O geólogo cerrocoraense Francisco Valdir Silveira voltou a debater no Congresso Nacional, como chefe do Departamento de Recursos Minerais da Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais e Serviço Geológico do Brasil (CPRM),a importância e a necessidade "de formação de novos técnicos para a área de pesquisa em minérios terras raras no Brasil. Além de Silveira, esteve no Senado Federal o representante das Indústrias Nucleares do Brasil – INB, Alair Veras, discorreu sobre o emprego de terras raras nos programas de energia nuclear brasileiro.
“Os elementos terras raras são de extrema importância, pois eles são a portabilidade para o futuro, em face da sua aplicabilidade em diversas tecnologias de ponta, com aplicações muito expressivas na indústria metalúrgica, de telas planas, de supercondutores, super-imãs, fibras óticas, energia nuclear, computadores, iPads, dentre outros”, afirmou também o secretário de Geologia, Mineração e Transformação Mineral do Ministério de Minas e Energia, Claudio Scliar, em audiência pública, realizada na quarta-feira (25), na Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática (CCT) do Senado Federal.
Segundo o secretário, os minerais terras raras têm uma importância estratégica para o País, enfatizando que “o Brasil dispõe de reservas conhecidas de terras raras, distribuídas em grande parte do território nacional e que o País possui um cenário geológico muito promissor para descoberta de novos jazimentos. Entretanto, o problema que temos a enfrentar é voltado principalmente ao emprego de tecnologias para o processamento e a transformação desse bem mineral”.
De acordo com Scliar, os principais desafios identificados no Plano são: dar continuidade aos mapeamentos geológicos e ampliar a agregação de valor aos minérios extraídos.Scliar explicou ainda que em 2010 foi criado um grupo de trabalho entre o MME e o Ministério de Ciência, Tecnologia e Informação com a finalidade de elaborar propostas de integração, coordenação e aprimoramento das políticas, diretrizes e ações voltadas para minerais estratégicos, que incluem terras raras.
Na audiência, o empresário João Carlos Cavalcanti informou que atualmente, a China responde por 97% da produção de minérios de terras raras. O empresário afirmou ainda ter encontrado, na Bahia, ambiente geológico similar ao de uma grande mina de terras raras localizada na China. Cavalcanti recomendou ao governo o fortalecimento da pesquisa mineral, especialmente no que se refere às terras raras.
O diretor do Centro de Tecnologia Mineral do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação, Fernando Lins, afirmou que o Brasil tem potencial para “voltar a ser um ator importante” na pesquisa e produção de terras raras. A Comissão foi presidida pelo senador Eduardo Braga (PMDB-AM) e contou com a participação dos senadores Gim Argello (PTB-DF), Aníbal Diniz (PT-AC) e Valdir Raupp (PMDB/RO).
Fonte - Ascom/MME