quinta-feira, 1 de setembro de 2011

"Tomaz Cândido", 100 anos de nascimento



          Tomaz Teodomiro de Oliveira, "Tomaz Cândido" para os cerrocoraenses, se vivo fosse estaria, hoje, com 100 anos. O seu neto, agrônomo Manoel Pinheiro, historiou em seu blog um pouco da vida do patriarca, que nasceu em 24 de agosto de 1915, na Fazenda Tamanduá, em Currais Novos/RN, como 12° filho da prole de Francisco Cândido de Oliveira Mendes e Porfíria Isabel de Araújo Bezerra.
          Por sua origem campesina, galgou o sustento de sua família, sempre em atividades ligadas ao campo, principalmente a pecuária. Também foi agricultor, e assim como seu pai, cultivou algodão mocó, primeiro em terras de sua família, depois em sua propriedade, e finalmente, em terras "alheias", como assim costumava dizer.
           Tomaz foi acometido de tragédias particulares, a primeira delas, o suicídio do seu pai, o qual já relatei aqui. Em dezembro de 1931, com recém completados 20 anos de idade, contraiu matrimônio com sua parente próxima, Francisca Bezerra de Assis, com quem teve 3 filhas: Maria Bezerra de Oliveira (Marié) nascida em 31/12/1932, Marilene Bezerra de Oliveira nascida em 25/02/1935 e finalmente, Terezinha Bezerra de Oliveira nascida em 02/05/1936. Quinze dias após o nascimento da terceira filha, Terezinha, em 17/05/1936, falecia Francisca Bezerra, deixando as filhas com tenra idade, o que deve ter sido um grande desafio para um homem cujas atividades estavam no campo. No entanto, Tomaz novamente contraiu núpcias, com aquela a quem viria a ser minha avó materna, Idila Galvão de Lira (Idila Galvão de Oliveira, após o casamento), no dia 25 de Julho daquele mesmo ano, dois meses após o falecimento de sua primeira esposa, Maria Bezerra. Duas de suas filhas, Marié, a primogênita, e Terezinha, a recém nascida, foram viver com os avós maternos, Francisco Evangelista e Maria Etelvina, a pedido destes. Marilene, a segunda cria do casal, foi adotada por Idila, quem a criou como se filha dela fosse.
          Do segundo casamento de Tomaz, nasceram sete filhos, dos quais, seis chegaram à idade adulta, e até o momento permanecem entre nós, incluindo a minha genitora, a primeira filha do casal, nascida em 1938.
          Tomaz faleceu em 19/09/1995, aos 84 anos. Até o momento, sua descendência direta soma 52 pessoas:
  • 10 filhos: do primeiro casamento - Marié, Marilene e Terezinha; do segundo casamento: Marlene, Maria (Marly), Marcônio, Magnus Augusto (falecido em idade tenra), Marlêucio, João (Marivaldo) e Marleide.
  • 18 netos: Magnólia, Gorett, Júnior, Manoel Francisco, Maria da Guia, Paulo Herôncio, Paula Herôncio, Sérgio, Antômar, Manoel (Netto), Mirta, Meiriane, Maria Clara (falecida em idade tenra), Amadja Karla, Anna Karynne, Anna Katyanne, Alex e Andrea.
  • 22 bisnetos: Anna Karolliny, Maíra, Lucas, Janaína, Janicleiton, Cristina Carine, Fagner, Priscila Karine, Tereza Raquel, Vitória, Sylvia, Maria Esther, Paulo Henrique, Thiago, Isadora, Daniel, Ana Beatriz, Ana Luiza, Lorena Luiz Felipe, Rayra e Nicole.
  • 2 trinetos: Amanda e Alexandre
          Passados 16 anos de seu falecimento, registra-se aqui a passagem do seu centenário, pois se estivesse ainda entre nós, certamente teríamos a acolhida prazenteira de seus afagos, conversas, contos e encantos, tão bem guardados em nossas memórias.
          De Tomaz, ficaram as lembranças, os exemplos de vida e a saudade doída...



* Transcrição do blog do engenheiro agrônomo Manoel Pinheiro Netto. 
http://manoelpinheironetto.blogspot.com/

5 comentários:

José Valdir Julião disse...

Um resumo da história, que menino, conheci, nas lides de camponês, trabalhador, permaneceu em atividade o quanto pôde.

Lembro que a criançada, às vezes enchia a paciência de seu Tomaz, quando colocava uma trave na ponta de sua calçada, feita de chinelo Havaiana, e na outra calçada da casa de Lourival Libânio, para jogar futebol com uma bolinha de plástico, de meia, ou de couro mesmo.
Quando ele saia de casa, todo mundo parava com a bola para dar passagem...

Manoel Pinheiro disse...

Prezado Valdir, nossos sinceros agradecimentos pela sua homenagem, na transcrição desse singelo texto, narrando um pouco da vida do meu avô Tomaz, además dos seus comentários aqui explicitados.
Apenas uma pequena correção na postagem: o ano do nascimento de vovô Tomaz, é 1911 (e não 1915, como havia escrito). Queira desculpar o equívoco.
Um grande abraço.

José Valdir Julião disse...

"Totó", era um apelido carinhoso com que tratavam "seu Tomaz", no período em que ele trabalhou com Edson Pereira de Araújo, na Fazenda Mundo Novo...

José Valdir Julião disse...

A fazenda pertence hoje a Wallace Pereira, cujo filho, João Marcelo também me confidenciou que "seu Tomaz" trabalhou com Joventino Pereira...

João Marcelo disse...

Os moradores da Fazenda Mundo Novo conta que Tomaz Cândido acordava de 2:00 da manha para trabalhar (Tirar Leite, Apartar o Gado e Etc...
E acordava os vaqueiros para a lida.