A primeira sessão ordinária da Câmara Municipal de Cerro Corá, na noite desta sexta-feira (22) foi de golpes e contragolpes, em virtude da tentativa do presidente da Casa, vereador Everaldo Araújo (DEM), de se eleger pra mais um mandato à frente de sua mesa diretora, agora com o apoio do prefeito Raimundo Marcelino Borges, o "Novinho" e contra o qual havia se desentendido na eleição anterior da mesa, contribuindo para implodir a candidatura da vereadora Maria das Graças de Oliveira (PMN) à presidência da Câmara, mesmo tendo o apoio do prefeito.
Eleito presidente da Câmara a partir de uma aliança política feita entre dois vereadores da bancada da situação e os três da bancada oposicionista para o biênio 2013/2014, o vereador Everaldo Araújo (DEM) costurou sua reeleição em detrimento da eleição do seu companheiro de bancada, o vereador Francisco Aldo Maciel, o "Aldin", que havia garantindo a presidência para ele com os votos dos oposicionistas Evilásio Bezerra (PPS), José Erivanaldo Albuquerque (PTB), o "Erinho" e ainda José Araújo, o "Zeca do PT".
Os vereadores da oposição e mais Aldin, estavam na Cãmara, na praça Tomaz Pereira de Araújo, desde às 18:30, esperando que o presidente Everaldo Araújo abrisse a sessão e colocasse em pauta a votação, conforme tinha sido acordado. Em razão do presidente ter se colocado como candidato, a oposição e "Aldin" contragolpearam, formando uma chapa tendo a vereadora Graça Medeiros como cabeça de chapa.
Como numa luta de boxe, o presidente Everaldo Araújo "sentiu o golpe" e tentou reverter a situação favorável aos antigos aliados, chamando para ser candidato a presidente o sobrinho do prefeito, o vereador Valderi Borges (DEM), o "Valdinho".
Ocorre que "Valdinho" não contaria com o voto da vereadora Graça Oliveira e nem ele o desta. Criado o impasse, o presidente da Câmara suspendeu a eleição e nem estabeleceu outra data para a sua realização.
Já o vereador Evilásio Bezerra cogita de ir às barras da Justiça para garantir a eleição da mesa, diante de seu adiamento por três vezes. "Vamos sentar em breve com a vereadora Graça Oliveira para analisar o processo eleitoral", disse ele, porque a Cãmara "não pode ficar brincando de lei" com a edição de diversas resoluções.
Para Bezerra, o presidente da Casa, Everaldo Araújo, "provou do seu próprio veneno", quando quebrou um acordo que tinha sido firmado para eleger presidente o vereador "Aldin". Segundo ele, a oposição está mostrando uma força política que o Executivo, como Poder mais forte no município, não está conseguindo influenciar o resultado de uma eleição num outro foro de discussão política e independente como a Câmara Municipal.
2 comentários:
Com o cumprimento do acordo, Everaldo galgaria um degrau na construção de sua imagem de político cumpridor da palavra, isso gera credibilidade...
Concordo plenamente com a sua colocação, meu caro Elias Dantas. Agora, se não cumprir o acordo, o nobre vereador perde credibilidade política entre as bancadas da oposição e também da situação, além de uma parcela do eleitorado.
Eu mesmo soube, através de informações de bastidores, que a própria família do vereador e presidente da Câmara, cumprisse o acordo politico, que é normal num foro específico e de outro Poder, que recentemente havia dado uma demonstração de independência em relação ao Poder Executivo, dentro das relações políticas que existem entre todas as esferas de Poder...
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