domingo, 23 de novembro de 2014

Currais Novos também tinha o "seu Lunga": Ernesto Cunha

Por Jose Vanilson Juliao

Os internautas que freqüentam a rede social Facebook repercutiram o falecimento do cearense Joaquim Santos Rodrigues, o seu “Lunga”, aos 87 anos (sábado, 22), em Barbalha (CE), famoso pelas respostas sinceras perante perguntas que ele considerava idiotas. Foi noticia nos principais jornais da capital, Fortaleza, e até no “Diário de Pernambuco” e no “Correio Braziliense”.
O Rio Grande do Norte também tem um folclórico personagem com a mesma característica de “ignorância”, também desaparecido. Trata-se do seridoense “seu” Ernesto Cunha, natural de Currais Novos, interior do Rio Grande do Norte, onde é nome de rua, no bairro do I.P.E.
Ouvi algumas historias dele no final dos anos 60, começo da década de 70, em Cerro Corá, onde nasci, por sinal município desmembrado de Currais Novos em 1953. Como a memória e cruel, recorri a internet. E encontrei citações sobre ele em pelo menos quatro blogs. 
Primeiro um comentário do jornalista potiguar Luiz Gonzaga Cortez Gomes de Melo, também curraisnovense, a cerca de texto de “causos” acontecidos em Recife, do médico Geraldo Pereira, membro da Academia Pernambucana de Letras (13/11.2010).
“Seu” Ernesto era motorista e dono de carro de aluguel, o taxi da época, nas décadas de 30/40/50. Ele é citado em um livro de doutor Nilton, primo de Cortez, fato corroborado em um segundo comentário, do pedagogo Antonio Guedes Filho.
No “Usina de Letras” Ernesto aparece no artigo “Alguns tipos esquisitos que conheci”, do escritor Gutemberg Costa, natural de Pendências (RN), mas adotado pelo bairro do Alecrim, em Natal. Costa revela que Ernesto era avô do falecido humorista "Espanta Jesus", paraibano de nascimento, mas norte-rio-grandense de coração.
E exemplifica um dos “causos” de Ernesto, em resposta ao que estava fazendo no conserto do telhado de casa: - Estou cavando uma cacimba, fela da puta! Ou quando ia saindo da vacaria, com uma garrafa de leite, e nesta ocasião aparecia um matuto provocador que lhe indagava: “Seu Ernesto, o quê o senhor está carregando?” Ele: " Estou levando querosene, filho duma égua!"
O blog do Ferreirinha, lá de Caicó, na região do Seridó, cita o livro do bancário aposentado Ciduca Barros, “Minha Gente Engraçada do Serido”, no qual Ernesto e freqüentador. A seguir:
- Todos conhecem as famosas e divertidas histórias do intolerante seu Ernesto, taxista do passado em Currais Novos.
Essa foi narrada por um dos seus filhos ao meu pai.
Seu Ernesto, já velho e bastante doente, estava sentado no penico para satisfazer necessidades fisiológicas, amparado pelo filho e esposa.
- Terminou, papai? - perguntou o filho após alguns minutos.
- Ele terminou - respondeu a mãe do rapaz.
Ernesto nada respondeu.
- O senhor terminou, papai? - o rapaz voltou a perguntar.
A esposa, querendo ajudar, respondeu novamente:
- Ele terminou, filho!
O rapaz, querendo mesmo a confirmação, insiste:
- Terminou, papai?
Mesmo moribundo, mas com a veia do bom humor ainda viva, seu Ernesto foi buscar forças no íntimo da sua "tolerância zero", e mandou:
- Meu filho, pergunte à sua mãe, porque parece que é ela quem está cagando!

Jose Vanilson Julião é jornalista free-lancer

quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Gestamp pede licença prévia ao idema para operar parque eólico na Pedra Rajada

Já foi encaminhado ao Instituto Estadual de Desenvolvimento (Idema) requerimento por parte da empresa de geração de energia eólica Gestamp, de Licença Simplificada Prévia (LSP) para instalação e funcionamento do Parque Eólico Pedra Rajada III, com 10MW, na Zona Rural do município de Cerro Corá. O pedido é assinado pelo diretor geral da Gestamp, Marcelo Ferreira Arruda Câmara


Obras da av. São João têm novo prazo de conclusão: fevereiro de 2015

As obras de modernização urbanística da avenida São João, na área nobre de Cerro Corá, vem sendo tocada há anos e, agora, passa por mais uma retificação da cláusula contratual. O prazo de conclusão que era de até 5 de novembro deste ano, passa para 2 de fevereiro de 2015, podendo, ainda, ser prorrogado por iguais e sucessivos períodos até o limite de 60 meses.

