segunda-feira, 3 de junho de 2019

Falece Manoel Santana, que fez "escola" de padeiros em Cerro Corá

Manoel Santana falecido hoje,  aos 93 anos, faz parte da história de Cerro Corá como um grande profissional na área de panificação e fez uma geração de padeiros em Cerro Corá. O blog faz uma justa homenagem a ele, pessoalmente, ainda menino, o conheci como padeiro chefe da Padaria de Ze Julião,  meu pai, que a havia comprado fiado, por deferência do seu amigo Oliveira, o qual estava de malas prontas para migrar à Fortaleza (CE), onde terminou de criar a sua família e viveu até a sua morte. Começo dos anos, quando Zé Julião fechou o negócio, pago em três meses, numa época em que palavra dada valia mais que três cheques pré-datados. Não lembro ao certo, mas Manoel Santana já era padeiro de Oliveira, continuou com Zé Julião e em 1973, quando a padaria foi vendida a João Bezerra Galvão, hoje gerenciada pelo filho João Alfredo Galvão -, ManoelSantana continuou no ofício até se aposentar, lide que repassou para o filho, João, já falecido. Menino, às vezes descia os batentes da Padaria desde o balcão, onde vez ou outra ajudava a vender pão francês, pão seda, pão Recife, pão doce, de coco ou carteira, além da rosca da Semana Santa, pra embalar sacos de um quilo de bolacha regalia, comum ou Copa do Mundo, também chamada de sete capas, tudo feito com zelo, destreza e receita que só Manoel Santana era exímio artesão. Também tinha o horário de saída do pão francês ou carteira de duas bandas, quentinho, com manteiga Itacolomy. Fora isso, Manoel Santana ainda tinha paciência de suportar aqueles dois meninos gêmeos, que vez ou outra, apareciam à tarde, curiosos, atrás de conversas e de saber como faziam a fornagem à lenha. Vá em paz Manoel Santana. (Valdir Julião).


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