sábado, 9 de agosto de 2014

O "gato no pote", brincadeira nos anos 70

O "Gato no pote" é uma brincadeira na qual o garoto, como se vê ai, fica de olhos vendados, geralmente a própria camisa dele encobrindo o rosto. O menino segura um pedaço de pau, o ajudante, que ai é Didi de Lourival Bezerra, põe o garoto para dar umas voltas em circulo. Tonto, ele segura uma tora de pau e com ela tenta quebrar o pote com o gato dentro. O coitado do animal não se feria, mas corria e espalhava gente pra todo lado, saia enraivecido por causa da escuridão. João Emanoel Rego Costa cedeu a foto do acervo pessoal e até contou, uma história, que numa dessas vezes, o quebrador do pote errou o alvo e acertou o peito de Marquinhos de Valdemar Ferreira de Lira, que corredu "feito louco" com a dor em procura de casa, onde hoje mora os seus pais, na esquina da rua Monsenhor Paulo Herôncio de Melo, em frente a Praça Tomaz Pereira de Araújo. Também é visto neste registro fotográfico, Francisco das Chagas Melo, de calção, e Raimundo Ferreira de Brito, o ex-prefeito Raimundinho. De mão na cintura, atrás dele, acho que é Bibi Ferreira...

"Gato no pote", mais uma brincadeira do folclore cerrocoraense

A resolução não ajuda, mas ai, temos outra reliquia fotográfica do acervo pessoal de João Emanoel Rego Costa, que esteve em Cerro Corá no Festival de Inverno, começo de agosto. A brincadeira do "gato no pote", na praça Tomaz Pereira de Araújo. Quem está guiando o garoto ai é "Didi" ou "Chiquinho", filho de Lourival Bezerra da Costa e dona Maria do Carmo Costa, dona Lilia... 

sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Cine Canário, o Paradiso de Cerro Corá

