o poeta assassinado
pela mão negra do destino


A mão negra do destino
O monstro da luz opaca
Traçou um sinistro crime
O plano da gente fraca,
Sem permitir a defesa
Como infernal jararaca

Matou José Milanez
Nosso poeta benquisto;
Que foi homicidiado
Pelo destino imprevisto,
Que matou como mataram
Os santos apóstolos de Cristo

Monstro tirano sem riso
Desonesto e mascarado
Desumano e malfeitor
Cego, inculto e mesclado,
Invejoso e mal conduta
Maligno, insulto e malvado

Um portador da vileza
Da mentira e da maldade;
Da ambição, da inveja
Do ódio e da falsidade,
Fingido, sem coração
Sem alma e sem piedade

Um aborto desperdiçado
Dos símbolos da incerteza;
Excremento dos micróbios
Putrefato da impureza,
Amigo do opaquismo
Um vulto da natureza

Um verdadeiro prostíbulo
Escombro da negligência;
A vermífica bactéria
Da putrifa má essência,
Protozoário das chagas
Larápio da consciência

Imundo, cheio de faltas
Predisposto para o mal;
Subiste o teu alto cúmulo
Do teu íntimo pessoal,
Representaste os valores
Do teu intelectual

Mataste o nosso poeta
Sem permitir-lhe as defesas;
Tua alma, tinta de sangue
Tem sangue nas tuas presas,
Tuas mãos enodoadas
Mostrando as tuas vilezas

Mataste o nosso poeta
Famoso e especial;
O seu nome é conhecido
Pelo Brasil em geral,
Catorze anos à frente
Do sindicato rural

Amigo, calmo e risonho
Voz harmoniosa e mansa;
Muito alegre e maneiroso
Cheio de perseverança,
A quatro mil sócios rurais
Dava amor e confiança

Resolvia as questões deles
Perante a autoridade;
Levava aos hospitais
Havendo necessidade
Os trabalhadores tinham-lhe
A mais finíssima amizade

Quatro mil sindicalistas
Choram pelo presidente;
Tristonhos e cabisbaixos
Derramando um pranto quente,
Não sei o que é que reina
No peito daquela gente

A família do poeta
Se conserva comportada;
Família de bom estudo
Tornou-se resignada,
Suportando as tristezas
Mas sem blasfemarem nada

Ao poeta Macedo
No estado de Goiás;
Mando minhas condolências
De modos sentimentais,
Você aí sente muito
Aqui o pranto é demais...

As condolências poéticas
Que chegam do Paraná;
De Brasília e da Bahia
Do Maranhão, do Pará,
Pernambuco e Paraíba
Piauí e Ceará

As rádios clamam chorosas
O jornal transmite tristonho;
Uns dizem que é mentira
Parece até ser um sonho,
Deixou nosso Rio Grande
Num pesadelo medonho

O fantasma de calçola
Bruxo da iniquidade;
Que assassinou Milanez
Com tanta perversidade,
Teu crime tem que pesar
Na lei de penalidade

A justiça justifica
Todo crime que acontece;
Examina com cuidado
A pena que o crime oferece,
Na mão plena da justiça
Quem tiver crime padece

O poeta é um passarinho
Que por Deus é instruído;
Quem mata um poeta é
Um monstro despercebido,
Mata um poeta e deixa
Mais de um milhão ferido...

O nome de um criminoso
O mundo sempre aborrece;
O poeta mesmo morto
O seu nome ainda cresce,
É certo: o poeta morre
Mas o seu nome permanece


 P.S - O poeta "Zé Milanez", cerrocoraense, foi assassinado em meados dos anos 80, no século passado, na cidade de Currais Novos, onde presidia o Sindicato dos Trabalhadores Rurais.


sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Cerro Corá na mídia II

Essa página saiu na edição de nº 35, da revista segmentada em turismo, cultura e economia - "Natal Pra Você - que circulou nos meses de outubro, novembro e dezembro de 2007. Os editores são os jornalistas Antonio Roberto Rocha e Luís Antonio Felipe

Cerro Corá na mídia I

Essa pequena matéria saiu na "Tribuna do Norte" em 2007 ou 2008, salvo engano, às vésperas do então prefeito João Batista de Melo Filho, o "Joãozinho", concluir o quarto mandato como admnistrador de Cerro Corá.

A transação do imóvel, hoje dividido entre uma agência da Cooperativa de Crédido do Seridó (CoopSeridó) e o mercado público de carnes, na esquina da rua Sérvulo Pereira com a Travessa João Canário, no centro da cidade, acabou não se concretizando.

Em outra parte do antigo clube, funciona a Associação dos Servidores Públicos do Município de Cerro Corá (Arsec).

De novo mesmo para o lazer dos cerrocoraenses, só a construção de um terminal turístico no bairro Seridó, à margem esquerda da estrada que liga a BR-226 à cidade, já numa área limitrofe à comunidade de Várzea dos Félix.

A obra está sendo construída com recursos federais, a ser concluída na gestão do atual prefeito Raimundo Marcelino Borges, o "Novinho".

