segunda-feira, 21 de outubro de 2019

Lagoa Nova entra na campanha nacional do "Brasil Lixo Zero"

Catadores já atuam no tratamento seletivo da campanha "Brasil Lixo Zero" em Lagoa Nova
Com apoio do Instituto Brasil Lixo Zero que estimula ações voltadas para a conscientização da população e suas responsabilidades na produção e destinação correta de resíduos sólidos, os lagoanovenses aderem a uma campanha para a separação e reciclagem do lixo doméstico e gerado por casas comerciais. Para incentivar a mudança de hábito no trato dos resíduos sólidos, a população de Lagoa Nova, a 169 quilômetros de Natal, os moradores são convidadas para uma caminhada pelas principais ruas da cidade com a participação de estudantes, catadores e autoridades.

A campanha “Lagoa Nova Lixo Zero” coloca a cidade entre as 140 urbes brasileiras que participam da Semana do Lixo Zero, iniciada no dia 18 e que vai até 27 deste mês. As atividades de mobilização estão concentradas na zona urbana, distrito de Manoel Domingos, onde moram três mil pessoas, além de assentamentos rurais.

O município, com pouco mais de 15 mil habitantes, produz atualmente uma média de 66 toneladas de resíduos por mês. O descarte vem sendo feito há décadas em um lixão a céu aberto localizado próximo a um riacho do sangradouro da lagoa. Por causa disso, o Ministério Público Estadual entrou com uma ação contra o município por má gestão de resíduos e o Idema aplicou uma multa de R$ 300 mil caso não sejam adotadas medidas para gerir os resíduos de forma sustentável.

Assim, quando assumiu a Secretaria do Meio Ambiente de Lagoa Nova em 2017, o veterinário João da Mata Bezerra explica que se deparou com esse problema crônico, comum a muitos municípios brasileiros. “Nosso primeiro passo foi cadastrar todos os catadores do município e fundar a Associação de Catadores de Materiais Recicláveis, a ACMR. Desde então, assumimos o desafio de mudar a cultura da população para o descarte correto do lixo”.

João da Mata explica que a partir daí a coleta seletiva começou ainda de forma precária. A Prefeitura alugou um galpão para onde era levado o lixo bruto para que os catadores fizessem a triagem. Os materiais recicláveis eram separados e colocadas à venda em benefício dos catadores. Assim foi durante quase um ano. Em 2018, diante da impossibilidade da renovação do aluguel do galpão, os catadores voltaram a trabalhar no lixão.

Segundo João da Mata, ai foi quando a empresa Eólica Echoenergia, que atua na região, foi convidada a conhecer o projeto da unidade de triagem e os equipamentos necessários para que os catadores desenvolvessem o trabalho com condições adequadas.

Fonte - Letra A Comunicação

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