O XERIFE
A luminosa vida do meu personagem começou amparada na figura de um cidadão que mereceu destaque na vida pública, considerado que foi uma referencia de profissional no desempenho de suas atividades, em prol deste Estado. É óbvio que esse fato não seria suficiente, como ainda hoje não o é, para a emissão de um atestado de garantia, por tempo indeterminado, capaz de assegurar que a réplica seja igual ao modelo original. Mesmo assim, não se pode deixar de ponderar as qualidades decorrentes do seu ascendente.
Fatores interferem, e as decisões individuais podem promover o sucesso à medida que vai caracterizando a pessoa. Portanto, torna-se indispensável o desembaraço para escolher o caminho a seguir, a fixação no objetivo a ser alcançado, a educação, a honestidade, a dignidade, a dedicação ao trabalho, a sinceridade. Todos esses são atributos essenciais para se chagar ao auge. A pessoa objeto deste meu preito é ainda mais completa, alem de tudo, ela é corajosa, é astuta, é apaixonada pelo que faz, e incondicionalmente, sabe valorizar as suas relações de amizade.
Fraseando, eu digo que o cidadão se revela por suas ações, na decência, no intransigente cumprimento dos seus deveres e na defesa dos seus direitos. Do contrário, o homem é um fantoche e a cidadania mera utopia; sobretudo se nós considerarmos que, atualmente, a sociedade convive com uma crise moral e ética que motiva a desesperança. Aí sim, não é apenas importante, mas torna-se imprescindível o exemplo e a ação de desenvolver a consciência dos jovens sobre os preceitos capazes de tornar um indivíduo num cidadão, num líder.
De imediato, pode parecer que a minha pretensão é anunciar alguém perfeito; não, seria uma utopia, nós sabemos que não existe ninguém perfeito, absolutamente ninguém! Mas, é importante reconhecer que o homem se agiganta quando sua simplicidade e humildade permitem distinguir suas próprias fraquezas. É uma pena que, diante dessa atitude, algumas vezes, se torne vidraça atingida por pessoas que na pretensão de virar notícia, faz julgamento apressado e injusto; serventia de quem alimenta interesses mesquinhos.
Nada é mais gratificante que se sentir realizado, não se arrepender de nada, potencializar o amor pela vida e continuar buscando nas entrelinhas dos acontecimentos motivos para acreditar que valeu a pena tanta renuncia. Quantas vezes abdicar da família, desistir dos dias destinados ao descanso e se atrever a colocar em risco a própria vida.
A sociedade é vítima de uma violência assustadora decorrente de uma série de carências que se perpetuam, evidenciando que é mais cômodo aos governantes ignorá-las do que promover ações pontuais para solucionar os problemas, e desse modo continuaremos, como tolos, sendo receptores de promessas vãs. Defendo que, é possível diminuir os riscos sociais privilegiando a inclusão e o desenvolvimento dos jovens por meio de estabelecimentos de ensino com características para qualificar a escolaridade e a formação de cidadania dos adolescentes. Quanto menor o número de escolas com esses atributos, tanto maior será a quantidade de presídios a distribuir diplomas.
Nesse cenário se fará sentir a ausência de pessoas abnegadas capazes de aceitar cometer sacrifícios e renunciar as suas conveniências para servir a coletividade. Vai fazer muita falta o cidadão que durante 46 anos prestou relevantes serviços a sociedade potiguar e aos 70 anos, com a saúde abalada, se despede para uma merecida aposentadoria. A figura em destaque é jornalista, advogado, policial, investigador, veterano delegado reverenciado por seus pares, daqui e de outros Estados, é um líder reconhecido pelos seus companheiros e admirado pela população do Rio Grande do Norte. Por fim, esse personagem corresponde à réplica do modelo original; é filho do Coronel Bento de Medeiros, também distinguido pelas notáveis ações como policial militar e como cidadão. O meu homenageando é o Delegado MAURÍLIO PINTO DE MEDEIROS, o popular “Xerife”, o “caçador de bandidos”, a quem dedico admiração, consideração e grande amizade. Portanto, a ele as minhas congratulações, extensivas aos seus familiares. Tudo justo e perfeito. Parabéns!
Natal, 06/04/2011.