A promotora de Justiça de Currais Novos, Mariana Marinho Barbalho 
Tavares, encaminhou recomendação aos Secretários Municipal e Estadual de
 Saúde, a duas Coordenadorias da SESAP, ao Conselho Regional de 
Medicina, à Direção Geral do Hospital Regional e ao Presidente do 
Conselho do Hospital Padre João Maria, para que adotem uma série de 
medidas que visam sanar irregularidades identificadas no Hospital 
Regional de Currais Novos.
O Ministério Público busca a implementação de medidas para adequar o 
complexo hospitalar, que engloba o Hospital Estadual Mariano Coelho e o 
Hospital Pe. João Maria, já que investigação da 1ª Promotoria identificou uma série de deficiências no funcionamento 
do HRCN, como a falta de profissionais e de cumprimento da jornada de 
trabalho, além da ausência de equipamentos indispensáveis em setores 
como urgência e cirurgias.
Diretores das unidades que 
integram o hospital da rede estadual informaram a existência de uma 
segunda escala de plantões feita de acordo com a conveniência dos 
médicos, bem como 43 servidores lotados que terceirizam sua escala de 
trabalho, dificultando a prestação do serviço oferecido, causando 
prejuízos à coletividade.
Uma das recomendações é de para que os profissionais 
médicos efetivos trabalhem em regime de plantão conforme escala 
determinada e fiscalizada; que promovam a aquisição ou transferência dos
 equipamentos e recursos técnicos mínimos indispensáveis ao 
funcionamento do pronto-socorro, notadamente, carros de anestesia, 
arco-cirúrgico e desfibrilador; instaurem sindicância para apurar as 
faltas, abandono de cargo e inassiduidade habitual dos médicos e demais 
profissionais, efetuando, inclusive, corte nos vencimentos.
A promotora Mariana Tavares ainda recomenda a adoção de 
medidas para que os 43 servidores que terceirizam o serviço retornem 
imediatamente ao trabalho e se apure responsabilidade contra esse 
pessoal; promovam a implantação de sistema de gravação de chamadas para 
os médicos de especialidades que trabalham com plantões de sobreaviso; 
providenciem a fixação, em local visível a todos, da escala dos médicos 
em plantão, tanto presencial, quanto em regime de sobreaviso; 
providenciem a escala mínima de profissionais de saúde de apoio ao 
atendimento de urgência, como enfermeiros, técnicos de enfermagem, 
farmacêuticos-bioquímicos e assistentes sociais, realizando, se 
necessário for, a nomeação dos aprovados nos últimos concursos.
Ainda se recomenda a tomada de providências para que nas especialidades de Anestesiologia, Clínica 
Médica, Pediatria, Cirurgia Geral e Ortopedia não sejam implantadas 
escalas de sobreaviso, conforme vedação prevista em resoluções do 
Conselho Federal de Medicina. Que também se encaminhem mensalmente escala médica para 
conhecimento da 1ª Promotoria de Justiça de Currais Novos; promovam 
auditoria periódica no HRCN; promovam revisão no planejamento de 
serviços disponibilizados para reduzir cirurgias eletivas, evitando a 
realização desses serviços hospitalares nos finais de semana; promovam a
 adequação na lotação dos ortopedistas; instalem equipamentos de ponto 
eletrônico; providenciem a contratação de médicos para o complemento das
 escalas somente através de contratos formalizados, seguindo as 
disposições legais; providenciem a nomeação de direção técnica e médica 
para o Hospital Regional.
 Por fim, pede-se a constituição e colocação em funcionamento das 
comissões de ética médica, de revisão de prontuários e de revisão de 
óbitos; que constituam e ponham para efetivo funcionamento a Coordenação
 Municipal de Controle de Infecção Hospitalar e a Comissão de Controle 
de Infecção Hospitalar do próprio HRCN; que credenciem os leitos da 
Unidade de Terapia Intensiva (UTI) junto ao Ministério da Saúde; e que 
não utilizem ou disponibilizem as dependências e ou recursos do hospital
 para entidades privadas.
Fonte - Ascom/MP
Fonte - Ascom/MP
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