sábado, 25 de junho de 2011

Partido do prefeito tem maior número de filiados, segundo o TSE


Com mais de 8.200 eleitores, em Cerro Corá apenas 1.107 eleitores estão filiados a algum partido político, segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O maior partido do município é o "Democratas" (DEM), do prefeito Raimundo Marcelino Borges, o " Novinho", com 223 filiações partidárias. Em segundo lugar vem o PMDB, com 216 eleitores filiados e que tem como líder o ex-prefeito João Batista de Melo Filho.  O terceiro maior partido é o PP, com 87 eleitores filiados e em quarto lugar o PSDB com 72 filiados e cuja maior liderança é o presidente da Câmara Municipal, o vereador Antonio Ronaldo Vilar.

Filiações por partido

DEM - 223 (20,14 %)
PMDB - 216 (19,51 %)
PP - 87 (7,59 %)
PSDB - 72 (6,5 %)
PTB - 68 (6,15 %)
PPS - 60 (5,42%)
PMN - 59 (5,33 %)
PSB - 57 (5,14 %)
PDT - 52 (4,69 %)
PT - 41 (3,7%)
PR - 39 (3,52 %)
PV - 31 (2,52)
PC do B - 28 (2,42 %)
PHS - 9 (0,81 5)


quarta-feira, 22 de junho de 2011

"A Coceira de Zefinha", Capitulo II


  A COCEIRA DE ZEFINHA
(Ivanilson França Vieira)
CAPITULO 2

          - Vá com Deus, meu véi.  - Disse Zefinha com uma certa desolação, uma vez que não conseguira convencer Miro de que o melhor mesmo seria  ela ir, para que o Dr. Marcone pudesse ver o estado de como estar a sua pele.
          A distância entre a casa de Miro e o Posto de Saúde é de cerca de duas léguas e meia. Miro fazia esse percurso apenas uma vez por semana, quando ia visitar a sua irmã que morava na cidade e assistir a missa dominical. Vivia unicamente para a sua Zefinha e tirava o sustendo de casa no pequeno roçado herdado dos pais de Zefinha.
         Miro era um homem rude, já estava beirando os 60 anos. Ignorante aos extremos já havia matado três pessoas a golpe de peixeira. Uma delas, no forró na Fazenda de seu Gumercindo. Ele tinha levado Zefinha para o baile, pois ela, assim como ele, era exímia dançarina. Num determinado momento. Miro deixou Zefinha na mesa e foi ao banheiro. Quando voltou viu Chico Matraca forçando Zefinha a ir dançar com ele. Houve um bate boca e Chico o chamou de Corno. Em menos de 10 segundos os dois já estavam atracados numa luta corporal. Demorou muito para que a turma do deixa disso tirasse Miro de cima de Chico. Miro o pegou tão firme pela cintura e apertava tanto que Chico o esbofeteava as costas sem que Miro sentisse. Com muito sacrifício e depois de muito tempo a turma evitou que a luta se prolongasse. Ainda sentindo dores imensas nas costelas, depois confirmado pelo médico de que ele tinha quebrado três costelas e quando, ajudado pelos amigos, se afastara um pouco de Miro, Chico Matraca continuava chamando-o de Corno. Neste momento Miro diz que vai matá-lo e mesmo assim Chico matraca continuava xingando-o
Miro o matou na feira da cidade com mais de cinco cutucadas de peixeira. Foi absolvido, pois o seu advogado conseguiu provar a tese da legítima defesa da honra.
O dia já começara a raiar quando Miro ia entrando na cidade. Por onde passava dava “bom dia” a todos. Depois de quase duas horas de caminhada, com passadas firmes, Miro sorriu de satisfação, pois acabara de chegar ao Posto de Saúde, Sorriu vitorioso.
A caminhada foi grande, mas a prezer da chegada melhor ainda. Ao chegar ao Posto de Saúde, contou que havia 16 pessoas na fila.
         Godofredo era o último. Ele deu Bom Dia e perguntou:
         - Boin dia Seu Godô! A qui hora vai abrir?
         - Bom dia, seu Miro, O Dr. Carlos é diferente do Dr. Marconi, só chega lá pras 10 hora.
         - Dr. Carlos? Num é mais Dr. Marconi, não?
         - E tu num sôbi, não? O Dr. Marconi se aposentô já fai quage dois méis.
- E esse Dr. Carlos, quem é?
         - É diferente de Dr. Marconi, inxirido todo cum as muié. Tão tudo cum raiva dele. Diz muita prosa pras moça daqui. Já inté juraro ele de morte.
         - Égua, e agora qué qui eu faço?
         - Quá o pobrema, tas doente, é?
         - Não é Zefinha minha muié.
         - Coitada! O qui é qui a bichinha tem?
         - Ela ta um poquin doente, só
         - Sim mas é o que?
         - ô seu Godô, qui tanto interesse tem o sinhô pur minha  Zefinha? Tô istranhando o sinhô. Qué qui eu meta a pexêra no seu bucho inté sai as trita, qué? (Miro falou já com a mão na peixeira que ele sempre trazia na cintura).
         - Nan.. Nan.. Não Miro. Adiscurpe. Preguntei pru preguntá. Respondeu seu Godô fazendo o pelo-sinal.
         As horas demoraram a passar enquanto Miro, vez por outra, ficava pensando no porquê que Godofredo perguntara muito por Zefinha. Além do mais pensava também que se o Dr. Carlos é enxerido, ele nunca vai trazer a sua mulher para ele consultar. 
         A partir das dez horas, mais de cinqüenta pessoas foram atendidas antes de Miro. Ele ficava perguntando por que as pessoas estavam passando na frente dele e foi informado que eram pessoas que compravam a ficha a um funcionário do Posto que ficava retendo-as para vendê-las; Quando soube disso, Miro virou um bicho e foi direto falar com o funcionário.
-  Eu quero falá com o fio de Seu Jão da Cantina – esbravejou.
- Sou eu, o que o senhor quer?
- Quero uma ficha pro dotô
- O Senhor tem que ir pra a fila. Desculpe mas estou muito ocupado.
- Mai eu to na fila a as pessoa passa por mim e é atendido.
- Nada posso fazer, vá para a fila – Respondeu com desprezo Haroldo, filho de seu João da cantina.
- EU QUERO UM FICHA AGORINHA MERMO. (Gritou Miro, já juntando as golas da camisa de Haroldo com a mão esquerda e com a direita empunhando a faca, já triscando no queixo do rapaz que apavorado disse:
- Quantas fichas o senhor que?

