quinta-feira, 7 de dezembro de 2023

Idema esclarece população sobre Unidade de Conservação Araras

Refúgio de Vida Silvestre Serra das Araras compreende mais de 12 mil hectares no Bioma Caatinga, na região do Seridó

Cerroraenses conhecem projeto sobre Refúgio de Vida Silvestre (foto - divulgação)

Cidadãos dos municípios de Cerro Corá e Currais Novos, na Região Seridó, receberam a equipe do Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do Rio Grande do Norte (Idema) para a realização de audiências públicas sobre a proposta de criação do Refúgio de Vida Silvestre Serra das Araras. A UC faz parte do grupo de Proteção Integral, e possui uma área de 12.356,31 ha.

A primeira discussão ocorre na terça-feira (5), no Centro de Convivência de Idosos de Cerro Corá, com a participação de moradores da região, representantes da Prefeitura Municipal, Ministério Público do RN, Secretaria do Estado do Turismo, Geoparque Seridó, entre outras entidades. A Unidade de Conservação foi apresentada pelo supervisor do Núcleo de Gestão de Unidades de Conservação do Idema, Ilton Soares, e logo após foi aberta uma sessão de perguntas e respostas. A audiência foi presidida pelo coordenador da Câmara de Compensação Ambiental do órgão, Itan Cunha.

Na oportunidade, o supervisor do NUC, Ilton Soares, apresentou o projeto para os presentes, ressaltou a importância da preservação da área, mostrando dados sobre a biodiversidade e abriu espaço para esclarecimento de dúvidas e contribuições sobre a implantação e gestão da UC. Entre as demandas levantadas pelo público, estiveram questões territoriais, presença de assentamentos, caça predatória, estruturação do Plano de Manejo e educação ambiental.

“Essa área é uma das mais preservadas que existem no RN, e estamos intensificando as medidas para conservação com a criação do Refúgio. A criação de uma Unidade de Conservação é um processo coletivo, por isso, a importância de debater e ouvir a população”, disse.

A diretora do Geoparque Seridó, Janaína Medeiros, que atua no local há 13 anos, disse que esse é mais um importante passo no cenário da Conservação do Rio Grande do Norte. “A criação do REVIS fortalecerá o desenvolvimento sustentável e a sensibilização ambiental na região. Os refúgios de vida silvestre fornecem ambientes protegidos onde as espécies selvagens podem viver e reproduzir-se sem as pressões de atividades humanas como a caça, o desmatamento e a presença de atividades econômicas não compatíveis com a conservação. Isso tudo é um processo, e a educação ambiental é a base para que possamos avançar”, relatou.

O Refúgio é uma Unidade de Conservação da Natureza que está sendo criada na Região do Seridó Potiguar, nos municípios de São Tomé, Cerro Corá e Currais Novos. A região apresenta um conjunto de serras, onde se encontra a Serra das Araras, Serra de São João e Serra da Boaventura. No local existem espécies de aves raras, como a arara-maracanã e o papagaio-verdadeiro.

Atualmente, o local abriga 126 espécies de plantas, 232 espécies de aves, 9 espécies de mamíferos, 6 espécies de morcegos, 16 espécies entre anfíbios e répteis e 18 espécies de peixes. A UC tem o objetivo de proteger os remanescentes do Bioma Caatinga, suas belezas naturais, e garantir a sobrevivência de espécies da fauna e da flora locais, residentes ou migratórias.

Na oportunidade, a coordenadora do Núcleo de Apoio à Gestão Ambiental dos Municípios (Nagam/Idema), Hortência Carvalho, falou sobre o trabalho do órgão junto aos municípios potiguares, auxiliando no fortalecimento dos instrumentos de planejamento da gestão ambiental.

Representando o Idema nas duas audiências públicas, também estiveram presentes membros dos setores Jurídico, Núcleo de Energias, Núcleo de Apoio à Gestão Ambiental dos Municípios (Nagam), Núcleo Florestal e Núcleo de Gestão de Unidades de Conservação (NUC).

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