Dia desses  vi o filme italiano de 1988, escrito e dirigido por Giuseppe Tornatore, justamente numa época em que as “telonas” começavam a desaparecer dos cinemas pelo interior e até nas grandes cidades do Brasil por causa da TV e principalmente pelo surgimento do videocas-sete. Assim, também foi com o Cine Canário, inaugurado por volta de 1967/1968 em Cerro Corá pelos irmãos Canários, cujo prédio depois foi adquirido pela prefeitura, serviu para diversos órgãos, inclusive pra sede do Conselho Tutelar.
Recentemente, no dia 2 de julho durante o velório de nossa mãe, Tinoca Julião, em Natal, encontrei Severino Canário, com quem conversei sobre o Cine Canário.  Ele lembrou que o irmão Sebastião Canário, já havia sido sanfoneiro, foi dono de armarinho e até técnico de futebol da garotada , entre outras coisas,  e então com outro irmão, Geremias Canário, falecido em meados dos anos 60, juntaram-se e compraram um projetor de cinema e construíram o prédio que iria abrigar o cinema, na rua Benvenuto Pereira.
Sebastião Canário já “passava” filmes no antigo clube de Cerro Corá, na esquina das ruas Ben-venuto Pereira e Monsenhor Paulo Herôncio, vizinho à casa de Chico Soares. Além de Cerro Corá, Sebastião levava a sua máquina pra exibição de filmes, principalmente os faroestes épicos e dramas americanos e de aventuras de Tarzan, Jim das Selvas, etc, nos sábados em Lagoa Nova e também em Bodó, que não lembro se era na noite da segunda-feira.
O Cine Canário a partir da segunda metade dos anos 60 e nos anos 70/80, era o portão de entrada pro exterior da garotada daquela época, através dos filmes conhecia-se as grandes cidades europeias e americanas, seus costumes e hábitos, a cultura de países do Hemisfério Norte.
Particularmente, além de alguns livros e revistas como “O Cruzeiro”, “Fatos & Fotos”, “Man-chete” e “Revista do Esporte”, ou com as aulas no Grupo Escolar Querubina Silveira, era atra-vés do Cine Canário que ia se aprendendo alguma coisa.  Por isso, quando meu pai Zé Julião não me dava “uns trocados” para pagar o ingresso no Cine Canário, escapava de casa para “mendigar” a grana da “entrada” no cinema com meu avô, José Julião Filho, ou seu “Dedé”, que tinha uma bodega quase em frente ao cinema de Sebastião Canário.  Outras vezes, quando não conseguia nem de um e nem do outro, a salvação era Luiz Julião, o meu “Tio Lulu”, quantas vezes fui interromper o namoro dele, pra pedir dinheiro pro cinema. Nunca sai de mão vazia.
Mas, voltando ao Cine Paradiso, a obra prima do cinema italiano é, também, um retrato da Cerro Corá dos anos 60 e 70.  O Cine Canário era ponto de encontro e de paqueras, ou flertes,  assim se dizia na época, para os pré-adolescentes e adolescentes e as pessoas já maduras. Enquanto não se começava o filme, as matines das tardes de domingo ou na noite da quarta-feira, o alto falante convidava todo mundo pro filme ao som de hits da Jovem Guarda, a vitrola de Sebastião Canário não cansou de “rodar” o sucesso “A Praça”, imortalizado pro Ronnie Von e outros hits de Wanderley Cardoso,  Jerry Adriany, Wanderléa e Roberto Carlos, principalmente.
Como no Cinema Paradiso, o Cine Canário tinha suas histórias hilárias e interessantes. No cinema do clube antigo, quem não tinha dinheiro pra pagar ingresso, tentava ver o filme pelas frestas das janelas ou da porta de entrada do clube. No novo Cine Canário isso era impossível, mas a criançada não arredava o pé, ficava em frente, aguardando a esposa de Sebastião Canário, abrir o portão, depois de 20 minutos ou meia hora de filme, para quem não podia pagar, entrar e ver o resto da “película”.
Outra analogia com o Cinema Paradiso, era a preservação dos bons costumes da época. Criança não podia ver cenas explícitas de amor. No filme italiano, uma freira importunava o exibidor para não passar as cenas de beijo, no Cine Canário, Sebastião colocava a mão na frente da lente do projetor, pra impedir que as crianças não vissem o beijo “caliente” dos amantes. Era uma gritaria contra a censura de Sebastião Canário: “Tire a mão, uhhhhh”.
Fora disso, apupos contra Sebastião Canário, somente quando a fita quebrava, ele parava tudo, pra emendar, era um pequeno intervalo pra uma boa conversa, um bate-papo ou início de uma paquera ou namoro.  Ou então, interrompia a exibição, descia lá do “puleiro”, pra mandar alguém apagar o cigarro. Não podia, a fumaça atrapalhava quem queria assistir o filme. Bons tempos, que podiam ser resgatados com a transformação do antigo cinema num teatro e museu, que faltam à cidade

(Valdir Julião, terceiro artigo publicado na "Giro Seridó, que circulou no 12º Festival de Inverno, em Cerro Corá/RN).

Gasto com pessoal na Câmara de Bodó foi de apenas 3,8% sobre a receita

O Relatório de Gestão Fiscal (RGF) da Câmara Municipal de Bodó aponta que, no segundo semestre deste ano, a despesa com a folha de pessoal dos servidores da Casa, ficou abaixo do limite prudencial previsto na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Segundo o relatório assinado pelo presidente da Câmara, vereador José Airton Assunção Gomes, o gasto com salários foi de R$ 447,12 mil entre janeiro e junho, o que corresponde a 3,80% da receita do Poder Legislativo. 

De acordo com a LRF, o limite prudencial de gasto com pessoal, na Câmara de vereadores bodoense, é de 6,0% das receitas e o limite legal 5,70%, sendo que a receita daquela casa foi de R$ 11,76 milhões nos seis primeiros meses de 2014.

segunda-feira, 4 de agosto de 2014

"Anos 60" estão de volta neste fim de semana: Pousada da Colina

O microempresário João Marcelo Pereira não perde tempo, findo o Festival de Inverno, ele já programou um show para sábado (9), na Pousada da Colina, em Cerro Corá, com participação de Dikler Cavalcanti e da banda Splish Splash, interpretando hits dos anos 60. Ambos integram o Fã Clube de Roberto Carlos Luz\ Divina. Um grupo de turistas vai estar na cidade, agenciados pelo conterrâneo Chico Potiguar, que é dono do "Bar Roberto Carlos", situado na rua Amintas Barros, em Natal. Chico é filho do saudoso Cícero Benedito.

