segunda-feira, 11 de julho de 2011

Cícera Pereira, cantando no almoço dos cerrocoraenses em Natal

Cerro Corá perde "Lula da Ponte"

Pêsames à família Guedes Oliveira pelo falecimento, na manhã desta segunda-feira, do nosso conterrâneo Luiz Matias, também conhecido como "Lula da Ponte", amigo de todos e pessoa conhecida na cidade. Durante muito tempo trabalhou no comércio de Valdemar Ferreira de Lira e há alguns anos trabalhava na Maternidade Clotilde Santina. Uma perde para a cidade, que surpreendeu a todos os cerrocoraenses...

domingo, 10 de julho de 2011

"A Coceira de Zefinha", capitulo IV


 A COCEIRA DE ZEFINHA
(Ivanilson França Vieira)
CAPITULO 4

Mesmo suando frio, Dr. Carlos conversou com Miro dizendo que ele poderia trazer a esposa, pois quando ela entrasse, e durante o tempo que ela fosse ser examinada, Miro iria ficar ao lado dela para ver que ele (o doutor) não ia fazer nenhum tipo de insinuação para com a esposa de Miro. Disse, também, na tentativa de convencer Miro, que era muito perigoso ela não vir, por que poderia dar infecção.
 - Dar o quê doto, injeção?
- Não Seu Miro, infecção. A pele pode até ficar inchada e vermelha e podendo até virar câncer. E se isso acontecer, além de Dona Zefinha sofrer muito com as dores, ela morre em pouco tempo.
Ao ouvir as palavras “câncer e morte”, Miro fiou desesperado.
- Dotô, eu num quero qui minha Zefinha sofra, nem muito meno morra. Eu vô trazê ela, mas oi... (Fez uma pausa e apontou o dedo fura-bolo nas narinas do Dr. Carlos)... Se tu, pelo meno, ver um pedaço da canela de minha Zefinha, pode tê certeza qui eu sapicu-le a faca no bucho inté o fim. E cano chegar no cabo eu rodo a bicha prá friviá suas lombriga lá dento.
- Seu Miro, por favor, não pense nisso. Eu nem vou olhar direito para a D. Zefinha. Mas, não deixe de trazê-la.
Miro resolveu que ia trazer Zefinha. Mas, no caminho de volta,  não pensava em outra coisa... “Se aquele dotô de uma figa oiá com zoi de pitomba prá minha Zefinha, e eu vê qui ele ta interessado na minha muiézinha, juro que amenhã vai sê útima consurta dele.
Dr. Carlos fico pensativo. Não mais fez atendimento fechou o ambulatório e disse que não estava passando bem, por isso todos que estavam a espera de atendimento, tiveram suas fichas remarcadas.
Ele foi para casa e ficou pensando que era impossível atender a mulher de Miro sem ver a parte afetada. Ele não falou em que parte ela estava com a coceira, disse apenas que ela estava no quarto”.
Resolveu voltar a falar com o Dr. Marcone.
Ligou novamente para o Dr. Marcone e nessa nova conversa o antigo médico da cidade lhe explicou que o quarto que Miro falara eram as nádegas de Dona Zefinha, o que lhe deixou muito mais apreensivo. Como não estava conseguindo ter Paz e sim Pavor, resolveu fazer algo que mudaria para sempre a sua vida...
Doutor Carlos resolveu dar queixa na Delegacia contra Miro, dizendo que ele prometera matá-lo.

O QUE SERÁ QUE VAI ACONTECER? MIRO VAI SER PRESO? O DELEGADO VAI TER CORAGEM DE PRENDER MIRO? O DOUTOR CARLOS VAI TER CORAGEM DE ATENDER ZEFINHA?
DESCUBRA LENDO O QUINTO CAPÍTULO

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Renildo Oliveira recebe amigos cerrocoraenses em Ipueiras

Com uma boa galinha caipira torrada, carneiro, bode e outras iguarias típicas do sertão, o nosso conterrâneo Renildo Oliveira recepciona hoje, na comunidade de Ipueiras, em Cerro Corá, nosso conterrâneo e editor de imagens da TV Universitária, Rodivan de Oliveira Barros, além da irmã deste, Neide e o filho desta, Glênio. Agradeço o convite do amigo e conterrâneo, lamentando não poder comparecer à esta reunião regada a um bom bate-papo. Um abraço para todos...

Cerro Corá perde João Severiano

O blog lamenta a perda de João Severiano, sogro de nosso conterrâneo e amigo "Toinho da Caern", pêsames à toda família...

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Artigo sobre as eleições de 2012

ÚNICO DA OPOSIÇÃO COM CONDIÇÕES REAIS DE VENCER SITUAÇÃO*

Vereador Clidenor Pereira Filho, o "Codô"
Durante o IX Festival de Inverno e os festejos juninos, tanto situação quanto oposição andaram se articulando em busca de apoios para próximas eleições, com data já marcada para o dia 7 de Outubro de 2012.

