domingo, 5 de julho de 2020

"Novinho" faz apelo político e de amizade ao presidente da Câmara Municipal


O ex-prefeito Raimundo Marcelino Borges admitiu na “live” do Facebook que erros técnicos e contábeis são as razões para a desaprovação de suas contas no Tribunal de Contas do Estado (TCE), mas ele acredita que, politicamente, e em função de amizades com vereadores, inclusive dois ex-aliados políticos, possam ser que as contas sejam aprovadas na Câmara Municipal.


“Confio muito no presidente da Câmara, apesar de que estamos distanciados politicamente, mas a nossa amizade ainda permanece”, declarou “Novinho”, em relação ao vereador Rodolfo Guedes (Republicanos): “O presidente da Câmara sempre foi uma pessoa aqui de casa, a candidatura à presidência da Câmara nasceu aqui dentro de casa, ele sabe disso”.


“Novinho” ainda reitirou: “Na época em que fui prefeito sempre fomos amigos, sempre esteve aqui em casa e ainda continua a nossa amizade. Acredito que jamais ele vai me penalizar a uma pessoa que sempre fez o bem a ele”.

Boato de rua indica troca de cargos para influenciar voto, insinua ex-prefeito


Com a possibilidade da Câmara Municipal de aprovar ou reprovar três contas anuais de sua primeira gestão – 2009, 2011 e 2012, que já contam com pareceres desfavoráveis do Tribunal de Contas do Estado (TCE), o ex-prefeito Raimundo Marcelino Borges alertou, em “live” no Facebook, para o fato de que algum vereador esteja politicamente comprometido com a administração municipal em troca de cargos no Executivo, “porque sei que em boatos de rua, sabemos que se conversam demais”.

“Eu pelo menos não acredito, mas dizem que tem vereador, que vai indicar cargos comissionados para reprovar essas contas”, insinuou o ex-prefeito, que continuou: “Não sei se isso é verdade, são boatos de rua, mas eu acredito no bom senso desses vereadores, qual é o ato de improbidade, qual foi o prejuízo que eu dei ao município, simplesmente porque o Tribunal está dizendo que o contador errou e ele diz que o Tribunal errou, mas não diz que devolva recursos, qual é o prejuízo que o município teve?”

Caso não concorra às eleições, "Novinho" já aponta prováveis substitutos

Ex-prefeito "Novinho" (e) cita vereador Felipe Silva (PSDB),  no centro, e o filho Cleidiano Borges como um dos prováveis substitutos a concorrer a cargo majoritário nas eleições de 15 de novembro deste ano (foto de reprodução do Facebook)
Diante da possibilidade da Câmara Municipal de Cerro Corá confirmar pareceres prévios do Tribunal de Contas do Estado (TCE) sobre reprovações de suas contas - a de 2009 será julgada no dia 17, o ex-prefeito Raimundo Marcelino Borges já acena com outros nomes para substitui-lo, caso não consiga registrar eventual candidatura ao cargo majoritário nas eleições municipais, que agora estão programadas para 15 de novembro deste ano. “Nós temos nomes com capacidade para conduzir o município com honestidade e seriedade pra que o município volte a crescer e desenvolver como antes”, disse ele.

Em “live” no Facebook veiculada na tarde do sábado (4) e que gerou 340 “curtidas”, 44 compartilhamentos e 927 comentários até este domingo (6), o ex-prefeito “Novinho”, como ele é mais conhecido entre a população cerrocoraense, citou, em caso de não poder disputar a eleição, que poderá apoiar o filho Cleidiano Borges ou a esposa, Ivonete Silva, que foram seus auxiliares nas pastas das Finanças e da Saúde, ou mesmo os vereadores Valderi Borges, que já presidiu a Câmara Municipal, Felipe Silva e Charles Albuquerque, todos filiados ao PSDB ou mesmo o vereador Emanuel Gomes, do PP, que é cotado para ser seu companheiro de chapa nas eleições de 2020.

Mas, o ex-prefeito de Cerro Corá confia que a Câmara Municipal não vai aprovar as suas contas, desde que não tem nenhuma denúncia de improbidade administrativa, em virtude de execução de licitação fraudulenta, desvio de recursos ou reprovação de convênios. “Não tenho dúvidas que os vereadores vão aprovar sim”, afirmou, na ocasião da “live” pela rede social na internet, onde adiantou: “Não sei o que vai acontecer, mas tem de ir à Justiça também”.