O Fórum de Defesa da Caatinga volta a se reunir, agora na manhã do dia 27, no campi da Universidade Federal do Rio Grande do Norrte (UFRN), em Caicó, na região do Seridó, a 280 quilômetros de Natal, onde é mais grave o processo de desertificação no interior do Estado. Hoje, a situação é de assoreamento de rios, desmatamento, esvaziamento e contaminação do lençol freático e uso irracional das águas de poços.
Segundo o Fórum, no sentido de contribuir com as ações
de revegetação e preservação da caatinga, o Grupo de estudos em Produção
Animal Sustentável do Rio Grande do Norte (GEPARN), da Unidade Acadêmica
Especializada em Ciências Agrárias da Escola Agrícola de Jundiaí, vinculada à UFRN), e com base no novo Código Florestal, Agenda 21 e recomendações da Conferência Regional de Desenvolvimento Sustentável do Bioma Caatinga, na Rio+20, na
sua expertise em sistemas de produção animal no semiárido e com apoio de vários
parceiros e segmentos da sociedade, propõe-se a construção de uma politica publica (PP), intitulada "Defeso da Caatinga", que prevê
um subsídio aos agricultores familiares, para que possam trabalhar na
recomposição das matas ciliares e áreas degradadas de suas unidades
produtivas, a partir de um planejamento ambiental e agropecuário.
De acordo com o Fórum, esse subsídio deve ser composto de um subsídio base, que refere-se a
um valor em real que o agricultor familiar receberá durante um determinado
período do ano (variável ano a ano), quando a produção animal e a quantidade de
carga animal deverão ser ajustadas à disponibilidade volumosa da unidade
produtiva, e outros subsídios adicionais, baseado na presença de vegetação nativa na unidade familiar de produção e
empenho do agricultor em ações de restauração agroecológicas para recuperação
do Bioma Caatinga.
Para isso, já ocorreram cinco fóruns de discussão, os dois primeiros em Macaíba, na Região Metropolitana de Natal e, na sequência, foram as vezes de Parelhas, Carnaúba dos Dantas e Currais Novos, todos municípios da região seridoense.