domingo, 4 de setembro de 2011

"A Coceira de Zefinha", Capitulo VII


A COCEIRA DE ZEFINHA
(Ivanilson França Vieira)
CAPITULO 7
         - Crispim, Suó tem fedô de merda? (Perguntou o Soldado Juvenal, o mais frouxo de todos)
         - Ais vêz sim. As vez não. Eu nunca sinti fedô no teu suvaco não, Juvená.
- Então eu tô todo cagado.
         Era difícil saber qual dos três tinha mais medo de Miro. Mas, eles teriam que agir. Era obrigação deles irem averiguar os fatos. Nicodemos resolveu fazer uma pequena reunião para não haver falha na hora de capturar o assassino.
- Um di nóis três tem qui dá vói de Prisão ao delinqüente. (disse Nicodemos, com ar de autoridade).
- Tem que sê tu apoi o sinhô é o degolado.
- Delegado, Crispim. Degolado é o caba que é ingulido pô um tubarão. Entrô de guela a dento do bicho, Purisso degolado.
- Acho que Crispim tá cum razão. O Sr. Seu Nicó é qui tem qui ir prendê o homi. (Disse Juvenal)
- E quem vai argemar é vocês dôi, certo?
- NÃO!!!!!!!! (Gritaram em coro os dois soldados.)
- Seu Nicó, e si a gente fugir pra a fazenda de seu Mundoca e dizê a todo mundo que a gente foi apartar uma briga?
- Mai Juvená isso é impussive. Como é que a gente vai prová? Tem que tê uma quêxa. Si num tivê a quêxa, o povo vai se quexá de nói. Vão chamá nói de incumpetente, de medroso.
Por um curto período de tempo, os três ficaram calados, cada um pensando numa forma de evitar a prisão de Miro. Até que o Delegado resolveu agir:
- Bom eu acho qui a gente tem qui ir lá no Posto. Vai vê qui Miro já se escafedeu e a gente si livra de prendê ele. Mai o nosso devê é i lá. Ramo todos três. E seja o que Deus quiser.
         Os três subiram no Jeep. Cada um  pensando no que poderia acontecer lá no hospital.
         Nicodemos pensava e torcia para que o povo se revoltasse contra Miro, o linchasse e prendesse. “ Humm!!! Já tô mim vendo recebeno uma praca e uma promoção por heroísmo, apôis eu sei que o delegado é quem recebe elogios do Governo do Estado. O Secretaro é quem vem mim dá a praca pessoarmente.
         O Soldado Juvenal soltou uma sola quando pensou em levar uma peixeirada de Miro. O pensamento era tão forte que ele conseguia ver os bofes escorrendo pelo seu corpo enquanto ele estava encostado na parede arriando aos poucos, e o povo todo o chamando de frouxo.
         Crispim, pensava que ia tentar prendê-lo, mas se ele viesse com uma faca... “eu saio correno, pois ele num corre mais do que eu... Ai Meu Deus! E se ele tiver com um revoli. (Prrruuuuummmmmmmmm) Peidou alto o Soldado Crispim pensando na cena.
         Quando o Jeep ia chegando na frente do Posto de Saúde, Nicodemos, Crispim e Juvenal, suaram frio. Miro estava na porta do Posto.
SERÁ QUE ELES TERÃO CORAGEM DE PRENDER MIRO?
QUEM DARÁ A VOZ DE PRISÃO?
NÃO DEIXEM DE VER A RESPOSTA NO CAPITULO OITO

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