SERÁ QUE MIRO VAI SER ATENDIDO?  SE FOR, COMO SERÁ A SUA CONVERSA COM O DOUTOR CARLOS?
VOCÊ VAI SABER NO TERCEIRO CAPÍTULO

terça-feira, 21 de junho de 2011

"A Coceira de Zefinha", Capítulo I


A COCEIRA DE ZEFINHA
(Ivanilson França Vieira)
 CAPITULO 1

         Zefinha estava desesperada. Já não agüentava mais a coceira nas nádegas. Quanto mais coçava, mais tinha vontade. A pele já estava em carne viva. 
         Ela esperarou Miro chegar do roçado para se queixar.
        - Miro, meu véi, num guento mai essa cocêra. Derna de cano tu saiu pru trabaio que num consigo pará de coçá. Tu acridita que eu já num coço mai com o dedo?, Eu agora ô usando o galfo.
         - Zefinha, Muié, num faça isso, home. Tu vai já chegá aos osso. Dêxa eu dá uma oiada. 
        Miro assustou-se com o que viu. Foi uma cena impressionante. Zefinha estava com a metade das nádegas em carne viva. Ele ficou desesperado e resolveu agir logo naquele momento:   
      
         - Zefinha, eu vô agorinha mermo falá com o dotô Marconi.
       
       - Mai meu véi já ta anoiteceno e o Dotô Marconi atende até a  boquinha de noite.  Num vai dá tempo. Dêxe pra amenhã.
      - É mermo minha véa, eu nem me alembrava dixo. Mai amenhã, logo cedin vô lá no Posto falá cum ele. 
      O galo ainda não tinha anunciado as quatro da matina e Zefinha já estava pronta para ir ao Posto de Saúde da cidade e ser medicada pelo Dr. Marcone. Miro espantou-se ao ver Zefinha. 
       - Ôgente!  Pru quê tu ta toda alinhada? 
       - E nói num ramo falar com o Doto Marconi?
       -  Craro que não! Eu vô e tu fica. 


       - Mai meu véi, e cumo é que ele vai me medicar sem eu ta lá.
      - Zefinha, e tu acha que eu vô dexá o Dotôr Marconi ver os teus quarto? Nunquinha! Já basta naquele dia qui tu tava com uma pereba na perna e ele viu as tua coxa cano ele foi medicá tu.  E notei um exirimento dele pro teu lado.
       - Meu vei, eu subí a saia e a analgua pra ele num vê nada, foi tu qui criô aquilo. 
       - Mai muié minha num vai mostrar os quarto pra homi nenhum. E pronto finá. Eu vô só! 


       - Meu véi, pense dereito. Como ele vai fazer para mim inzaminá se eu você ficá aqui?  
  
       - Ele dá um jeito
    

ZEFINHA CONSIGUERÁ CONVENCER MIRO A IR COM ELE?
AGUARDEM O SEGUNDO CAPITULO

"A coceira de Zefinha", livro virtual do escritor Ivanilson França


O blog vai publicar, à medida que for recebendo, o livro virtual  "A coceira de Zefinha", escrito pelo contator e professor Ivanilson França, um amigo e frequentador assíduo de nossa cidade. O escritor explica, ai embaixo, o que é essa obra, permeada de humor...
"A COCEIRA DE ZEFINHA"
É uma história matuta baseada num conto escrito especialmente para o Jornal de Hoje em 1999.