Vimos que a oposição encabeçada pelos seus principais líderes, o presidente da Câmara Municipal, vereador Antonio Ronaldo Villar e a ex-vereadora Ana Maria da Silva, o primeiro com pré-candidatura já lançada pelo PSDB, anda fragilizada, perdendo cada vez mais lideranças para a situação. Primeiro foi o vereador Edivaldo Pereira e o correligionário João Alexandre, depois vieram os candidatos a vereador em 2008, Everaldo (121 Votos), Antonio Davi Filho, o “Toinho Davi” (175 Votos) e comenta-se que o ex-vereador Gilberto da Silva (209 Votos) também está na situação, todos eram da base aliada da oposição.

Fora da disputa majoritária em 2012, o ex-vice-prefeito, ex-prefeito e atual vereador Clidenor Pereira Filho, o “Codô” ou “Negão” como é popularmente conhecido, anda meio afastado dos bastidores da política local. Muitos acham que só ele consegue juntar toda a oposição e ser o nome mais forte e preparado para enfrentar a situação, pois o mesmo é o único nome da oposição que possui um currículo recheado de obras realizadas no município, citando apenas algumas delas: duas quadras de esportes, sendo uma no Povoado Albino (única quadra de esporte existente na Zona Rural de Cerro Corá) e outra no bairro Tancredo Neves, construção do conjunto residencial Wilson Pereira, construção da praça Maria Luzia, asfalto no bairro Tancredo Neves, 80 casas de alvenaria em substituição as de taipa e muitas outras.

 Apesar de ter sua administração marcada pelo atraso do funcionalismo publico, lembrando que quando assumiu a Prefeitura em 1997 a mesma já vinha com este atraso das três últimas administrações, O vereador Codô fez muitas obras em Cerro Corá, sem nunca se preocupar em inaugurar as mesmas. Muitos até dizem que com apenas um mandato de quatro anos o ex-prefeito Codô trouxe mais benefícios para o município de Cerro Corá do que o ex-prefeito João Batista que passou 18 anos no poder (quatro mandatos).

Basta agora saber se o Negão aceita este novo desafio e se a oposição deseja mesmo se unir em torno de um nome experiente, preparado, com discurso de obras realizadas e com chances reais de vitória ou ficar sempre naquela de nadar, nadar, nadar e morrer na beira da praia.


*João  Marcelo Pereira

domingo, 3 de julho de 2011

Visita às nascentes do rio Potengi

Essa turma ai participou da 6ª caminhada pró  sensibilização da população de Cerro Corá para recuperar a nascente do Rio Potengi.  A mobilização ocorreu no dia 19/06/2011, uma presença expressiva de voluntários e de lideranças  comerciais, o padre Jonilson esteve presente, além do vice-presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Rio Grande do Norte (Fetarn), o cerrocoraense Francisco José da Silva, mais conhecido como "Chiquinho do Sindicato", além da presidente  do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Cerro Corá,  Ana Maria da Silva,  Zeca da Caern, seu Lula, o presidente da Câmara Muncipal, vereador Antonio Ronaldo Vilar (PSDB), o vereador Evilásio Bezerra (PPS), a professora Glória Canário, os comerciantes Erinho, Teté, e Pedro Julião, o presidente municipal do PPS, Othon Militão e uma representação dos escoteiros de Cerro Corá, professores da rede pública e 200 jovens voluntários, afora técnicos do Instituto Estadual de Desenvolvimento e Meio Ambiente (Idema-RN).

Turma alegre dos anos 70

Dai, a gente consegue identificar de calça bege, João Wilker do Nascimento, atrás dele de macacão jeans, Carlos Augusto Leandro e à direita de chapéu e barba, Túlio Libânio de Melo. Entre os dois, acho que é Ivanilson França. Não estou conseguindo decifrar o restante das pessoas...

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Um cerrocoraense que é "fã "de carteirinha" do rei Roberto Carlos

Filho de Cícero Benedito e sobrinho de José Benedito da Silva, que  foi escrivão de polícia em Cerro Corá, o Francisco de Assis, ou simplesmente "Chico Popular" é dono de um bar homônimo na rua Amintas Barros, em Lagoa Nova. O "bar do Roberto Carlos", como também ficou conhecido o seu estabelecimento comercial,  é assim chamado devido sua paixão declarada e fiel ao cantor e compositor Roberto Carlos. No bar, não tem conversa, ele só aceita passar música que seja de autoria ou interpretada pelo "rei" da música romântica no Brasil. Ai, temos um texto sobre o "Bar Popular", que saiu na edição de número 14 do jornal mensal "A Esperança", que se denomina "O informativo da Zona Oeste" de Natal e que foi publicado em junho de 2011.