Universidade Estadual da Paraúba fara concurso público em Lagoa Nova

A prefeitura de Lagoa Nova está contratando a Universidade Estadual da Paraíba para realizar o concurso público para ingresso no quadro dos servidores públicos do  município. O contrato já publicado na edição desta quinta-feira (13) do "Diário Oficial dos Municípios" tem o valor de R$ 119 mil.

terça-feira, 11 de novembro de 2014

Programa agentes de saneamento da Caern chega a São Tomé

A Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (Caern) faz hoje, em São Tomé, treinamento sobre o projeto Agentes do Saneamento, que será levado a termo durante o resto da semana. O curso de capacitação envolve 42 agentes comunitários, no Centro de Convivência de Idosos da cidade, a partir das 9h30. Os participantes serão capacitados para atuar posteriormente como multiplicadores das informações juntamente à população.

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Uma homenagem ao jornalista curraisnovense "Pepe dos Santos"

Por Vanilson Julião*

Quando comecei no jornalismo, na cobertura policial, no dia 5 de agosto de 1982, como estagiário, no diário matutino TRIBUNA DO NORTE, ao lado do editor Natanael Virginio, e dos repórteres fotográficos Anderson Lino (falecido) ou João Maria Alves, como também do desaparecido árbitro do futebol pernambucano e radialista Ubiratan Camilo de Souza (pela TN e Radio Cabugi, atual Globo), passei a conviver com outros repórteres da área e de outros veículos.

Entre eles o ex-marinheiro Givaldo Batista, o “Gigi da Mangueira” (já falecido ), editor de Policia do extinto matutino A REPUPLICA, centenário, fundado por Pedro Velho de Albuquerque Maranhão, e fechado pelo governador Geraldo Jose Ferreira de Melo. Com Givaldo o escudeiro e mano Valdir, desde 1979, na cobertura esportiva e eventualmente na policial. 

E pelo grupo dos Associados, controlador do desativado DIARIO DE NATAL, o currais-novense Elitiel Bezerra, o “Pepe dos Santos”. Tinha ao lado dois fieis escudeiros, o fotografo Carlos Alberto dos Santos Junior, que depois passou a ser funcionário do Instituto Tecnico-Cientifico de Policia (ITEP), e o fotógrafo Heracles Dantas, atualmente no diário vespertino O JORNAL DE HOJE. E pela emissora Associada, a Poti, Cesario ou Cesar Martins, o “colored”.

Era um tempo de uma disputa acirrada e saudável pelo furo de reportagem. Dos encontros de cadáver estampados com estardalhaço na primeira pagina. Dos supostos grupos de extermínio, como o “Mão Branca” ou “Esquadrão da Morte”. Com os bilhetes enviados às redações, aos gabinetes policiais. A simbologia da caveira. Real ou ficcional. Dos bandidos românticos, como “Pedro Caçarola” e os irmãos “Frigideira”, “Timbiras” e “Maria Panelinha”.

A primeira vez que avistei Pepe foi na Delegacia de Furtos e Roubos, que ficava na Travessa Ferreira Chaves, por trás do ITEP. O achei meio pomposo, com aquele gingado peculiar a sua magreza. Com o tempo o fui conhecendo melhor, ao ponto de perceber que gostava de umas “mentirinhas” para despistar os concorrentes e colher informações das fontes, que eram muitas. E sabia dos atalhos que um repórter novato foi descobrindo aos poucos e demoradamente.

Mas, era o lado folclórico dele, que portava um pequeno revolver calibre 22 milímetros, mas nunca precisou usar o trabuco. Naquele tempo, final da ditadura militar, outros também gostavam, mas não eram exibicionistas. Pepe, dizia-se, “dormia” nas delegacias. Na verdade tinha total apoio do comandante do DN, o suplente de senador Luiz Maria Alves, amazonense radicado em Natal desde os anos 40. Telefonava de casa, conta paga pelo “capo” Associado. Qualquer hora da madrugada. Interrompia ate ato sexual dos colegas.

Pepe pintava o cabelo. A tinta escorria na testa com o calor. Também dava uns trocados para conseguir informação privilegiada. Do lobisomem da Vila de Ponta Negra, invencionice para vender jornal em banca, confessou anos depois ao autor do texto. São muitas histórias deste homem, cuja foto, em pé, de bloco e caneta na mão, vi numa famosa cobertura da chacina de uma família de mulheres no outrora descampado de Capim Macio, no DN (1975).

Soube da morte dele por volta das 10h30 da segunda-feira. Pelo mano Valdir. Acabei dando um pequeno depoimento para a TN. Pepe era irmão do radialista Eliel Bezerra, o mais famoso noticiarista da Radio Brejui, fundada no final dos anos 50, pelo desembargador Tomaz Salustino, que ficou milionário com a exploração do minério de xilita (rocha que contem o estratégico metal tungstênio usado em foguetes). A emissora passou a ter o mesmo nome do município, Currais Novos, e recentemente passou ao controle da Igreja Católica, via Diocese de Caicó. 