Em 2009, durante o mês de outubro, enviei diariamente um capítulo para a minha caixa de Amigos.


Na história inicial o título é mantido. Recentemente, quando andei anunciando a remessa, escrevi o título "A DOENÇA DE ZEFINHA", mas algumas pessoas me pediram para mudar por achar a palavra "doença" muito forte. Realizei pesquisa com algumas pessoas e as que enviaram resposta, em sua maioria, votaram pela mudança. 


As pessoas que não são do Nordeste ou que não conheçam o linguajar matuto, terão dificuldade em assimilar algumas palavras, uma vez que o autor tenta transcrever, através da grafia, a fala matuta com o intuito de tentar preservá-la.


Agora é ler e se deliciar da história que tem o desejo de manter a tradição "linguajaresca", além de outras performance que aparece escondidas no texto.
Bom Divertimento


Boa Leitura

Ivanilson França Vieira

domingo, 19 de junho de 2011

Encontros do Festival de Inverno - I

Elisabeth Pereira, filha dos saudosos João Soares do  Nascimento e dona Zilma Pereira, ao lado de Túlio Líbanio de Melo, filho do saudoso Lourival Libânio de Melo e dona Ana. A foto ai é, salvo engano, do Festival de Inverno de 2009. 

Rosalba nomeia diretor de escola do Povoado Albino, Serra de Santana

A nomeação ocorreu no dia 9 de junho, mas somente na edição de sexta-feira, dia 17, saiu no "Diário Oficial do Estado" a portaria da governadora Rosalba Ciarlini (DEM) nomeando Antonio Carlos Cabral de Araújo para diretor da Escola Estadual  Albino Avelino, de ensino fundamental e situada no Distrito Albino, na Serra de Santana.

"Carlinhos de Maria Balbina", como é mais conhecido, tem muita afinidade com aquela comunidade, pois é casado com uma neta de José Albino de Assis, que já foi vice-prefeito e vereador em Cerro Corá, entre os anos 50 e 80.

sábado, 18 de junho de 2011

Cerro Corá perde "João Bubu"

O blog se associa à familia de "João Bubu", que morreu prematuramente, aos 28 anos, no começo da tarde da sexta-feira, e foi sepultado na tarde deste sábado, dia 18, no Cemitério Público de Cerro Corá. Uma figura carinhosa e amável, que sempre nos recebia com carinho e amizade quando nos via na nossa cidade.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

João Vilmar relata importância do GPK para a vida social de Cerro Corá

Nada de "puxar a sardinha" para um lado, mas foi gratificante ouvir um depoimento do agrônomo João Vilmar de Azevedo, por ocasião do almoço de domingo, dia 12, no Clube da Caern, em Potilândia, quando ele fez referência ao saudoso José Julião Neto. Além de registrar passagens sobre a sua importância para vida cultural, social, política, esportiva e econômica para o município, nos anos 50, 60 e 70, Azevedo "me cobrou" o resgate de histórias de nossa cidade, das quais José Julião Neto e tantos amigos, como Arian Félix, Marleide Galvão, João Batista de Melo Filho, Francisco das Chagas Melo, Lourival Libanio de Melo, Lourival Bezerra da Costa e tantos outros, que de alguma forma contribuiram com isso.

"Cerro Corá tem duas histórias, uma antes e outra depois de Zé Julião", é o que me contava, saudosista, João Vilmar de Azevedo, com relação a fundação, em 1968, do Grêmio Presidente Kennedy. Azevedo recordou que os grandes carnavais do GPK, por exemplo, era prestigiado por foliões de outros municipios, onde o Carnaval não era tão prestigiado e as vezes nem existia, medidas as proporções. Segundo ele, vinha pessoal de São Tomé, Currais Novos, Santana do Matos, Angicos e até de Assu e de outros municipios, sem contar com os cerrocoraenses e estudantes que moravam em Natal.

Cerrocoraenses no almoço em Natal

Nossos conterrâneos no almoço da comunidade cerrocoraense em Natal: José Lira, Francisco José da Silva, o "Chiquinho do Sindicato"; Tarcísio Lira, a ex-vice-prefeita e ex-vereadora Ana Maria da Silva e o vereador Evilásio Bezerra.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

"Novinho" prestigia almoço dos cerrocoraenses em Natal

Pela ordem, da esquerda para a direita, o secretário municipal de Administração, Edvaldo Oliveira e sua esposa, a professora e vereadora Maria das Graças Oliveira.  A primeira dama do município, Ivonete e seu filho, ladeado pelo prefeito Raimundo Marcelino Borges, o "Novinho". Flagrante gentilmente cedido por Tarcísio Lira, a partir de sua página no orkut.