segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Uma homenagem a "Antonio Amaro"


A homenagem do blog esta semana vai para o saudoso "Antonio Amaro", como era mais conhecido em Cerro Corá o parelhense Antonio Cipriano dos Santos, nascido em 13 de junho de 1918, mas que chegou no município no começo dos anos 40 do século passado. Em 8 de julho de 2011 "Antonio Amaro" já havia recebido uma homenagem "post mortem", com a aprovaçao de uma lei de iniciativa do vereador Evilásio Bezerra (PPS), dando seu nome a uma rua do loteamento Sérvulo Pereira, à margem da rodoviá estadual RN-042, no bairro Seridó, na entrada da cidade.
Nora de "Antonio Amaro", Francisquinha Santos nos repassou uma mini biografia de "Antonio Amaro", que ainda jovem tornou-se motorista, prestando serviço à Inspetoria de Obras contra as Secas, o atual Dnocs, abrindo rodovias hoje conhecdas e percorridas por muitos norte-rio-grandenses.

Em 1945, ele casou-se com a curraisnovense Inácia Iná Dantas, passando a residir na comunidade Várzea dos Evaristos, onde nasceram todos os cinco filhos - Sobrinho, Assis, Geraldo, Juarez e Tárcio.

Já em Cerro Corá, "Antonio Amaro" desenvolveu outras atividades: comerciante, fogueteiro, fotógrafo... Durante muito tempo fabricou fogos de artifícios, na época conhecidos por "fogos de vista", como "balões", "fogos de roda", de "lágrimas", "chuveiros", "foguetões", que eram chamados "massa luz". Trabalhava nesse ofício em festas dos padroeiros São João Batista, em Cerro Corá, e Nossa Senhora de Santana, em Currais Novos, além de novenas religiosas, inaugurações de obras, manifestações políticas e outras ocasições festivas.

Como fotógrafo, "Antonio Amaro" usava as máquinas fotográficas do tipo caixão, também denominadas "lambe-lambe" ou "mão no saco", as mais modernas do seu tempo. As fotos que existem até hoje, nitidamente nas cores preto e branco, eram reveladas por ele mesmo em sua casa.  
Nos últimos dias de vida, num carro pipa de sua propriedade, "Antonio Amaro" foi responsável, por muito tempo, pelo abastecimento de água da cidade, foi também fabricante de silos para cereais, barris, bicas e outros utensílios de usos doméstico e agrícola em alumínio e zinco, tendo se mantido, por algum periódo, no seu comércio de queijo de manteiga na feira livre da cidade. 

Antonio Amaro morreu na Maternidade Clotilde Santina, em 11 de dezembro de 1994, dada do aniversário de emancipação política da cidade que o acolheu, aos 74 anos - "e como sua terra de  coração' - vitima de um câncer de vesícula.



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