Jornalista freelancer
Setembro está terminando. Mas há 40 anos, numa tarde de domingo de sol, dia 2, fui uma testemunha ocular da história, parafraseando o slogan do famoso "Repórter Esso" da Rádio Nacional do Rio de Janeiro, nas décadas de 40 e 50.
Um anos antes, ele já havia encerrado a carreira profissional numa despedida no principal palco, o Maracanã, vestindo a camisa da Seleção Brasileira. Mas, nessa data acalentei um sonho de infância, de assistir Manoel Francisco dos Santos, o “Garrincha”, atuou um tempo pela seleção da Liga Amadora de Currais Novos, Região do Seridó, a LAC. O adversário: Centenário de Parelhas. Resultado: 2 a 1 para o selecionado local.
Os gols foram marcados pelo atacante Nabor, o “Diabo Loiro”, primo do basquetebolista Oscar Schmidt, Canteiro descontou para o time azul e branco da vizinha cidade. No intervalo ele deu lugar ao titular Fernando.
Na única arquibancada, do lado da sombra, do Estádio Coronel José Bezerra, estive ao lado do meu papai, José Julião Neto, e do mano, Valdir. Anos depois, no começo dos anos 2000, conversei com outro torcedor sobre a partida, o delegado parelhense Matias Laurentino dos Santos Filho.
Em Currais Novos, “Garrincha” ficou hospedado no Hotel Tungstenio (Centro), fundado pelo desembargador Tomaz Salustino de Araújo. Chegara pela manhã. Havia participado de evento semelhante na cidade paraibana de Patos.
O time amarelo e azul de Currais Novos formou com Castilho, Lucemario, Ivo, Imagem, França, Cia, Geraldinho, Oliveira, Garrincha (Fernando), Nabor e Dota.
O Centenário: Doda, Moacir, Mima, Barrá, Cofinha, Vando, Canteiro, Dué, Evilásio e Weber.
Esta foi a terceira vinda de Garrincha ao Rio Grande do Norte. Em fevereiro, dias 4 e 9, em 1968 e 1969, respectivamente, esteve em Natal.
Primeiro na derrota do Alecrim para o Sport Recife (0 a 1), com gol de Duda, alagoano que depois atuou pelo Vitoria de Setúbal (Portugal), Sevilha (Espanha) e Futebol Clube do Porto (Portugal).
Depois na vitória do Flamengo sobre o ABC: 1 a 2. Um gol de Garrincha, um de Dionísio, de contando Beto para o alvinegro da capital potiguar. As duas partidas aconteceram no antigo Estadio Juvenal Lamartine, da avenida Hermes da Fonseca, no irol.
Um comentário:
Na verdade a despedida de Garrincha aconteceu em dezembro de 1973, portanto no mesmo ano da ida a Currais Novos. Ele faleceu, eh o que queria informar no texto, dez anos depois, em janeiro de 1983, portanto ha 30 anos (Vanilson).
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