Salvo engano, Cicero Benedito faleceu ano passado em Lagoa Nova, onde ele morava. Antes, Cicero Benedito, que foi dono, inclusive, do Hotel Central de Chico Simão e Teni, morou logo depois da comunidade Ipueiras, na estrada que vai de Cerro Corá para Angicos.

domingo, 26 de junho de 2011

"A coceira de Zefinha", Capítulo III

 A COCEIRA DE ZEFINHA

(Ivanilson França Vieira)
CAPITULO 3

         Depois do incidente com Haroldo, Miro foi o próximo a ser atendido. Entrou e não gostou do Dr. Carlos. O achou muito novo, Mas, pensando em Zefinha, resolveu falar com o Dr.
         -  Pois não, como é seu nome?
         - Miro da Conceição, seu criado.
         - Pois não, seu Miro, eu sou o Dr. Carlos. O que é que o senhor estar sentindo. (perguntou fazendo uma ficha para Miro).
         - Agora nada dotô, mai nagorinha mermo eu tava sintino vontade matá o fie do Seu João da Cantina.
- Não Seu Miro eu perguntei por que o senhor veio aqui. Qual a sua doença?
- Dotô eu num to duente, é Zefinha minha mué. Ele ta com umas cocêra da gota serena. A pele já tá em carni viva.
- Mas, onde estar a Sra. Zefinha?
- Ta in casa, Dotô. Eu quero qui o sinhô mande um remédio para ela ficar boa.
- Mas, seu Miro, eu não posso passar um remédio sem ver a sua senhora. Para medicar eu tenho que estar aqui com a paciente.
Miro olhou pra ele com os olhos já cuspindo fogo. Mexeu a peixeira,  coçou o nariz, cuspiu no chão do consultório e...
- Dotô, tomém sô paciente. Mai, eu num tô acriditano que o sinhô que ver a duença de minha véia.
- Mas, claro que quero, Seu Miro, como posso dar uma medicação sem saber qual a doença dela?
- Dot|ô, eu já dixe qui ele ta com cocêra. Eu acho qui o sinhô num me cunhece. Ta pensando qui eu só mintiroso, é? O sinhô é mutho novo e é bom respeitar a muié dos oto.
- Calma seu Miro (começou a ficar preocupado o médico) deixe eu lhe explicar. Eu tenho que ver a dona Zefinha para poder verificar como estar essa coceira, qual a origem dela. Como posso consultá-la se eu não sei não vejo o que ela tem? Entendeu?
- Num intendi não, doto, o que tá me dexando chateado é por que o sinhô qué vê os quarto de minha véia.
- Que vê quarto, seu Miro, se eu nem sei onde o Senhor mora; Quer que eu vá na sua casa é isso?
- Doto, um metô-lhe o faca e arranco os seus troços se tu dissé de novo qui vai lá em casa ver minha Zefinha
- Seu Miro, desculpe, eu acho que o senhor não me entendeu. Eu vou fazer o seguinte. Espere um pouco que vou falar com o Dr. Marcone por telefone. Já que ele passou tanto tempo aqui. Sei que o senhor o conhece. Espere um pouco.
Dr. Carlos voltou após mais de 10 minutos. Tinha escutado o seu antecessor com muita atenção e ficou muito apreensivo com o que ouviu sobre Miro. Claro que ele não concordava com o Dr. Marcone que o aconselhou a não insistir com ele, pois Miro é tão ignorante que já matou três pessoas, exatamente por que as pessoas discutiram ou duvidaram dele.
Apesar da juventude, Dr. Carlos tinha uma ética invejável na hora da consulta. Falavam que ele era paquerador, tentava seduzir as mulheres e usava a profissão para isso. Mas com relação ao atendimento médico, propriamente dito, ele jamais prescreveria um remédio sem ter a certeza que estava fazendo o correto. Teria que ver a mulher de Miro. No entanto, tinha um impasse: O que fazer para convencer Miro a trazer a mulher dele aqui? Entrou na sala totalmente apavorado.
- Seu Miro, acabei de falar com o Dr. Marcone e ele me orientou que é realmente melhor não prescrever remédio sem saber exatamente o que a sua senhora tem. Ele pediu para que o Senhor trouxesse a sua esposa para a cidade amanhã de manhã.
- E adonde tá o Dr. Marconi??? Quero falá cum ele.
- Mas, seu Miro, o Dr. Marconi não estar na cidade. Ele mora agora em outro Estado. Mas, o que o senhor quer conversar com ele?
- Ele nun ta? E como o sinhô falô cum ele. Ta mentindo para mim?
- Não seu Miro, por favor, não pense isso, eu falei com ele através do telefone. Jamais mentiria para o Senhor. Mas... O que o senhor que falar com o Doutor Marcone?
- Quero dizer a ele que minha Zefinha não vai se amostrar prá um dotô como o sinhor qui vivi se inxirino para as muié daqui da cidade. Inte proquê se tu, pelo meno oiá para minha zefinha com zoio pidão, em meto a faca do teu bucho e tiro até a tua tripa gaiteira.
Dr. Carlos quase desmaia. Sentiu um frio na barriga como se fosse a lâmina da faca. Mas, ao mesmo tempo teve uma idéia. Pensou: “vou ver se o seu Miro deixa eu ir na casa dele, ao invés dela vir para a cidade”.

SERÁ QUE MIRO ACEITARÁ A SOLUÇÃO DADA PELO MÉDICO?
OU SERÁ QUE ISSO PIORARÁ AINDA MAIS A SITUAÇÃO?
CONFIRA NO QUARTO CAPITULO