"O menino do pau de sebo"

Reprodução do acervo fotográfico de João Emanoel Rego Costa, que o trouxe para o blog desde Recife (PE), para ser entregue no Festival de Inverno. O menino ai, cansado e quase desistindo pelo meio do caminho, ao que parece é "Fulozinha". Detalhe pro pacotinho de dinheiro como brinde, pendurado num cordão...

domingo, 3 de agosto de 2014

"Pau de sebo" era desafio pra criançada cerrocoraense nos festejos juninos

Brincadeira do pau de sebo em Cerro Corá, começo dos anos 70. A foto foi entregue ao blog neste domingo (3) por ocasião do Festival de Inverno, pelo agrônomo pernambucano João Emanoel Rego Costa, que voltou depois de 25 anos à cidade, onde na pré-adolescência chegou a residir com a irmã, Denise, esposa do engenheiro Paulo Roberto Pires, que trabalhou nos anos 70 na Mina Bodó, quando o distrito, hoje emancipado politicamente, pertencia a Santana do Matos.

A brincadeira de pau de sebo ocorria ou durante o período das comemorações do São João, padroeiro do município, ou em dezembro, durante os festejos natalinos. Apesar da pouca resolutividade da fotografia, pode se destacar o hoje aposentado policial militar Kerginaldo. Ao lado dele, Arijório Félix, que atualmente reside em Patos (PB) e é filho de Arian Félix e dona Ana Medeiros Félix.

O próprio João Emanoel Rego Costa intenficou-se como sendo aquele, no alto à esquerda, em pé e de boné. Logo abaixo, o terceiro à esquerda em pé, Dedé Querino.

O
pau de sebo é uma brincadeira, que quase não se vê hoje em dia, é um poste de madeira impregnado de gordura de boi ou porco, em que se colocava na ponta uma certa quantia em dinheiro. Quem tivesse habilidade e destreza, e conseguisse tirar o dinheiro, ficava com o brinde. A sabedoria rezava que os últimos, sempre pegavam o dinheiro, depois que muitos acabavam deslizando e tirando o sebo, com a barriga melada de cinza de fogueira pra facilitar a subida ao topo do pau de sebo.

Banda natalense não vem mais para o Festival de Inverno

O grupo natalense "Samba Preto no Branco" não vem mais se apresentar no Festival de Inverno de Cerro Corá, como estava previsto para a noite de hoje, último dia do evento. Carlos Cruz é um dos membros da banda disse que, no primeiro contato com os organizadores, a informação era de que o grupo se apresentaria no sábado. "A programação só foi feita duas semanas depois", afirmou ele, que acrescentou: "Mas, aí tínhamos organizado questões de músicos, apoio e ainda a van para o sábado e teríamos que mudar tudo em uma semana,agora fica para o próximo".




sexta-feira, 1 de agosto de 2014

Lançamento de livro e exposição de pinturas na Pousada da Colina

Empresário João Marcelo convida púbico para tarde cultural na pousada
A Pousada da Colina dos Flamboyants tomou a iniciativa de, mesmo não sendo promotor do Festival de Inverno, de dar uma contribuição ao evento, promovendo uma tarde cultural para os hóspedes e visitantes da cidade. A partir das 16 horas, haverá o lançamento do livro da escritora curraisnovense Maria Gomes, o "Dicionário ôxe", que trata da linguagem popular e do dia a dia, das expressões usadas pelos nativos da parte oriental da Região do Seridó. Na ocasião, haverá, ainda, a exposição "Cores de Inverno", do pintor e artista plástico de Currais Novos, Francisco Nilson dos Santos.

Lagoa Nova tem 225 eleitores a mais para os pleitos deste ano

Ao contrário de Bodó e Cerro Corá, em Lagoa Nova houve um crescimento do eleitorado entre as eleições municipais de 2012 e as eleições gerais deste ano, que ocorrerão em 5 de outubro. O contingente eleitoral lagoanovense cresceu em 255 eleitores, passando há dois anos de 11.670 votantes para 11.925 pessoas aptas a votar no primeiro turno das eleições de 2014.

Ano
2008 - 10.840
2010 - 11.175
2012 11.670
2014 - 11.925
Fonte - TRE/RN