Um dos casos mais hilariantes. No morro da Cidade Nova, na Zona Oeste, encontro do corpo de um jovem. Seis horas da manha. No dia seguinte a TN estampa um homem sem camisa. O DN com a camisa. Pepe e Heracles acabam confessando que a foto real era da concorrência. São demitidos. Alves perdoa e o martírio para nosso lado recomeça.

Pepe começou na reportagem pelas mãos do narrador Roberval Pinheiro Borges, a quem costumava entregar notas de futebol amador no final dos anos 60, principalmente do Real Madrid da rua Benjamin Constant, no Alecrim, descida do Baldo, imediações da Salgadeira (Paço da Pátria), mesmo território de Marinho Chagas. O apelido veio do ponta-esquerda, o “canhão da Vila Belmiro”, como também e conhecido o Estádio Urbano Caldeira, do time paulista.

Santos também foi empresário de shows. Sobre ele fiz dois pequenos artigos para o mensal JORNAL ZONA NORTE, em 1996, uma iniciativa do jornalista Emerson Amaral, e para o desativado semanário JORNAL DE NATAL, meses antes de ele ser atropelado e antes de março de 2010, quando o JN deixou de circular na segunda-feira.

*Vanilson Julião é jornalista free-lancer

domingo, 9 de novembro de 2014

Show retrô de Leno na Pousada da Colina


Sesap oficializa criação do Hospital Mariano Coelho em Currais Novos

Decreto governamental cria, oficialmente, o Hospital Marianho Coelho, que desde janeiro deste ano estava sendo administrado diretamente pelo governo do Estado. O secretário estadual de Saúde, Luiz Roberto Leite Fonseca, explicou que desde a sua inauguração no começo dos anos 70, a unidade dividia o mesmo espaço com a Fundação Padre João Maria que mantinha o hospital com dupla porta, ou seja, a mesma estrutura física recebia pacientes do SUS e o público privado. Além disso, a unidade encontrava-se impedida de receber grandes investimentos, como obras de ampliação e reforma, uma vez que o CNPJ da Fundação Padre João Maria é que figurava no Ministério da Saúde, como sendo referente do hospital.

Segundo o secretário Luiz Roberto Fonseca, “essa irregularidade foi detectada e corrigida pela gestão da Sesap, com o apoio da atual direção, a qual faço o reconhecimento pelo empenho, zelo público e comprometimento com a Saúde Pública do Seridó”.

De acordo com diretor médico Giordano Bruno, com o reconhecimento oficial do Mariano Coelho, nesta sexta-feira, o próximo passo será a ativação do CNPJ da unidade que dará condições para que o Hospital possa, num futuro breve, ter uma autonomia para administrar seus próprios recursos.

“Finalmente avançamos neste processo de legalização do hospital e agora falta muito pouco para ativarmos o nosso CNPJ. Temos certeza que, em breve, daremos mais essa boa notícia a população”, disse Giordano Bruno.

Além do Hospital Mariano Coelho, o presente Decreto também instituiu o Hospital da Mulher Parteira Maria Correia, de Mossoró, o SAMU/192 e o Complexo Estadual de Regulação Divaneide Ferreira de Souza, ambos localizados no Município de Natal.

Desde janeiro de 2014, a direção do Hospital Regional Mariano Coelho, contabilizou um crescimento em torno de 40% na oferta dos serviços. Este crescimento se deu em função da maior presença de profissionais na porta de entrada, pelo maior cumprimento da carga horária por parte dos servidores, pela regularização dos pagamentos dos plantões, além da criação da escala de auxiliar de cirurgia, entre outras medidas.

Neste período foi implantada a Clínica Médica II com 8 novos leitos, ampliada a cobertura da clínica médica com a evolução diária de pacientes realizada por dois médicos, ativada a Sala de Prescrição Médica com equipamentos de informática e internet, implantada a sala do Repouso Médico II para obstetras, auxiliares de cirurgias, pediatras e cirurgiões, o alojamento conjunto para mães e bebês, garantindo a evolução da enfermaria com pediatria, ampliou de 2 para 5 médicos a Unidade de Terapia Intensiva, e sinalizada áreas internas importantes, com 210 placas,  facilitando o fluxo interno de pacientes e servidores.

No mês de outubro, com a chegada de um médico radiologistas, os serviços de Raio X do HRMC passaram a ter laudos do especialista. Além disso, um aparelho de ultrassonografia já se encontra instalado na unidade, atendendo a população, nas terças e quartas-feiras, durante todo o dia.

Com informaçõs da Ascom/Sesap