Finalmente a prefeitura de Cerro Corá anuncia para o dia 12 de setembro a inauguração do estádio de futebol, no mesmo local, onde por décadas existia o campo de futebol de terra batida, que carinhosamente os futebolistas cerrocoraenses denominaram de estádio Oton Osório.
Sem entrar no mérito da questão, porque alguns ruas mais antigas de Cerro Corá já tiveram mudanças de nomes, o estádio a ser inaugurado pelo prefeito Raimundo Marcelino Borges, o "Novinho", passará a se chamar Aureliano Galdino Alves, o "Lelé", que foi vereador e, por muitos anos, foi capataz da fazenda Tupã, propriedade que pertenceu ao minerador Sérvulo Pereira de Araújo.
Pessoa querida na cidade, a homenagem é justa pela sua história, mas, como desportista nosso querido "Lelé" teve uma passagem rápida na história de Cerro Corá, pois de um tradicional e folclórico torcedor, passou a apitar jogos de futebol na cidade.
"Lelé" foi protagonista, segundo contam nos bate-papos de esquina e nas conversas de botequim, de histórias engraçadas dentro de campo, como a de apitar jogos com um revólver na cintura. Nada ameaçador, mas apenas um firula para "garantir a lisura" do jogo em favor do time da casa contra adversários que vinham de cidades vizinhas.
Agora, é esperar que os bons jogos de futebol voltem a atrair os torcedores cerrocorarenses, que nos anos 60 e 70 viram grandes jogos no antigo campo de futebol contra equipes consideradas famosas das regiões do Potengi e Seridó, como o Potiguar e o Benfica, de Currais Novos; Vasco, de Acari ou o Potengi, da vizinha São Tomé; o Palmeiras de Lagoa Nova ou o Fluminense de Bodó.