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Risco de dengue em Cerro Corá ainda é baixo, diz a Sesap

O Boletim Epidemiológico da Dengue divulgado pela Secretaria Estadual de Saúde Pública, aponta que o risco da doença em Cerro Corá é satisfatório e que a índice de infestação predial é baixo, fica na casa de 2,40 %. Segundo a Subcoordenadoria de Vigilância Sanitária, o índice de infestação por 100 mil habitantes também é baixo - 53,46%. De acordo com os dados da Sesap, até agora, só houve seis casos da dengue, a febre transmitida pelo mosquito aedes aegepty, ocorridos em junho deste ano.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Eugenio Pereira fala sobre homenagem a ex-professores

Neste fim de semana de 11 de dezembro de 2010 foi comemorado o aniversário de emancipação de Cerro Corá, nossa simpática cidadezinha que se equilibra numa das corcovas da serra de Sant’Ana. Na ocasião compareci a uma confraternização que me deixou emocionado: o encontro de ex-alunos e alunas com as suas ex professoras do antigo Grupo Escolar Querubina Silveira.

No mesmo fim de semana que as televisões abriam espaço privilegiado para a bárbara agressão de um aluno a uma professora e o assassinato de outro professor, esfaqueado por um discípulo descontente, não deixa de ser salutar que aquelas pessoas estivessem reunidas para lembrar e agradecer ex-professoras. E a homenagem não foi apenas para quem ensinou as primeiras letras e números, os antigos servidores também estavam lá, todos agraciados com plaquinhas e medalhas, numa homenagem simples, despojada de artificialismo, mas carregada de muita emoção.

O Grupo Escolar não existe mais, foi transformado em Escola. A própria cidade também se transformou, multiplicando seus habitantes e também seus problemas. Não saberia dizer se a geração atual de alunos da Escola Querubina Silveira vai homenagear seus mestres daqui a 40 anos. Gostaria imensamente que houvesse motivos para isso. Não essas homenagens burocráticas, mas feita como celebração de uma passagem, de uma (con)vivência. Sem essa memória, onde a gente se re-descobre e se re-inventa não existe passado, o presente é vazio e o futuro uma enorme interrogação. Perdem-se as amarras, as âncoras que nos fundeiam, as raízes que nos alimentam.

É essa história que se faz importante buscar. A história de cada um, de cada época, que quando juntas, numa espécie de caleidoscópio, dá a visão mais completa da nossa história. Cerro Corá precisa disso urgentemente. Pessoas que se disponham a por a mão na massa pra relembrar a memória daquelas pedras.

Ex-alunos do G.E Querubina Silveira homenageiam professores

Professoras e funcionários homenageados, inclusive aquelas in memorian, por iniciativa de alguns de seus alunos, pelo que tanto fizeram por muitos profissionais que estão hoje no mercado de trabalho. Uma iniciativa que começou a ser esboçada há uns cinco ou seis anos, por Marleide Galvão e Rosinha "Cãndido" Oliveira. Os  homenageados ou parentes daquelas que já se foram, receberam uma placa comemorativa de agradecimento por tudo o que fizeram pelos alunos do antigo Grupo Escolar Querubina Silveira, que depois foi transformado em escola estadual.  Marleide Galvão atuou no cerimonial, relembrando os velhos tempos do Grêmio Presidente Kennedy (GPK). A foto é de Eugenio Pereira Soares, que compareceu ao evento ao lado de sua irmã Maria Eleonora Pereira Soares, filha da saudosa diretora Maria Zilma Pereira. Outros ex-alunos presentes, como os irmãos Rodivan, Vanda e Neide Barros, entre outros...

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

PIB de Cerro Corá cresce 58,62% entre os anos de 2003 e 2008

o levantamento sobre as contas regionais que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) divulgou recentemente, o Produto Interno Bruto (PIB) de Cerro Corá em 2008 foi de R$ 42,079 milhões, o que dava um PIB per capita de 3.754,73, que é o valor total da riqueza produzida no município, dividido pelo número estimado de habitantes na época.

Em 2003, os dados do IBGE mostravam que o PIB de Cerro Corá foi de R$ 25,954 milhões e o per capita ficou em R$ 2.367,00. Portanto, houve um crescimento do PIB per capita dos cerrocoraenses de 58,62%.

Dai, o fato de que Bodó, por ter uma população inferior a de Cerro Corá, aparecer nos dados do IBGE  com um PIB per capita de R$ 4.971,71, embora o PIB total tenha sido de apenas R$ 12,981 milhões no ano de 2008.

Outro município de influência na chã da Serra de Santana, a riqueza total gerada em Lagoa Nova em 2008 a R$ 46,472 milhões, e embora superior a Cerro Corá, o PIB per capita ficou abaixo - R$ 3.423,64 -, porque também tem uma população superior a Cerro Corá.

Em São Tomé, segundo o IBGE, o PIB em 2008 foi de R$ 38,883 milhões para um per capita de R$ 3.397.36.

Em outro município com quem os cerrocoraenses mantém afinidade - Santana do Matos -, o PIB daquele ano foi de R$ 54,468 milhões e o per capita chegou a R$ 3.707,82.
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Reabertura do quiosque do Iromar

O flagrante foi em maio de 2010, na reinauguração do quiosque do Iromar, ao lado da praça Tomas Pereira de Araújo: a turma da antiga rua do matadouro e de da ponte - Ailton, Canindé Ferreira, carinhosamente chamado de "Shao lin"; Bastinho, o rei do "míudo de boi" no mercado público, além de Jãozinho Pintor, fillho do saudoso Zé dos Reis e ainda João Maria.