Em Cerro Corá, existe uma mania de se tirar a originalidade das coisas, trocar nomes, coisas, sem a mínima preocupação de consultar o povo, as pessoas. Por exemplo, nos anos 80, claro, não devemos deixar de ilustrar a importância do homenageado para o país, mas para que trocar a originalidade de "Casa Velha" para Tancredo Neves, deixando de lado a toponímia e a cultura local? Ao invés de trocar o nome da comunidade, porque não denominar uma escola ao grande político mineiro.
No Rio Grande do Norte, tivemos muitos exemplos disso, de cidades que voltaram a ter o seu nome original, colocado pelo povo, pelos costumes populares, dentro de um contexto local. Um exemplo típico foi Parnamirim, que se chamava Eduardo Gomes, um não menos ilustre politico brasileiro, que merecia outra homenagem, mas nunca se trocando o nome original da vizinha cidade, a terceira maior do Estado, atrás de Natal e Mossoró.
Por essa razão, até cultural, nunca deixei e nunca podemos deixar de chamar o bairro na saída para Angicos, São Tomé e Bodó de "Casa Velha", de Belmira Viana, Mané Bazu e Chico Socó, todos de saudosa memória.
Depois inventaram um tal de "largo da prefeitura", outra vez falaram em mudar o nome de estádio Othon Osório... Nomes de ruas foram trocados, mas não esqueçamos, jamais, que o começo da antiga rua Tristão de Barros, é "na curva de Arian..." e que dividia "as ruas de baixo e de cima..." Por quê não conservar as nossas origens, a nossa história, como fizeram com o Povoado Albino, preservando o nome de uma família tradicional, como é a do saudoso José Albino, falecido recentemente aos 97 anos, como único vereador remanescente da primeira legislatura em Cerro Corá (José Valdir Julião).
P.S: Toponímia é a divisão da onomástica que estuda os topónimos, ou seja, nomes próprios de lugares, da sua origem e evolução; é considerada uma parte da linguística, com fortes ligações com a história, arqueologia e a geografia.
P.S: Toponímia é a divisão da onomástica que estuda os topónimos, ou seja, nomes próprios de lugares, da sua origem e evolução; é considerada uma parte da linguística, com fortes ligações com a história, arqueologia e a geografia.
4 comentários:
AMIGO JULIÃO, CASA VELHA ERA UM NOME DADO A UM SÍTIO PRÓXIMO DA CIDADE, ENTRE O ARISCO E ONDE HOJE É O CENTRO DA CIDADE, MAS NO DECORRER DO TEMPO NOSSA CIDADE FOI CRESCENDO E ALI ONDE É PARTE DE CASA VELHA, TORNOU-SE BASTANTE HABITADO E FOI DENOMINADO DE BAIRRO DA UNIÃO QUE MAIS TARDE POR FORÇA DE LEI FOI DENOMINADO DE TANCREDO NEVES. MAS AOS ARREDORES DO BAIRRO AINDA É CHAMADO DE SÍTIO CASA VELHA QUE LOCALIZA-SE ENTRE O ARISCO E O BAIRRO TANCREDO NEVES.
CERTAMENTE, MEU CARO ADEVALDO, MUITO PERTINENTE AS SUAS CONSIDERAÇÕES, QUE SÓ VEM A REFORÇAR O ARTIGO AI EXPOSTO. SE CASA VELHA ESTAVA NO IMAGINÁRIO POPULAR, ATÉ O CASARIO MAIS PRÓXIMO DA PONTE, PORQUE NÃO CONSERVAR O ANTIGO NOME DE BAIRRO DA UNIÃO...
ALEM DISSO, MUITO OBRIGADO PELA LEITURA ATENTA, COMO TAMBÉM A DE TODOS OS CONTERRÂNEOS...
CARO VALDIR, AINDA NÃO ME ACOSTUMEI COM O NOME TROCADO DE CASA VELHA PARA TANCREDO NEVES, QUANDO ME REFIRO AO BAIRRO, SÓ CHAMO DE CASA VELHA. SE ERA PARA TROCAR O NOME, COLOCASSE O NOME DE UMA PESSOA ILUSTRE DE CERRO CORÁ. NÃO DESMERECENDO O NOME DO ILUSTRE POLÍTICO BRASILEIRO TANCREDO NEVES, MAS DANDO DESTAQUE A ALGUÉM QUE FEZ HISTÓRIA NA CIDADE.
CARISSIMO RODIVAN, SUA PREOCUPAÇÃO TAMBÉM DEVE SER A DE TODOS OS CERROCORAENSES...
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